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publicado às 17:43

 

 

"A figura humana no espaço, suas funções móveis e estacionárias, sentada, deitada, andando, em pé, são tão simples quanto universalmente válidas".

 

 

publicado às 11:02


Medidas para atrair portugueses... hã...?

por beatriz j a, em 04.09.18

 

 

Este país não é para portugueses... a não ser que sejam políticos, banqueiros, gestores públicos e seus satélites. Antes de se preocuparem com os portugueses que não voltam preocupem-se em evitar que continuem a sair... empregos precários e sem acesso a habitação... grandes estratégias.

S&P: Preços das casas em Portugal devem subir 9,5% este ano

 

publicado às 09:14

 

 

Fala-se muito do absentismo docente e do número de professores com baixa por doença prolongada superior a dois meses e este falar é sempre negativo, dando a entender que há desleixo, desinteresse ou, até, fraude, uma vez que nas outras profissões da função pública os números por baixa prolongada são inferiores.

 

Não posso falar de todos os casos mas posso falar do meu que não há-de ser muito diferente de outros.

Estou de baixa por doença prolongada, pela primeira vez em trinta anos de trabalho, desde Abril. Março, o último mês do 2º período, andei a trabalhar já doente mas em Abril os médicos puseram-me de baixa e mandaram-me fazer exames. Ao fim de um mês descobri que tinha um tumor e foi preciso outro mês para lhe descobrir as características, a extensão da doença, etc. Ao contrário do que parece, este processo foi rápido porque entretanto conheci muitas pessoas que levaram mais de seis meses (doentes e de baixa) a fazer exames até descobrirem o que tinham. 

 

Enfim, a partir daí estive três meses (Junho, Julho e Agosto) em tratamentos diários intensivos, incompatíveis com o ir trabalhar, não só por passar o tempo no hospital mas pelo estado físico em que me encontrava. Acabei os tratamentos há menos de duas semanas e vou voltar ao trabalho daqui a menos de duas semanas.

 

A questão é que colegas que já passaram pelo mesmo e até alguns médicos, sabendo que a lei não permite nenhuma diminuição da carga horária lectiva, me desaconselharam a voltar já ao trabalho. É que o trabalho de professor não é um trabalho de estar sentado à secretária ou de poder fazer pausas para descanso que é o que acontece em outros trabalhos da função pública. Geralmente as chefias têm consideração pelo estado da pessoa e deixam que a pessoa faça mais pausas ou até que saia mais cedo em dias em que está pior. Só que isso não é possível quando se dá aulas.

 

O trabalho de dar aulas obriga a uma concentração e esforço constantes, sem distrações ou pausas, durante o tempo todo em que se está com os alunos, sendo que entre uma aula e outra não há tempo para descansar, só para ir a correr até à sala de professores, ir à casa de banho e já o toque nos manda para a aula a seguir. Uma manhã de aulas são cinco horas de enfiada sempre no máximo da capacidade física e mental. É um trabalho que exige robustez física e mental durante muitas horas de seguida. É violento. Nem é igual a dar aulas numa universidade em que se trabalha para pessoas quase ou já adultas, estamos a trabalhar com crianças ou adolescentes que são outra coisa completamente diferente... os miúdos são irrequietos, os adolescentes respondões, gostam da infracção e do desafio da autoridade, não estão motivados para o estudo nem para a dsiciplina... é um trabalho de grande exigência.

 

Não admira, portanto, que a maioria dos professores com baixa prolongada, não se arrisquem a voltar ao trabalho antes de estarem completamente bem de saúde, ainda mais porque ao voltar ao trabalho a lei obriga a que se esteja 31 dias sem faltar, sendo que o normal, vindo de uma doença debilitante, é que a pessoa no primeiro mês de trabalho tenha quebras de rendimento e se vá abaixo de vez em quando. Acresce que no caso de pessoas com neoplasias, como eu, é preciso cerca de um ano para estar completamente bem e recuperada, e isto se não houver recidivas... Uma pessoa acaba os tratamentos e depois passam meses até podermos fazer exames que nos digam se os tratamentos resultaram ou se é preciso novas doses...

 

Se juntarmos a isto o facto de metade ou mais dos professores terem mais de 50 anos, idade em que as doenças aparecem todas e a condição física se degrada mesmo sem doenças (problemas respiratórios, chegar a meio do dia com os pés inchados das horas em pé, cansaço, vulnerabilidade a gripes, etc.) não espanta o número de professores que estão de baixa e demoram a voltar ao trabalho sabendo o número de turmas e alunos que os esperam e o que isso significa em termos de esforço físico e mental.

 

É óbvio que nestas condições as pessoas optem por prolongar a baixa o mais possível até se sentirem em condições. Também é óbvio que a profissão docente não deveria ser tratada como uma profissão de estar sentada à secretária e tenho a certeza que, se a legislação permitisse a redução do horário lectivo, muita gente voltaria ao trabalho muito mais cedo, com motivação e empenho. Portanto, é a própria legislação que desincentiva ao trabalho, o que é absurdo.

 

Eu vou regreesar ao trabalho daqui a uns dias. Gosto do trabalho e não quero ficar em casa. No entanto, estou com receio do cansaço porque ainda fico muito cansada ao fim de umas horas de actividade intensa. Ontem a médica disse-me que devia arranjar um troley para carregar os livros e materiais porque estou proibida de fazer esforços e carregar pesos no ombro esquerdo e que devia ter uma actividade limitada a meio dia de trabalho... 

Tenho que comer de duas em duas horas, vigiar certos sintomas... enfim, estou dependente do meu chefe compreender a situação e ter alguma tolerância comigo nas actividades não lectivas, pelo menos durante os primeiros tempos, porque nas outras, as lectivas, mesmo que ele quisesse ter alguma tolerância, a lei não o permite. Obriga-me a trabalhar na capacidade máxima.

 

Quem faz as leis trabalha sentado a uma secretária num serviço em que faz as pausas que quer e descansa quando quer e depois esquece-se que as outras profissões não são assim e tratam todas as profissões da mesma maneira. Lemos, por exemplo, que os suicídios na profissão médica não param de crescer devido ao stress negativo e ao número de horas de trabalho intensivo e desgastante... mas faz-se alguma coisa? Não, só se diz mal dessas profissões porque o dinheiro do país é para comprar brinquedos aos militares, pagar a gestores e daministradores públicos que nunca são responsabilizados pelos buracos que temos que pagar, antes são promovidos, e para os próprios das lojas partidárias (chamo-lhes lojas porque funcionam cada vez mais como a maçonaria) se perpetuarem no poder e promoverem família e amigos.

 

Entretanto o Costa e o Centeno ofendem professores todos os dias porque é evidente que nós, professores, somos uns privilegiados e é por causa de nós, das nossas doenças e dos nossos luxos que o país ficou no buraco.

 

publicado às 07:57


Citação deste dia

por beatriz j a, em 04.09.18

 

 

Comprovando uma feminização da profissão docente, Cruz (1990) afirma que “a feminização implica a diminuição salarial e deterioração do estatuto remuneratório” (p.20-23). Vemos, enfim, que a “desqualificação” e a “feminização” provocam uma atribuição de baixos níveis salariais e estes, como consequência, determinam o duplo emprego e a degradação do estatuto socioprofissional.

De tudo isto resulta a posição que a sociedade tem para com a profissão docente - desvalorização, uma vez que a degradação dos níveis salariais e o estatuto salarial são, hoje em dia, factores de prestígio social, como nos dizem Cruz (1990), Jesus (1993e) e Teodoro (1994a).


O factor institucional

Temos hoje consciência de quanto de positivo ou nefasto tem o poder institucional sobre a vida profissional dos professores, seja qual for o nível a que o consideremos: central, regional ou local (escola).

É na submissão do professor à imposição e orientações das instâncias superiores, por ele reconhecidas como pouco acertadas, por vezes, que a insatisfação surge, experimentando a amarga contingência da sua autonomia e o desencanto das suas aspirações e sonhos iniciais perante uma realidade superiormente conduzida. Neste sentido, Nunes, em 1984, citado por Alves (1991), refere que: ”nada é mais nefasto, em termos de desenvolvimento profissional, do que ter de incrementar continuamente decisões tomadas por outros. No caso dos professores, esta situação é flagrante. A maior parte das decisões, mesmo as que dizem respeito à sua pessoa e à maneira como exerce a sua actividade, são tomadas quase exclusivamente por instâncias centralizadoras. Este sentir-se continuamente ultrapassado tem como resultado a perda do entusiasmo pela profissão e a falta de criatividade no desempenho da mesma” (p70).

 

publicado às 06:40

 

 

Quem não se lembra dos sucessivos governos gregos pré-crise gastarem o dinheiro a comprar submarinos, aviões e armas aos alemães e outros de tal maneira que tinham um dos maiores orçamentos para a Defesa na UE em vez de aplicarem o dinheiro a desenvolver o país? Quem não se lembra de como esse foi um dos factores -o esbanjamento de dinheiro para servir interesses estrangeiros- apontados como estando na origem do buraco em que se enfiaram e ainda estão?

Pois por cá o nosso primeiro ministro não aprendeu nada e vai gastar anualmente mais quatro mil milhões do que já gasta para os militares comprarem coisas com o argumento de que as compras e o esbanjamento depois talvez sirvam para apagar fogos rurais ou outras coisas quaisquer... logo se vê... porque nós, um país minúsculo, não precisamos de investir na educação, na saúde, na justiça, nas energias renováveis, na ciência, numa política que trave a sangria de pessoas e aumente o emprego não precário... não, do que precisamos mesmo é de mais generais com gadgets e brinquedos, do que precisamos é de fabricar e vender armas e esbanjar dinheiro para satisfazer interesses estrangeiros.

Começa a ser urgente livrarmo-nos deste indivíduo cada vez mais desinteligente.

 

António Costa: aumento da despesa militar tem de ser para “duplo uso”

 

publicado às 05:49

 

 

 

publicado às 18:22


Desvantagens dos telemóveis

por beatriz j a, em 03.09.18

 

 

Vamos num transporte público e à nossa frente vai uma mulher a falar ao telemóvel com a mãe e ficamos a saber tudo sobre a doença da bexiga da senhora e das suas restrições alimentares; atrás de nós vai outra mulher ao telefone com uma amiga e ficamos a saber tudo sobre as dúvidas que a amiga tem acerca do marido ter uma amante e das melhores estratégias para descobrir a coisa; ao nosso lado vai um homem ao telefone com um colega do trabalho a fazer intrigas e ficamos a saber tudo sobre quem no trabalho dele faz sacanices a quem... livra! Que grande massacre!

 

publicado às 18:14


Flying high

por beatriz j a, em 03.09.18

 

 

publicado às 07:26


Right...

por beatriz j a, em 03.09.18

 

 

 

publicado às 07:22


Nocturna - The Flower Duet (Lakmé)

por beatriz j a, em 02.09.18

 

 

 

 

publicado às 20:18


Blue hope

por beatriz j a, em 02.09.18

 

 

Through September We Walked
Aini Tolonen, 2017 

 

publicado às 20:04

 

 

O Marcelo Rebelo de Sousa está a discursar na Operália e não se cala... mas o homem intromete-se em tudo? Chiça! Que emplastro...

 

publicado às 19:57


How cool is this?!

por beatriz j a, em 02.09.18

 

 

A library cake 🙂

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publicado às 17:19

 

 

Fernando Medina subiu ao Pico sem autorização e arrisca multa até 4 mil euros

Nesse dia, conta a RTP Açores, a opção de fazer a subida de forma autónoma estava esgotada. Mais de 50 pessoas aguardam por uma vaga. Mas Medina subiu. Sem registo nem equipamento de segurança.

 

publicado às 10:58


À atenção do sr. Costa

por beatriz j a, em 02.09.18

 

 

...se é que ele ainda ouve alguém além de si mesmo e do outro da parelha... ... mas calculo que ele pense que esta posição do ministro francês demissionário, de toda a comunidade científica e dos movimentos contra a exploração de petróleo não passem de finca-pés de gente obstinada face à sua postura construtiva e de diálogo no tema da exploração de petróleo bem como em todos os outros.

 

Terra deverá atingir o ponto de não retorno em 2035

Investigadores avisam que o mundo tem que mudar rapidamente para as energias renováveis e alertam que o prazo para impedir que o aquecimento global aumente a temperatura em mais de 1,5ºC já passou

 

 

publicado às 10:25


Citação deste dia

por beatriz j a, em 02.09.18

 

 

Can a skeptic avoid self-contradiction? And if he doesn’t, if he arrogantly preaches intellectual humility, does that negate his work? Not at all. Such paradoxes actually corroborate the skeptic’s point, that the quest for truth is endless, twisty and riddled with pitfalls, into which even the greatest thinkers tumble. In our infinite ignorance we are all equal.

(in Paradox of Popper by John Horgan)

publicado às 08:03


Graffiti

por beatriz j a, em 01.09.18

 

 

 via Lítera

 

publicado às 20:14


Qual é a sua carapuça?

por beatriz j a, em 01.09.18

 

 

 

publicado às 12:56

Pág. 10/10



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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