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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Mais de metade dos jovens portugueses admitem emigrar
A segurança no trabalho (62%) é a principal condição que esperam encontrar no país de destino, seguida da estabilidade política (37%).
A baixa taxa de criminalidade é um ponto que também têm em consideração (35%), assim como os regimes de poupança e pensões estáveis (ambos com 20%) — pelo que Alemanha, Áustria e Suíça são o destino apontado como número um por 50% dos jovens que disseram querer deixar Portugal.
Mas olhando para outras faixas etárias, o valor também é elevado. Por exemplo, 50% dos inquiridos entre os 25 e os 34 anos também responderam que ponderam emigrar ou que já o fizeram (representando os que já saíram quase 5,5%). E mesmo entre os 35 e os 44 anos, a taxa ainda se aproxima dos 50%.
...a população portuguesa voltou a diminuir, segundo as Estatísticas Demográficas de 2012 publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no final de Outubro. Se, por um lado, houve menos de 90 mil nascimentos, por outro, cerca de 121 mil pessoas saíram de Portugal de forma temporária ou permanente.
A Alemanha força-nos a uma crise que destrói os regimes de poupança e a segurança no emprego enquanto fortalece os seus regimes internos para atrair os jovens que outros países formaram, mas que lhe fazem falta, pois todos os países da UE estão em crise demográfica.
Ainda este sábado, num jantar de aniversário, discuti com um amigo que acha muito bem que os jovens emigrem e que não vê mal nenhum nisso e até diz que em Portugal sempre se emigrou... pois é verdade que sempre se emigrou, o que significa que não saímos desta roda de pobreza mas, quem dantes emigrava eram os pedreiros, por assim dizer, não os licenciados, os mestres e os doutores, aos milhares.
Uma geração de jovens que podia, quem sabe, refrescar as hostes políticas com ideias e práticas diferentes para melhor, contribuir para acabar com esses ciclos de emigração por pobreza endémica. Mas não, pois estão todos lá fora a trabalhar para aumentar a riqueza de outros países à nossa custa em virtude de aqui dentro ninguém querer saber deles e até os mandarem emigrar.
Porquê e como é que as pessoas encaram estas coisas com bonomia? Não têm problemas económicos e têm uma visão individualista da vida económica.
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