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Um post à pressa

por beatriz j a, em 30.10.19

 

... que vim a correr a casa largar a mochila e ir a correr para Lisboa que hoja é dia de tratamento. É só porque uma coisa positiva parece que nunca vem sem outra negativa para equilibrar.

No intervalo das 10h da manhã uma colega de inglês veio dizer-me, 'não consigo dar aula por causa de ti'. Como assim? 'É a turma ... que só fala de Filosofia e do que discutiram na aula de Filosofia. Não sei se tens noção do impacto que causaste'. Não, por acaso não tinha. Fiquei bem disposta. Fui para a turma ... e a meio da aula diz uma aluna, 'ó professora, posso dizer uma coisa sem que a professora leve a mal?' Pode, claro. 'Porque é que a professora complica tudo com perguntas? Porque é que não diz o que é para saber de maneira simples e faz essas complicações e discussões? Assim não é possível'. LOL Passou-me logo aquele arzinho de satisfação que trazia do intervalo.

 

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publicado às 14:16


Ancient Wisdom for Modern Readers

por beatriz j a, em 30.10.19

 

Ancient Wisdom for Modern Readers é uma colecção da editora, Princeton University Press que traduz textos dos clássicos de um modo legível para leitores, leigos, contemporâneos.

 

- How to Drink: A Classical Guide to the Art of Imbibing, Vincent Obsopoeus

How to Be a Bad Emperor: An Ancient Guide to Truly Terrible Leaders,Suetonius

How to Be a Leader: An Ancient Guide to Wise Leadership,Plutarch

How to Think about War: An Ancient Guide to Foreign Policy,Thucydides

How to Be a Friend: An Ancient Guide to True Friendship,Marcus Tullius Cicero

How to Be Free: An Ancient Guide to the Stoic LifeEpictetus

etc.

 

publicado às 05:03


Infinite horizon in a Rothko's silence

por beatriz j a, em 30.10.19

 

"What would life be, would not we have the courage to risk something"?

Vincent van Gogh

 

by Dissolve

 

publicado às 04:29


"Andam faunos pelos bosques"

por beatriz j a, em 30.10.19

 

Lalique 'Silènes' vase, design 1938.

 

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publicado às 04:14


Petrificar

por beatriz j a, em 29.10.19

 

Andrea Berni

 

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publicado às 11:56


Blue angel

por beatriz j a, em 29.10.19

 

Victor Nizovtsev - The Messenger

 

publicado às 08:56

 

Bem, isso toda a gente quer, evidentemente... o problema está no como. O que se viu na legislatura anterior foi aumentar a burocracia e impor a passagem de todos como maneira de melhorar as estatísticas sem ter que resolver o problema de encontrar modos de pôr os alunos a serem actores e não apenas espectadores do seu próprio sucesso.

O que mais temo na educação são os crentes dogmáticos que trazem a revolução no bolso e nos põem a todos nós reféns da sua crença ideológica. É assim como impor uma religião única e designar todas as alternativas como heresias condenáveis. Nada na educação é exclusivo e mágico e não há uma única maneira de resolver os problemas porque estamos a falar de pessoas. Seria de supor que os decisores usassem de prudência nas medidas radicais e revolucionárias que atiram para a educação pois o voltar atrás neste domínio é uma impossibilidade ontológica e entretanto já se estragaram muitas pessoas pelo caminho. 

 

publicado às 19:16


Nocturna - Händel. Baroque sexyness

por beatriz j a, em 28.10.19

 

Too beautiful... can't handel this...😜 the intro is really sexy.

 

 

 

publicado às 17:40


Música, chá e testes

por beatriz j a, em 28.10.19

 

IMG_3375.jpeg

 

 

publicado às 13:20


dos alunos

por beatriz j a, em 28.10.19

 

Tenho as turmas do 10º ano a fazer o 1º teste. Duas já fizeram na semana passada e tenho que vê-los hoje. Os outros são de uma turma com alunos que querem boas notas e estão inseguros porque nunca fizeram nenhum teste de Filosofia, embora lhes tenha dito que não faço testes difíceis nem acredito em testes difíceis e muito menos com armadilhas. Acredito em testes e trabalhos que testam o que andamos a falar e as técnicas que andaram a aprender - embora ponha sempre nos testes uma questão para ver se há ali algum aluno daqueles que vão mais além e que precisam de outro tipo de alimento.

Disse-lhes para mandarem um email se tivessem dúvidas. Sábado recebi uns emails. 'Professora, pode explicar este tópico e este e mais este?' !!?? Ou seja, queriam um texto sobre cada assunto. LOL É claro que não fiz tal coisa. Mas o que isto significa é que não sabem expôr dúvidas. Isto é típico dos alunos do 10º ano. Lá expliquei de volta que uma dúvida é uma incerteza ou uma dificuldade e não uma ausência total de conhecimento sobre todo um assunto e que primeiro é preciso estudar e só depois se vê quais as incertezas e dificuldades que ficam por perceber ou resolver. Responderam de volta a pedir desculpa. Agora estou à espera de emails de dúvidas porque o teste é amanhã. Vamos ver.

 

publicado às 09:33


Como dizia a minha avó Beatriz

por beatriz j a, em 28.10.19

 

'Começa a chover à segunda-feira, é a semana inteira'.

 

IMG_3373.jpeg

 

publicado às 09:05


Dendrites

por beatriz j a, em 28.10.19

 

Ian Cameron, Achmelvich Bay

 

publicado às 07:47


Small poem

por beatriz j a, em 27.10.19

 

Who are You?
 
 
I am a small poem on a
page with room for another.
...
by Leaetta May 
 
 

 

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publicado às 22:10


Caravaggio living paintings

por beatriz j a, em 27.10.19

 

 

publicado às 21:36


Este mundo cão em que vivemos

por beatriz j a, em 27.10.19

 

Uma amiga que trabalhava há praticamente 40 anos numa empresa foi posta a andar apenas poque os chefes são novos e querem pessoas mais novas de idade. Estamos a falar de uma multinacional que factura milhões no mundo inteiro e duma pessoa que trabalhava muito e bem e que tinha sempre resultados positivos e que estava a um ano de fazer os quarenta anos de casa e de poder beneficiar da lei dos 40/60.

Isto é um mundo cão. Há bocado dizia-me ela que ainda na semana passada uns clientes elogiaram o trabalho dela e o chefe disse-lhes que ela era a pessoa que tinha os melhores resultados, no posto dela, na Europa. Passada uma semana puseram-na a andar. É tratarem as pessoas como lixo... quer dizer... 40 anos de casa, é como se fosse família. Enfim, devia ser... E não estamos a falar duma pequena empresa familiar que conta os tostões. Isto é uma enorme ordinarice. Os empresários hoje em dia não são pessoas éticas. 

Pois e é nisto que o Costa e o Centeno querem transformar todas as profissões. Chamam a isto mérito... deixa-me rir... empresas vampiras, sugam as pessoas até ao tutano e depois mandam-nas para o caixote do lixo para dar postos a primos de primos. Andaram a limpar os directores e os chefes com mais de 55 anos e a substitui-los por gente mais nova.

De facto, não vale a pena uma pessoa perder a saúde pelo trabalho porque ninguém quer saber.

 

publicado às 20:31


Enormes paisagens imaginárias

por beatriz j a, em 27.10.19

 

acalmam. o que torna a paisagem enorme são estes planos sobrepostos a crescer em profundidade. o que torna calmante são as cores camel e a maciez redonda dos arbustros.

 

eyvind earle

 

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publicado às 18:45


O que significa 'saber pensar'

por beatriz j a, em 27.10.19

 

Há uma maneira correcta de pensar? 

Saber pensar requer um conjunto de habilidades cognitivas - capacidade quantitativa, flexibilidade conceptual, perspicácia analítica, clareza expressiva. Mas para além destas capacidades, aprender a pensar requer o desenvolvimento de um conjunto de virtudes intelectuais que faz das pessoas, bons estudantes, bons profissionais e bons cidadãos. A palavra 'virtude' é usada, deliberadamente, por oposição, a competências. Como Aristóteles sabia, as virtudes, ao contrário das competências, têm uma dimensão moral.

 

O amor pela verdade. Para serem bons estudantes, os estudantes têm que amar a verdade. Sem esta virtude intelectual, cumprem obrigações apenas para não serem punidos por não as cumprirem.

Tornou-se uma moda intelectual atacar a noção de verdade. Tens a tua verdade que eu tenho a minha. Tens a tua verdade hoje mas podes ter uma diferente amanhã. Pessoas que reclamam saber a verdade em algum domínio, argumenta-se, estão apenas a usar a sua posição de poder e privilégio para impôr a sua verdade.

Esta viragem para o relativismo é, em parte, reflexo de algo positivo que aconteceu à investigação intelectual. Percebeu-se que muito do que a elite pensava ser verdade era distorcido por limitações de perspectiva exclusiva. Lentamente as vozes dos excluídos foram incluídas na conversação e as suas perspectivas enriqueceram a nossa compreensão. Mas a razão pela qual enriqueceram a nossa compreensão está em terem-nos dado uma parte da verdade que estava, antes, invisível, para nós.

Não, da sua verdade, mas da verdade. O facto de cada um de nós apreender apenas uma parte de verdade degradou-se numa visão segundo a qual não há verdade alguma para apreender.

Procurar a verdade é difícil e o relativismo intelectual facilita a vida. Não há necessidade de lutar através de discordâncias para chegar ao cerne das questões, se não houver cerne. Toda a gente tem direito a uma opinião - é a grande democratização do conhecimento.

O amor da verdade é uma virtude intelectual pois a sua ausência tem sérias consequências morais. O relativismo corrói o nosso respeito fundamental pelos outros enquanto seres humanos. Quando as pessoas respeitam a verdade procuram-na e falam-na no diálogo. A partir do momento em que a verdade se torna suspeita, debater tornar-se num esforço de manipulação. Em vez de persuadir com razões para os nossos pontos de vista, usamos todos os meios que pensamos resultar para vencer o outro, como no jogo político.

 

Honestidade. A honestidade permite ao estudante encarar os limites do seu conhecimento, encoraja-os a assumir os seus erros e permite-lhes reconhecer verdades desinteressadas acerca do mundo.

 

Imparcialidade. É necessário que os estudantes sejam imparciais ao avaliar os argumentos dos outros. Temos a tendência para enfatizar evidências que suportam as nossas crenças e para ignorar as que são inconsistentes com as nossas crenças. As pessoas usam a razão mais como um advogado que está a construir um caso em vez de a usar como o juíz que o decide.

 

Humildade. É a virtude que permite reconhecer os erros e pedir ajuda. Frequentemente ouvimos os alunos dizer, 'tirei um 18', mas, ela 'deu-me um dez.'

 

Perseverança. Os estudante precisam de preseverança pois pouco do que vale a pena saber se alcança com facilidade e sem esforço. Cada vez mais se encurta e emboneca os assuntos no pressuposto de que os estudantes não têm capacidade de concentração continuada e só se motivam com superficialidades. Recorre-se a imagens em vez de textos. Pequenas frases em vez de excertos ou capítulos. Não se treina a perseverança.

 

Coragem. Os alunos necessitam de coragem intelectual para defenderem as suas posições e para prosseguirem caminhos intelectuais que implicam riscos.

 

Saber ouvir. Um estudante não aprende nada dos outros se não é capaz de ouvir. É preciso coragem para ser bom ouvinte pois bons ouvintes sabem que as suas visões do mundo e os seus planos do que este deve ser podem ser postos em causa numa conversa séria.

 

Sabedoria. Os estudantes precisam daquilo que Aristóteles chamava, sabedoria prática. Sabedoria prática é o que faz com que os estudantes usem as virtudes anteriores com equilíbrio, prudência, sem radicalismo e, ainda, que possam tomar decisões acertadas quando essas virtudes entram em conflito umas com as outras. A sabedoria prática é a virtude mestre.

 

Do lado do professor são necessárias:

Abrangência e empatia. Um professor tem que ser capaz de lembrar-se de como era antes de compreender um assunto pois todos os assuntos são evidentes depois de os compreendemos. Sem essa abrangência e empatia um professor não é capaz de se fazer compreender pelos alunos.

Peter Ubel, um professor e médico na Duke University, disse um dia que o velho médico paternalista desapareceu mas foi subsituído pelo igualmente inadequado, médico do 'paciente autónomo' em que os médicos apresentam os dados e esperam que as pessoas decidam sozinhas, sendo que na maioria das vezes as pessoas não têm conhecimentos suficientes para pesar a rentabilidade das várias alternativas no que respeita aos seus interesses. Boas decisões requerem, simultaneamente, conhecimentos especializados e compreensão das circunstâncias de vida de cada doente particular. 

Ainda para mais, no mundo desenvolvido a medicina tornou-se mais numa gestão de doenças crónicas que em actos de cura, logo necessita de mudanças de hábitos de vida por parte dos doentes. A motivação para mudar de hábitos de vida tem de vir da empatia e visão abrangente do médico, capaz de fazer dos doentes parceiros na gestão da sua doença.

Da mesma maneira, a um advogado não lhe basta o conhecimento especializado pois tem de conhecer as circunstâncias de vida dos clientes para poder aconselhá-los adequadamente.

Na educação é igual. Um bom professor tem de ser capaz de entrar no modus operandi intelectual do aluno, no seu contexto e na sua motivação particular, pois de outro modo não chega a ele.

 

Cultivar estas virtudes intelectuais não conflitua com o treino em áreas específicas do conhecimento. Pelo contrário, ajudam a criar uma força de trabalho mais sólida e flexível, mais persistente, capaz de procurar ajuda, de buscar formação, de ajudar outros.

 

Os professores têm de modelar a formação destas virtudes no seu comportamento diário. A maneira como fazemos perguntas aos alunos ensina-os a fazer perguntas. Ensinamo-los a ouvir pela maneira como os ouvimos, ensinamo-los quando interromper pela maneira como interrompemos; encorajamos a honestidade intelectual quando dizemos, a respeito de algo que não sabemos, 'não sei'. Porque os estudantes estão sempre a observar-nos em tudo. Temos que fazer estas coisas, não de modo acidental mas deliberadamente. [é aqui e assim, na prática diária, que se treina o respeito e a cidadania e não em disciplinas à parte]

 

Barry Schwartz é quem defende assim estas ideias e está a pensar na prática das universidades mas o que ele diz é o que qualquer professor intelectualmente honesto tenta fazer nas aulas com os estudantes e consigo próprio.

 

publicado às 17:00


O sentido da vida

por beatriz j a, em 27.10.19

 

Socrates: Question everything.

 

 

publicado às 06:51


Horizontes infinitos

por beatriz j a, em 27.10.19

 

Abandonadas e desoladas,

as flores a murchar ao vento

e o horizonte infinito do mar

ali tão perto...

 

Christian Benoist

 

publicado às 05:01


Montanhas intransponíveis

por beatriz j a, em 27.10.19

 

Albrecht Dürer, 1495

 

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publicado às 03:18

Pág. 1/9



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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