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costa-gravas 'Betrayed'

por beatriz j a, em 27.08.10

 

 

 

 

Estive a ver este filme do Costa-Gravas que trata do tema do racismo. O Costa-Gravas fazia filmes fortemente políticos mas nunca demagógicos. O que separa este filme de outros sobre discriminação e racismo é a abordagem dele que não faz concessões ao simplismo e à demagogia tratando os racistas como estereótipos. Pelo contrário, mostra-os em toda a sua complexidade e contextualiza-os de modo a expôr as raízes do racismo e as componentes que mais rapidamente o activa. Os governos e as políticas de bode expiatório, humilhação, a desesperança, a pobreza, a educação e a exploração das fraquezas humanas.
O filme é muito bom.

publicado às 00:13


8 comentários

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De Anónimo a 27.08.2010 às 09:32

Penso que o racismo é fruto da nossa ignorância e de falta de conhecimento de uns dos outros. Racismo é uma forma primaria da humanidade, qd ela se encontrava dispersa, isolada, modo de vida tribal, onde o outro era visto como diferente dele da sua tribo. Assim, temos racismo na Europa: hispânicos , mediterrânicos e nórdicos, e cada grupo tem por sua vez os seus complexos de superioridade/inferioridade e divisões internas, o mesmo sucede na Ásia e na América, um exemplo ainda hj num Brasil multirracial haverá sp uma pessoa que diga "os índios não são brasileiros". As próprias independências dos povos atualmente é uma forma de racismo, por serem povos diferentes, no caso português de descolonização, vê-se: após 25 de Abril 1974 não se deu independência aos Açores e a Madeira porque eles são iguais aos continentais, são etnicamente iguais e por isso a ONU não os considera um povo...e tudo isso é aceite pelo cidadão comum pq tb pensa da mesma maneira.......... pois, tudo isso não respeitou os sistemas multisseculares de colonização, que é vista como uma panaceia, eqt sabemos k toda a história é fruta de colonização , mistura e intercultura.................................................................................................
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De beatriz j a a 27.08.2010 às 12:51

Desconhecimento e ignorância, sim, mas também estratégia de poder. O racismo económico é disso exemplo maior.
A colonização, que é uma coisa muito diferente da mistura e da intercultura, alimenta racismos.
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De Anónimo a 27.08.2010 às 13:00

Dizer que a colonização alimenta racismos é mesma coisa que dizer toda a história da humanidade é racista, pois, a história basea-se na colonização e no conhecimento e relacionamento com o outro. Sem colonização não haveria desenvolvimento. Não é a colonização que alimenta o racismo, mas aquilo que está gravado na mente de cada um de nós do nosso gen primitivo tribal, mas transformavel aceitando o outro como igual a cada um de nós, transmutando os nossos complexos de inferioridade ou superioridade. Hj e sp o k distingue um povo é a língua que ele usa para se entender uns com os outros e não a raça, mas sim a língua e a cultura..Pois meteram na nossa cabeça que a colonização é uma forma de domínios dos povos, analisando bem a história e refletindo essa papão não bate certo, se não houvesse colonização ainda viveriamos na idade de pedra!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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De beatriz j a a 27.08.2010 às 14:02

É justamente pelo facto da colonização ter sido sempre entendida e praticada como um domínio de um povo sobre outro que ela alimenta racismos. Um povo é um espaço comum temporal de língua e cultura mas espaço geográfico também. A colonização do espaço geográfico identitário de um povo é sempre vista como ameaça a essa identidade. E não é por acaso, é porque na maior parte das vezes assim aconteceu.
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De Anónimo a 27.08.2010 às 17:38

É isso mesmo o povo é espaço geográfico e não deve ser chateado pelo outro povo ou povos= o espaço tribal não deve ser viloado pelas outras tibos, por outras palavras cada um viver no seu quimbo para a eternidade.Pois, os espaços geograficos foram sp invadidos pelos outros povo nómadas, p.e. arianos desde europa ate à Índia, fenícios, gregos, romanos, muçulmanos, portugueses, espanhóis, etc. Alexandre Magno e seus colaboradores casaram com mulheres orientais, Afonso de Albuquerque fez casamentos em Goa, apesar de oposição dos franciscanos,..os grandes navegadores, entre eles, os portugueses, fizeram sacrifícios de vida e não morreram ricos, as caravelas iam com a missão de crisdtianização dos povos, veja a obra de Camões e de D. João de Castro, grandes colonizadores, morreram pobres e defenderam sp o homem e sua exploração. Há que destinguir a exploração e o colonialismo. A exploração é uma panaceia k existe aqui hj na plena democracia, como sp houve nos outros regimes. O slogan "abaixo o colonialismo" dizer p.e. emportuguês é negar que ele próprio é produto do colonialismo português, pois, se pensasse bem devia dizer "abaixo a exploração das pessoas", pois não convinha dizer isso pq a exploração é cada vez maior........................................................
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De beatriz j a a 27.08.2010 às 19:24

Eu não disse que o povo É espaço, mas que a identidade dos povos implica também um espaço partilhado fortemente ligado à identidade cultural e à língua. Um povo do deserto tem uma identidade e uma língua ligadas à vivência naquele espaço.
Quem o ouça falar da colonização até pensaria que os povos colonizadores colonizaram por amor aos povos que colonizaram e não por desejo de conquista e riqueza, com os inevitáveis saques e mortandades que a História mostra. Camões e D. João de Castro não são exemplo de colonizadores. Chamar exploração à colonização é generalizar, porque a exploração do homem pelo homem parece ser, infelizmente, algo da natureza humana difícil de ultrapassar, e praticado individualmente em todo o lado, enquanto que a colonização é um empreendimento de Estado, de Nações sobre outros Estados e Nações por poder e riqueza.
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De Anónimo a 27.08.2010 às 20:25

saques e mortandades é comum ao homem, independentemente de serem colonizadores ou não, locais ou não locais, europeus lutaram contra europeus, asiáticos contra asiáticos , africanos contra africanos, ainda hj quase toda a África anda a pancada e a miséria e a exploração, igualmente na Ásia tb , então pq motivo se há-de fazer a diferença? Ou será k se um povo da mesma raça domina outro da mesma raça, este domínio é digno, e o outro domínio feito por intermedio de outra raça é indigno? Não será isto um pensamento racista? Por outro os povos são construção do esforço e sacrifício humano, pois, não nenhum país k tivesse nascido por geração espontânea, tofdos foram construidos com a ponta da espada, do saque, etc. o pp D. Afonso Henriques andou nisto!!!!!!
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De beatriz j a a 27.08.2010 às 21:07

Digno? A a exploração e a colonização dignas? Quem disse isso? Eu separo as duas coisas porque são diferentes e acredito que para se lidar com um problema se deve decompor nas suas partes para melhor as analisar e compreender.
É verdade que todas as civilizações e nações se ergueram pela ponta da espada mas o Afonso Henriques já morreu há séculos. Se a evolução não é uma piada alguma coisa deveria ou deverá mudar, não?

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