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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Here's a sigh to those who love me,
And a smile to those who hate:
And, whatever sky's above me,
Here's a heart for every fate.
Mesmo isto 😄
Vamos lá ver, o governo resolveu dar um passe de 40 euros a toda a gente o que fez imediatamente subir a quantidade de pessoas que usam os transportes; no entanto, apesar de ter tomado essa decisão unilateralmente, não vai compensar a Fertagus pelo aumento repentino e exponencial de passageiros, nem a empresa pode subir preços dado que o preço do passe está fixado pelo governo; sendo assim, a empresa não vai investir em mais carruagens ou comboios para perder dinheiro e tira os bancos, ficando as pessoas com pior serviço.
Como os do governo, primos e amigos só andam de carro e com motorista estão-se nas tintas e dizem-no à boca cheia...
Havia alternativas? Havia. Criavam à mesma um passe único mas com escalões. Uns ficariam nos 40 euros, outros pagariam mais dependendo das posses e condições de cada um. Não faz sentido que uma pessoa sozinha e sem filhos pague o mesmo que uma familía com dois filhos, por exemplo, onde todos usam o comboio.
É como a questão dos livros escolares gratuitos. Há situações onde o que faz sentido é a equidade e não a igualdade aritmética. Pois é... só que quiseram ganhar popularidade... à custa dos outros. Os outros que paguem e resolvam os embróglios.
O secretário de Estado do Adjunto e da Mobilidade acredita que a alteração nas carruagens da Fertagus é um processo normal para responder à crescente procura, que excedeu as expectativas do Governo em Lisboa e no Porto. Há mais 167 mil passes.
Mais uma amiga da democracia de Costa...
"Um professor no topo da carreira - se conseguir atingir o topo da carreira - ganha o mesmo que um juiz quando sai da escola e começa a trabalhar. E o Governo quer aumentar essa diferença ainda mais e, ainda por cima, com uma componente de salário que nem IRS paga", criticou.
"As pessoas têm de saber isto: o Governo é fraco com os fortes e forte com os fracos e eu, em toda a minha carreira, tenho gosto em ser forte com os fortes", acrescentou Rio, que já durante a tarde se tinha pronunciada na rede social Twitter sobre este assunto.
Rui Rio
as prioridades vão passar pelo "reforço da democracia", com o aprofundamento da descentralização e combate à corrupção", pela "manutenção" de um quadro económico de "contas certas", pelo investimento na melhoria dos serviços públicos e pela valorização das funções de soberania.
As prioridades são: nomear mais primos e amigos para reforçar a 'nossa' democracia, atirar as questões da educação para as autarquias para poupar mais dinheiro, continuar os cortes na educação e na saúde e melhorar os salários dos orgãos de soberania AKA, governo, deputados, juízes.
Ontem tive um grande pesadelo. Mas optimista. Sim, um pesadelo optimista. Geralmente os pesadelos fazem-nos acordar assustadas a meio de uma cena de tensão insuportável, só que o próprio sonho arranjou um mecanismo de lidar com essa tensão e não só não acordei como aquilo acabou bem. Nunca tal coisa tinha acontecido. Foi assustador, mas optimista. Como esta imagem. De cores assustadoras no céu mas optimistas no chão com aquela árvore cheia de um verde denso em cima do lilás da alfazema, a afastar o chumbo da tempestade :)
Enfim, olhei para a imagem e foi o que me lembrou.
By Antony Zacharias
A CAMINHO DO CORVO
À Maria Gabriela e ao Rodrigo,
primos filiais
A minha vida está velha
Mas eu sou novo até aos dentes.
Bendito seja o deus do encontro,
O mar que nos criou
Na sede da verdade,
A moça que o Canal tocou com seus fantasmas
E se deu de repente a mim como uma mãe,
Pois fica-se sabendo
Que da espuma do mar sai gente e amor também.
Bendita a Milha, o espaço ardente,
E a mão cerrada
Contra a vida esmagada.
Abençoemos o impossível
E que o silêncio bem ouvido
Seja por mim no amor de alguém.
Vitorino Nemésio( 1901-1978). Sapateia Açoriana
Durante a atividade, realizada no dia 20 de maio, os estudantes de 7º e 10º anos da Escola Secundária José Estêvão, circularam pelas ruas de Aveiro à procura de beatas deitadas indevidamente pelas pessoas, para o meio ambiente. Sol
A propósito disto, há pouco tempo, durante a crise dos professores quando o Costa mandava os jornais destilar ódio contra nós, um taxista disse-me que em casa dele mudaram de hábitos porque as filhas vêm da escola depois de aulas e de terem feito trabalhos acerca do ambiente e chamam a atenção dos pais de cada vez que fazem qualquer coisa que afecte negativamente o meio ambiente.
Daqui a uma ou duas gerações ninguém perceberá a obsessão de Costa por furar o Alentejo e o Algarve para tirar petróleo.
Ao tempo que andava à procura deste livro. Quero imenso lê-lo. Ele existe online e pode ler-se todo gratuitamente porque é de domínio público mas eu queria lê-lo em papel numa edição da época e não em uma reedição qualquer manhosa. Não queria era ter que dar uma fortuna pelo livro ou ter que lê-lo num exemplar desconjuntado porque o livro é do início do século XIX. Levei algum tempo a encontrar exactamente o que queria mas como se encontra tudo no ebay a preços de chuva no Inverno -enfim, antes das alterações climáticas- já cá canta, acabadinho de chegar :)
Já li sobre a Filosofia na Idade Média e livros de História sobre a época mas este é sobre o estado da cultura, a literatura e o ensino, contextualizado nas dinâmicas desses tempos (elaborado em uma síntese, quer dizer, em um único volume em vez de uma História gigantesca em dez volumes ou isso- que é coisa para especialistas) e, era exactamente isso que me interessava para compreender certos factores subterrâneos muito específicos, indutores das épocas seguintes e até da nossa que, em certos pontos, parece-me semelhante a outra do passado, de modo que talvez haja padrões que se revelem.
A quantidade de tempo e os acontecimentos que o livro cobre são impressionantes, quer dizer, é sinal de um grande esforço de investigação e uma grande erudição do autor. Em certos assuntos e pese embora saiba que com a evolução do tempo também as técnicas de interpretação da História evoluem, parece-me que há grande vantagem em ler autores, bons autores, não um tipo qualquer, mais próximos das épocas em questão por razões que agora não me apetece explicar.
Enfim, vou ter que deixar a leitura deste livro para as férias que agora não há tempo para isto. Estamos na penúltima semana de aulas e tenho trabalho até aos olhos. Mas já estou com água na boca :)
... ou pior...
O secretário de Estado da Educação defendeu esta quinta-feira que as escolas devem preocupar-se em ensinar em vez de se inquietarem com a preparação dos alunos para os exames nacionais, argumentando que desta forma os estudantes terão melhores resultados académicos.
1º Os exames são obrigatórios para muitas disciplinas e a nota dos alunos nos exames é determinante para as escolhas que os alunos podem fazer em termos de estudos universitários. Logo, um professor que ignore a importância desta condição na vida dos alunos e a sua responsabilidade na questão, é um professor que não se interessa pelos alunos. É isso que o secretário de Estado quer?
2º Os exames são momentos de avaliação de conhecimentos e de técnicas com particularidades específicas pois há 100 maneiras de se apresentar uma questão ou problema. Alunos que não são treinados para o modo como as questões são apresentadas nos exames e para o modo como são avaliadas (o que os correctores valorizam e o que desvalorizam) ao chegar ao exame perdem imenso tempo a perceber como devem organizar os conhecimentos que têm à volta da questão em causa. Isto para não falar de disciplinas como a Matemática onde os problemas podem ser apresentados de maneiras muito diferentes, sendo que, se os alunos não treinam vários modos de apresentação de questões, no exame nem percebem o que têm que fazer.
Como toda a gente que já fez testes psicotécnicos ou outros teste ou que já foi a uma entrevista de trabalho sabe, a experiência e o treino prévio aumentam a eficácia dos procedimentos. Ou o secretário de Estado quando ia a entrevistas de trabalho ou fazia exames não se preocupava em saber a melhor forma de responder à tipologia de avaliação e confiava que deslumbrava toda a gente com a sua genialidade? Um professor que não perceba a importância destas questões não ajuda os alunos.
3º Por exemplo, muitas questões de escolha múltipla dos exames de Filosfia são dúbias e prestam-se a várias interpretações; o problema da ambiguidade inescapável da linguagem, como se sabe, está na origem de toda uma corrente da filosofia; no entanto, como só aceita uma resposta como correta, é preciso ensinar os alunos acerca das interpretações que costumam ser aceite nessas questões, senão arriscam-se a saber e mesmo assim errar ou, pior, os que sabem menos mas têm sorte no totobola é que as acertam.
4º como sabemos, há imensos pormenores que afectam a performance dos alunos, até coisas como a temperatura das salas de exame (women perform better on tests of cognitive function at toastier room temperatures. ), de modo que dizer que quem sabe faz sempre bem ou até que os exames deviam mudar todos os anos e ser sempre uma surpresa, é de uma grande ignorância.
O que devia acontecer era termos currículos que permitissem dar os programas e ao mesmo tempo treinar o tipo de performance que os exames requerem.
Portanto, o secretário de Estado exortar os professores a não se importarem com os exames é o mesmo que incentivar-nos a desconsiderarmos um acontecimento que pesa no futuro dos alunos. Pela minha parte, não sigo o conselho, obrigada.
Tribunal Central Administrativo deu provimento a recurso do Clube da Arrábida. Primeira instância tem de voltar a apreciar pedido de suspensão da empreitada.
A decisão do TCA assenta no facto de a empreitada ter sido adjudicada pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), dona da obra, à empresa Mota Engil, sem ter havido lugar à audiência prévia dos cidadãos interessados, legalmente prevista (artigo 4.º do decreto-lei 83/95 de 31 de Agosto).
Ao contrário, o acórdão do TCA considera que, “em função do relevante impacte no ambiente da obra em causa”, existe esse dever de audiência prévia a cidadãos interessados e entidades defensoras dos interesses que possam vir a ser afectados, pelo que manda repetir a apreciação da providência cautelar.
O Me! O Life!
Numa aula, para ajudar um aluno a encontrar um texto no manual, peguei no livro -dele- e folheei-o a mostrar-lhe como encontrar. A partir do ano que vem nunca mais toco no livro dos alunos porque não me arrisco a deixar uma marcazinha que seja e depois virem cobrar-me a multa dos livrosque são gratuitos mas que não podem usar-se.
Uma colega emprestou-me ontem este livro e como ia dar um teste à turma a seguir aproveitei e li metade do livro enquanto eles faziam o teste. Lê-se muito bem, quer dizer, com proveito, sobretudo se temos referências literárias -os clássicos- e políticas -os dissidentes- russas, porque compreendemos o alcance das suas preocupações e contradições.
O livro recolhe depoimentos e impressões de russos de várias idades e épocas, pré e pós Estaline e pré e pós Gorbachev. Mostra o povo russo profundamente dividido quanto ao que o presente fez do seu passado.
O que os une é a desilusão do presente e a busca de um sentido. Uns lamentam a desilusão da Liberdade. Pensavam que depois de Gorbachev nada seria como dantes e em pouco tempo viram uma nova espécie de ditadura regressar e tirar o sentido a essa esperança.
Os mais velhos lamentam que os sacrifícios que fizeram, muitos tendo sido presos e torturados, tenham sido para nada, quer dizer, para a Rússia se tranformar num grande mercado de consumo. Dantes buscavam a justiça, agora buscam o último telemóvel... esses preferiam o tempo de Estaline porque pelo menos aí os russos tinham uma alma, uma identidade e uma força no mundo. Têm vergonha de terem sobrevivido às torturas bárbaras de que foram alvo como se fosse uma espécie de egoísmo supremo o corpo ter-se recusado a morrer.
Na verdade, nem uns nem outros sabem bem o que fazer da História do seu país: se ter orgulho, se ter vergonha, se lembrar, se esquecer... os mais velhos não querem não ser comunistas porque isso parece-lhes uma confissão de inutilidade de vida, quer dizer, qual o sentido da luta de uma vida inteira contra o capitalismo se agora se submetem aos seus ideais que vêem como fúteis?
É triste, tantas gerações desperdiçadas em guerras, em perseguições, em torturas, em Gulags... tantas vidas interrompidas, tanto talento desperdiçado, tudo por causa de meia dúzia de predadores que chegaram ao poder... e no fim deixar as pessoas meio perdidas na sua História. É triste. Triste, mesmo.
Muito interessante, o livro.
Fez saber que ofereceu milhões de euros a funcionários do fisco como prémio de terem cobrado dívidas. Agora os outros também querem e puseram a imaginação a funcionar...
Repare-se que ao contrário dos grandes caloteiros da banca que têm o nome escondido para poderem andar aí na sua boa vida sem que os incomodem, estes condutores ficavam ali apeados à vista de todos...
Operação em Valongo foi interrompida ao início da tarde pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que garantiu que uma fiscalização do género “não se irá repetir” .
À agência Lusa, o secretário de Estado revelou que foi aberto um inquérito para se perceber “todo o enquadramento desta operação e perceber se todas as garantias dos contribuintes foram ou não respeitadas”.
“O Fisco parou-me na estrada porque paguei o IUC fora do prazo um dia ou dois. (Alcina Ribeiro)
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