Por fim, Pardal Henriques. O homem foi um dos grandes derrotados desta telenovela e o seu futuro político pode ter ficado em causa, apesar de ter sido um dos principais responsáveis pelos aumentos já garantidos para todos os camionistas.
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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Pelo que aparece nos jornais não se percebe como vai ser a aplicação do despacho. Como é que uma escola garante 'a privacidade e intimidade' dessas crianças e jovens? Passam a ter uma casa-de-banho só para si? Ou dá-se o caso de, por exemplo, um grupo de alguns rapazes do secundário, com 18 anos, poder entrar na casa-de-banho ou no balneário das raparigas alegando a sua 'vontade expressa', como indica o excerto que aparece na notícia?
Vejo muito problemas neste despacho, a não ser que os jornais não estejam a noticiar o assunto como deve ser. Não me interpretem mal... eu sou a favor de defender as crianças e os jovens adolescentes que são diferentes mas as leis ou despachos que defendem os seus direitos têm que acautelar não criar problemas ainda maiores com as soluções.
“não está em causa, como é evidente, um uso livre de espaços [casas de banho e balneários], mas sim a salvaguarda da privacidade e intimidade de jovens em situações muito particulares”.
(...) “As escolas devem garantir que a criança ou jovem, no exercício dos seus direitos, aceda às casas de banho e balneários, tendo sempre em consideração a sua vontade expressa e assegurando a sua intimidade e singularidade.”
"We breathe in what the trees exhale, and they breathe in what we exhale." (Random)
random
veredas misteriosas - fotografia da Manuela
'... mas foi nele que espelhou o céu' - fotografia da Manuela
Olli Kekäläinen Photography
Bob Rudd (b. 1944) - Black Cliff, Druidston, watercolour
A Alemanha e os EUA ignoram-se mutuamente, a Alemanha e a Inglaterra quase de costas voltadas, apesar de Merkele fazer um discurso de lançar pontes e Boris Johnson também, a Itália a escorregar, a Amazónia a arder, o Médio Oriente em fogo, o Brasil com um canastrão a fazer de Presidente, os EUA também, o Putin a czarisar-se...
Às vezes parece que são dois passos à frente e três atrás...
Conta uma história. Não sabemos ao certo qual é mas cativa o olhar e a imaginação.
Vemos que é o interior de um café na Belle Époque (vê-se pela roupa), talvez em Paris, onde o pintor viveu ou talvez na Alemanha de onde era e para onde voltou nos últimos quinze anos da sua vida.
Dá ideia de ser um encontro de amantes onde ela está retraída e ele suplicante. É um encontro às escondidas? É que parece um café pouco frequentado. Tem o jornal abandonado (o rolo que se vê rematado por paus) na mesa do lado.
É inverno -vê-se pelo abafo de mãos dela, pousado no banco e pelo sobretudo dele pendurado com a cartola- e ao entardecer, pois a luz artificial reflecte-se na janela. Estiveram a beber chá. Não sabemos se estão de luto pois o preto era uma cor da moda nessa época, para as pessoas elegantes.
Vê-se que há intimidade e tensão dramática na pose dos dois e percebe-se que ele tenta convencê-la de algo. Parece o fim de um romance num dia triste de Inverno.
Gotthardt Johann Kuehl, In the Coffeehouse, by 1915
"If you live for now, you will regret not planning. If you live for the future, you will regret what you've missed. You will regret it anyway, so do what you feel like lolz"
Desmarcaram-me um exame horrível à cabeça que deve ter sido inventado por um esquizofrénico em pleno ataque psicótico que quis partilhar a experiência (sem ofensa para os esquizofrénicos...) do horror e da ansiedade que o acompanha. Essa notícia de não ter que fazer esse filme de horror pôs-me logo bem disposta de modo que tive num pagode com a minha irmã durante o tratamento :))
Depois fomos comemorar a boa disposição a um restaurante giríssimo com uma vista espectacular sobre Lisboa e como tenho a minha glicémia no óptimo, acabei com uma bruta sobremesa de lamber os beiços 😀
No hospital, como já lá ando em tratamentos há muito tempo de seguida, já todos os enfermeiros, técnicos e funcionários dos balcões do hospital de dia me conhecem pelo nome. Já trocamos impressões sobre as férias e etc. Hoje o enfermeiro R. ouviu-nos falar e assim que soube da notícia de não ter que fazer aquela ressonância nojenta perguntou-nos logo onde íamos comemorar e assim que lhe disse que andamos a experimentar restaurantes a cada 15 dias a seguir aos tratamentos, quis logo saber onde íamos, onde já tínhamos ido, quais os de melhor ambiente e onde se come bem... ficámos de fazer uma lista com avaliação para lhe dar daqui a 15 dias.
Com esta excitação agora não tenho sono... mas também não me importo... até me passou a neura de amanhã ter que ir para outro hospital... estou mesmo na boa, foi um dia bom :))
Diário de desastres anunciados.
What does it mean when someone won't even look at you and has minimal contact with you?
Com as devidas distâncias, ontem lembrei-me desse filme quando Pardal Henriques, o porta-voz e assessor do sindicato dos motoristas de matérias perigosas, anunciou o fim da greve. Depois, o comunicado oficial foi lido pelo presidente do sindicato, não sem que Pardal Henriques lhe fosse dando dicas ao ouvido. Uma situação patética, diga-se.
Calculo que muitos camionistas que perderam dinheiro nestes sete dias de greve tenham ficado desiludidos, pois quem estica a corda tanto como o sindicato o fez é para levar a sua luta até ao fim.
(...)
Por fim, Pardal Henriques. O homem foi um dos grandes derrotados desta telenovela e o seu futuro político pode ter ficado em causa, apesar de ter sido um dos principais responsáveis pelos aumentos já garantidos para todos os camionistas.
Não há ninguém que não crucifique Pardal Henriques que foi o rosto da greve dos motoristas. Li uma notícia que começava assim, 'Pardal, advogado dos motoristas que nunca foi motorista...' ... mas desde quando os advogados têm que ter a profissão daqueles que defendem?
O homem foi crucificado por toda a gente: pelo governo, pela ANTRAM, pelos jornais e comentadores sicofantas do governo e patrões. No entanto, o que importava aqui perceber é: porque é que Pardal Henriques surge a dar a cara numa greve radical? A resposta está em que, neste momento da história política em que vivemos, ninguém do lado do governo ou das entidades patronais se dá sequer ao trabalho de ouvir os trabalhadores, de modo que as pessoas vêem-se na situação de radicalizar os protestos apenas para que as ouçam.
Se não fosse Pardal Henriques e esta greve radical ninguém saberia das condições de trabalho dos camionistas, constantemente ignorados, desprezados até, nas suas questões, por patrões e governos. Temos um país minado pela corrupção e clientelismo onde se aproveitou o pretexto da troika para retirar direitos aos trabalhadores, ao mesmo tempo que se aumentavam as regalias aos responsáveis -da banca às empresas públicas passando pelos políticos- da crise que nos fez pagar 20 mil milhões numa dezena de anos.
Este governo, que atingiu o cúmulo da concentração de poder em família e amigos, aproveitou o abismo em que a oposição se enfiou à conta do governo de PPC e o vazio de contestação política eficiente e consequente para mostrar que é duro com quem trabalha e serve quem de nós se serve. Tem sido indiferente à situação dos serviços públicos, dos professores, dos enfermeiros, dos médicos, etc., etc. Está sempre pronto, com a conivência cobarde do Presidente, a enfiar dinheiro na banca e nos projectos de primos e amigos, no vampirismo do fisco aos pequenos trabalhadores (Nos últimos três anos saíram de Portugal 30 mil milhões de euros para offshores) mas recusa-se terminantemente e com tiques de autoritarismo que já nem os do próprio partido conseguem negar, a atender as condições decadentes dos trabalhadores, chegando ao ponto de nem sequer os ouvir e defender que sendo governo não se tem que cumprir a lei à letra.
É por isso que surgem Pardais Henriques, quer dizer, eles são sintoma do desespero em que as pessoas se encontram. E isso é que importa perceber e reparar antes que tudo piore. Neste momento, como se lê na notícia abaixo, há já vários sindicatos desalinhados com as CGTPs.
Estes sindicatos só surgiram, tal como o Pardal Henriques, porque a regressão em direitos laborais que custaram muito a conquistar são constantemente destruídos com o beneplácito das centrais sindicais que assinam de cruz tudo o que os governos querem (ainda hoje li no jornal que o Presidente promulgou a proposta do PS de precarizar ainda mais os trabalhadores duplicando o período de trabalho à experiência com o argumento de que é bom para a economia...) e duplicam a retórica demagoga do governo.
O que quero dizer é: o governo de PPC e agora o do Costacenteno, que aproveita o lastro deixado pelo anterior para andar à vontade, foram e são radicais na sua recusa em melhorar a vida e condições de trabalho das pessoas e, até, em ouvi-las.
Com o argumento de terem acabado com a austeridade mantiveram cortes com outros nomes, desinvestimento superior ao do tempo da troika, cobranças incríveis de impostos, deterioração do rendimento da classe média, comportamento agressivo e ofensivo contra os trabalhadores, etc., ao mesmo tempo que deixam os mais ricos enriquecerem. E estão cada vez mais autoritários, em grande parte porque não têm oposição séria - os partidos da geringonça não fazem oposição, fazem fretes. Ora, isso está a fazer surgir movimentos sindicais também mais agressivos e radicais.
É a terceira lei de Newton, A toda acção há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Isto, penso, é que importava perceber. Quando encostam as pessoas à parede e elas não vêm modo de poder viver em condições dignas e acham que já não têm nada a perder, avançam com toda a força. Como este governo deve ganhar as eleições, ao que dizem, as coisas vão piorar ainda mais, porque a ganância do poder absoluto faz parte do ADN do PS desde o Socas. É preciso ver que este governo é, em grande parte, o conselho de ministros do governo do Socas.
Estão sempre a dizer que Portugal é diferente porque nos outros países o autoritarismo e a extrema -direita estão em ascensão mas aqui temos um governo socialista... a verdade é que o socialismo deste governo é uma fachada para o autoritarismo. A ambição de Centeno é o FMI, os argumentos dele são os do Gaspar (que está no FMI) a ambição do governo é o controlo total dos parceiros sociais e da comunicação social, os argumentos do governo e do Presidente são os da troika, os cortes são ainda piores que os da troika... uma fachada para o mesmo autoritarismo que se vê crescer nos outros países. Isso não vem sem consequências.
... "exigem apenas melhores condições de trabalho, para que sejam cumpridos os desígnios da Assembleia Constituinte,...
Os sindicalistas defendem que "todos estes direitos foram colocados em causa pelo Governo" que demonstra "querer impor à força a manutenção dos lucros exorbitantes das entidades privadas em detrimento de melhores condições de trabalho". Nenhum trabalhador "pode aceitar continuar a receber salários que não garantam uma existência condigna e o trabalho tem que ser prestado em condições socialmente dignificantes, por forma a facultar a realização pessoal e a permitir a conciliação da atividade profissional com a vida familiar", refere o artigo.
A finalizar, os autores acrescentam: "Queremos continuar a defender a garantia de liberdade dos trabalhadores e lutaremos contra quem queira restringir o direito à greve e consequentemente o direito de quem quer lutar por melhores condições de trabalho, sociais e familiares".
Norikane Hiroto, Soaring
Non v'è rimedio per la nascita e la morte salvo godersi l'intervallo.
(Arthur Schopenhauer)
Buongiorno! 🙂
Azul do Egito, ultramarino, Lápis-lazúli, azul da Prússia, cobalto, azul yinmn, indigo, ciano, dourado mel...?
Galerias de Arte Barcelona
A "Visão" fazia uma análise factual do desinvestimento na educação, saúde e transportes ao longo desta legislatura. A despesa pública em percentagem do PIB caiu nesses três setores. Tendo em conta que a despesa em salários aumentou, esta redução foi ainda mais brutal ao nível do investimento nesses serviços públicos.
(...)
O desinvestimento e a paralisação das reformas nos últimos anos são a continuação de um padrão que ele sumariza de forma perfeita: "a ocorrência de alívios temporários pagos com uma debilidade económica crescente".
Miguel Poiares Maduro
Listas de colocação foram conhecidas esta sexta-feira, cerca de um mês antes do início do ano letivo.
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