Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
a Sonsinha, o Ogre e o Burro
Ogre - vamos fazer uma corrida? O primeiro a chegar é burro.
Burro - (este ogre é mesmo estúpido... a ambição dele é ser mais burro que o burro!) Ó chefe, não quer antes discutir as declarações da Sonsinha aos jornais? É que vamos ter problemas.
Sonsinha - problemas por causa das minhas declarações? Porquê? Eu disse tudo o que o chefe mandou. O que tu tens é inveja de não ter jeito para aventuras.
Burro - não sejas parva todos os dias...então foste dizer que as famílias não vão ficar pior com estas novas regras de não se poder fazer deduções? Isso foi ridículo. Toda a gente vê que as pessoas vão ficar mal.
Sonsinha - qual é o problema? Só está mal quem quer. Porque é que não escrevem um livro como eu? Ou então tirem um curso de engenheiro como fez o chefe.
Ogre - o meu curso foi imenso chique e o mestre adorava-me.
Burro - ó chefe, explique lá à Sonsinha que tem de ter cuidado com o que diz aos jornais.
Ogre - calem-se com isso. Não interessa o que a Sonsinha diz. Ela só tem que sorrir. Da educação trato eu.
Sonsinha - trata o chefe? Então não sou eu a ministra? Então não decido nada?
Ogre - (que saudades da sinistra e do merceeiro que percebiam logo tudo. Tínhamos a mesma visão). Ó querida Sonsinha, a menina só tem que sorrir. Se quiser pode escrever mais uma aventura nas horas do expediente. O que não pode é meter-se nos assuntos da educação. Aquilo na educação não é para mexer. Já está tudo resolvido. Olhe, vá fazendo reuniões com o 'nuts'. Bebam chá, tirem fotografias. Prometa-lhe o que quiser. Ele engole tudo.
Burro - então e eu o que é que faço?
Ogre - o que sempre fizeste: papel de burro.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.