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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
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Um funcionário público com um salário médio bruto na ordem dos 1500 euros vai descontar para a ADSE cerca de 630 euros por ano com a subida dos descontos para os 3 por cento. O mesmo funcionário tem ainda um corte mensal no vencimento de 126 euros. Tudo somado, em 2014 este trabalhador vai perder 2394 euros devido às medidas de austeridade. É praticamente o subsídio de férias e boa parte do de Natal que fica nas mãos no Estado.
Só o aumento dos descontos para a ADSE dos atuais 2,5 por cento - que comparam com os 2,25 por cento de 2013 - para os 3 por cento seria o suficiente para cobrir um seguro de saúde no privado. Os 45 euros mensais que o Estado exige para financiar o subsistema de saúde pública é equivalente ao que pedem as companhias de seguro para cuidados de saúde. O encaixe para os cofres estatais deste aumento deve ser de 264 milhões de euros.
Por cima disto há ainda os cortes salariais na Função Pública a partir dos 675 euros. No caso de quem ganha 1500 euros brutos, a perda mensal é de 126 euros. Por ano, são 1764 euros que o trabalhador perde.
Contas feitas, se os dois subsídios deveriam rondar os três mil euros, aplicados os cortes, o funcionário público perdeu 2394 euros em 2014.
Os cortes salariais foram inscritos pela maioria no Orçamento do Estado, cuja fiscalização preventiva não foi pedida por Cavaco Silva.
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