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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Na verdade, ainda estou a lê-lo, pois comprei-o há pouco tempo e tenho estado completamente assoberbada de trabalho, neste fim de 1º período, de modo que tenho-o lido aos bocadinhos, enquanto estou de molho :)
O que me levou a comprar o livro? Ter lido que a autora sabe tanto e compreende tão bem e com tanto insight o período da Grécia Clássica que temos a sensação de estarmos a vivê-la. Sendo eu uma sedenta leitora desse período extraordinário da História que tanta influência teve na construção da Europa e do espírito europeu até aos dias de hoje, fiquei logo com aquele formigueiro de ter que lê-lo.
Que a autora fala da época como se estivesse lá estado é inteiramente verdade, pelo que li até agora.
O livro passa-se durante a guerra do Peloponeso e gira à volta de Alexis, um jovem nobre ateniense, discípulo de Sócrates. A história recria a vida de Atenas nessa época de ouro: vemos o desenrolar da cultura, da filosofia, da vida quotidiana, da homossexualidade, do teatro, da rivalidade com Esparta, dos simpósios, da mentalidade... são muitos os personagens conhecidos que povoam a narrativa, desde Platão a Xenofonte, passando por Alcibíades.
É um dos géneros literários que mais gosto: a meio caminho entre a ficção e a História, é uma espécie de portal de entrada num mundo que, sendo outro que nos fala desde o passado, é o mesmo mundo em que ainda vivemos: os mesmos problemas, os mesmos dilemas, os mesmos desafios, mais coisa menos coisa. Ao mesmo tempo divertido e esclarecedor.
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