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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
jornal Público
O Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje que o Conselho Executivo do agrupamento de Escolas de Santo Onofre foi destituído e substituído por uma Comissão Administrativa Provisória (CAP) “porque os professores não quiseram participar na governação das suas escolas e não cumpriram um dever de cidadania: o de apresentar uma ou mais listas ao Conselho Transitório”.
“Choca-me que não tirem partido desse direito, mas se é assim que querem muito bem: a escola é pública e o Estado tem a obrigação de assegurar a sua governação nos termos da lei”.
Compreende-se perfeitamente o choque do secretário Lemos. Nos círculos que ele frequenta é impensável haver um cargo disponível e não existirem candidatos ao 'tacho'.
Habituado a ver, e achar normal, que qualquer parvo concorra para qualquer cargo, faz-lhe confusão que haja pessoas honestas que não desatem a concorrer para cargos só porque eles existem.
Ele próprio, mais os outros do ministério, são pessoas que, se tivessem vergonha na cara, nunca se teriam oferecido para governar, ocupando cargos que ultrapassam largamente as suas medíocres capacidades, não?
Mas aquela ideia está tão disseminada nesses círculos que já confundem honestidade com falta de esperteza para «tirar partido» das situações.
Depois, o que tem piada (sem ter nenhuma) é vê-lo invocar «os termos da lei»:(!) isto , vindo de quem vem, é para rir, concerteza. Nunca houve tanto desrespeito pela lei de bases do sistema educativo, pelos tribunais, pelas pessoas e seus direitos... o descaramento desta gente...
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