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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O PS recusou esta quarta-feira subscrever o projecto de lei do PCP que elimina os efeitos da avaliação de desempenho de 2009 no concurso de colocação de professores contratados.
"Não vamos subscrever porque defendemos que a avaliação deve ser considerada no desenvolvimento da carreira", disse ao CM o deputado socialista Bravo Nico.
Esta posição do PS é francamente desonesta, em primeiro lugar porque foi devido às suas políticas que se gerou um sistema de avaliação nas escolas muito arbitrário com o único intuito de fazer favores a certos professores que compactuassem com as políticas da Maria L. Rodrigues e em segundo lugar porque ao dizer que defendem que a avaliação deve ser considerada dão a entender que os professores não querem que a avaliação seja considerada, o que não é verdade e eles muito bem o sabem. O que os professores não querem é uma avaliação de faz de conta para previligiar amigalhaços, que parece ser o forte e a especialidade do nosso primeiro ministro.
Ainda outro dia eu e a Cecília tentávamos perceber o ódio que os do PS, mas não só, muitos outros também, têm aos professores. Chegámos à conclusão que talvez isso se deva ao facto de muitas excelências neste país, desde os que governam aos importantes gestores públicos, presidentes de câmara, vereadores e outros grandes nababos como donos de escritórios de advogados, etc., não conseguirem fazer aos professores o que fazem a muita gente no dia a dia: comprar favores. Talvez essa gente tenha filhos e ache os filhos super-especiais e não aceite que os professores não se submetam ao seu poder na hora de dar-lhes as notas. Talvez seja essa a falta imperdoável dos professores: não se venderem como parece ser uso e costume nos negócios com os poderosos - talvez suas excelências achem que os professores são muito incompetentes por não reconhecerem a genialidade dos seus descendentes ou deles próprios, de tal modo que tiveram sempre que conseguir diplomas e cursos por travessas tortas...
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