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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Grupo de guias-intérpretes temem descredibilização da profissão com a iniciativa da Católica do Porto.
A Faculdade de Educação e Psicologia da Católica do Porto apresentou, hoje, o curso "Hospitalidade e Experiência Turística", formação que visa reintegrar seis cidadãos lançados nas ruas da Invicta pelas adversidades da vida.
Integrado no projeto Welcome Home, a ideia de negócio incubado na Católica, o curso de 25 horas, que tem início este mês e se prolonga até setembro, pretende reintegrar ativamente cidadãos em situação de desamparo, dando-lhes formação e emprego.
Marisa Mota, guia-intérpete de profissão, acusa a Católica de querer colocar na rua pessoas para "uma função para a qual não estão habilitadas", frisando que "nem no nome do curso acertaram, pois não existem guias-turísticos mas guias intérpretes".
"Fizemos três anos de universidde e pagamos propinas. Estamos fartos deste tipo de concorrência sem regras", diz Marisa Mota, que lembra que já basta terem na Praça da Liberdade guias que oferecem "free-tours aos turistas mas que no fim aceitam o que cada um está disposto a pagar".
O grupo de contestatários adverte que se a Católica quer resolver os problemas dos necessitados "terá de resolver também o problema dos guias-intérpretes sem emprego".
Isto, é no que se tornou o ensino em Portugal! E não venham dizer que é a escola pública ou este ou o outro instituto que não prestam... toma lá 25 horas dum curso qualquer e levas o título de guia... não interessa que as guias intérpretes tenham tido que estudar durante quatro anos de licenciatura, mais estágios, mais entrevistas, mais exames e o diabo a nove... ...nem interessa que esses cursados de fim de semana -à Relvas- prestem um péssimo serviço ao turismo... ou que pouco possam fazer pelas suas vidas com um curso de 25 horas...o que interessa é aparecer como grande promotora da caridadezinha.
Se querem mesmo ajudá-los ofereçam-lhes uma licenciatura como deve ser.
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