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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Não sei o que me deu...
mas eu não pareço eu.
Talvez tenha sido do vinho
ou a tonalidade do céu
algo me tirou do caminho
que pensava ser o meu.
Vês-me na berma da estrada
a olhar o carro que passa
imóvel, assim parada?
Enquanto não vir um sentido
não seguirei tal caminho
não forjarei um destino.
Não quero mais saber
do que não vem por inteiro
e nisto só estou a querer
o que já é meu por direito.
Não vendo o meu sofrimento
a troco de nenhum dinheiro
não quero favores de momento
a encher meu mealheiro.
Se a viagem é deveras
entrarei e sigo atrás
mas não perseguirei quimeras
e se é isso, deixem-me em paz.
bja
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