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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
“Pues no hay dolor más grande que el dolor de ser vivo,
Ni mayor pesadumbre que la vida consciente”.
Ruben Darío citado por Florbela Espanca
Alfama, Baixa, Chiado, Mouraria e Castelo perderam desde 2013 quase dois mil habitantes.
Até que enfim que alguém diz com dados científicos aquilo que qualquer professor com dois dedos de testa e meia dúzia de anos de ensino há muito sabe. Infelizmente esta é uma das 'modas' que o secretário de Estado da educação quer introduzir. Mais um disparate que já anda em vigor em muitas escolas e que vai ser alargado. Infelizmente as políticas de educação no rectângulo não são evoluções baseadas em estudos fundamentados. Não, são modas, apenas e só.
In the 1960s, an interesting series of experiments was done on air-traffic controllers’ mental capacities. Researchers wanted to explore if they had a general enhanced ability to ‘keep track of a number of things at once’ and whether that skill could be applied to other situations. After observing them at their work, researchers gave the air-traffic controllers a set of generic memory-based tasks with shapes and colours. The extraordinary thing was that, when tested on these skills outside their own area of expertise, the air-traffic controllers did no better than anyone else. Their remarkably sophisticated cognitive abilities did not translate beyond their professional area.
Variously called ‘21st-century learning skills’ or ‘critical thinking’, the aim is to equip students with a set of general problem-solving approaches that can be applied to any given domain; these are lauded by business leaders as an essential set of dispositions for the 21st century. Naturally, we want children and graduates to have a set of all-purpose cognitive tools with which to navigate their way through the world. It’s a shame, then, that we’ve failed to apply any critical thinking to the question of whether any such thing can be taught.
Dizia a dada altura Fátima Campos Ferreira: “cabe aos cientistas convencer a sociedade...” Como é que um cientista convence a sociedade sem ser com argumentos científicos? E como se usam argumentos científicos perante uma plateia que não domina a ciência? Eu digo como: a ciência está dotada de instrumentos de escrutínio que permitem corrigir-se a si mesma. Coisa que a pseudociência não tem de fazer. Não precisa de prova, de controlo dos pares. Basta-lhe as redes sociais e a ignorância de quem os lê. Por isso mesmo podemos, com todos os erros, ir confiando no trabalho de cientistas e não temos nenhuma razão para confiar no que nos dizem os curiosos. Não porque a ciência seja infalível, mas porque a ciência tem os instrumentos para ir corrigindo as falhas.
Deixem-me já dizer de avanço que não vi o programa nem sei o que é o 'biomagnetismo' (fui agora mesmo à internet ver o que defendem e praticam), sou a favor de vacinar as pessoas e vejo os benefícios das vacinas. Tive uma hepatite quando era adolescente que provavelmente não teria se já houvesse vacina e quando ela apareceu vacinei logo o meu filho.
Dito isto, parece-me que a discussão acerca das vacinas é mal feita por parte da ciência e que os argumentos do Daniel Oliveira (nesta parte que o Expresso deixa ler) não convencem quem não está já convencido que é o mesmo que dizer que não servem para nada.
Em primeiro lugar, dizer que a ciência não é democrática não é totalmente correcto e muito menos por ,'uma mentira não tornar-se verdade'. A ciência não tem mentiras nem verdades, tem resultados corroborados por dados, cuja interpretação é, ou não, aceite pela maioria dos pares, sendo que se não for, mesmo que seja, nas palavras dele, 'uma verdade', é posta de lado. Portanto, na ciência há argumentação interna, entre pares, no sentido da maioria aceitar certas conclusões como 'verdades científicas'.
Em segundo lugar, o discurso da ciência ortodoxa e das pseudo-ciências, como lhes chama Popper, não é cogente pela razão de que as pessoas da pseudo-ciência não aceitam o pressuposto que valida o conhecimento científico: o método experimental. E têm esse direito. Ninguém é obrigado a aceitar dogmaticamente os pressupostos de corpos de conhecimentos. Portanto, neste caso, a Fátima qualquer coisa tem razão ao dizer que a ciência tem que convencer a sociedade que o seu discurso e prática são melhores, na teoria e na prática que os da pseudo-ciência pois, por um lado, a pseudo-ciência anda a fazer um bom trabalho nesse campo de convencer as pessoas de que tem razão e, por outro, a solução do D.O. de confiarmos nos cientistas porque sim, não é solução nenhuma.
E porque é que não é solução? Porque a revisão entre pares na ciência está numa crise tremenda: há uma ou duas revistas onde a publicação garante validação, todos querem lá publicar de qualquer maneira, os que lá trabalham deixaram de fazer revisão e as fraudes nestes último doze anos têm sido gravíssimas, desde cientistas que falsearam todos os resultados de 20 anos de investigação, a pessoas suicidarem-se quando as fraudes são descobertas... depois temos o caso da Medicina depender de medicamentos (e vacinas) cuja investigação está nas mãos de multinacionais, grandes corporações industriais que querem resultados para antes de ontem e põem cá fora medicamentos antes de fazerem os testes que deviam fazer por ganância de lucro... todas essas coisas que dantes se discutiam à porta fechada em laborarórios, hoje em dia chegam aos jornais e TVs. Ontem estava provado cientificamente que os ovos eram veneno para os colesterol e hoje a mesma ciência provou que podem comer-se à vontade; ontem a ciência provava que o café era bom e hoje a mesma ciência diz que está provado que a torrefacção do café liberta uma substância cancerígena... etc, etc., etc.
Os casos em que a ciência diz num dia que está provado 'x' e no dia a seguir que 'x' está infirmado, são aos milhares. Isso é confuso para as pessoas e descredibiliza a ciência. Portanto, a ciência tem que fazer melhor trabalho, mais honesto e mais eficaz a convencer as pessoas que as suas práticas são melhores que o biomagnetismo. E tem que ter argumentos melhores ou saber desmontar melhor os pseudo-argumentos do biomagnetismo.
Se as pessoas não fossem tão ignorantes não acreditavam em certas coisas? Pois, talvez... olhe diga ao seu partido para convencer o governo a investir na educação em vez de achar que somos custos desnecessários... talvez menos gente se deixasse convencer por biomagnetistas, menos crianças morressem ou ficassem com sequelas para a vida por não se vacinarem por ignorância dos pais... quando as prioridades são a banca, depois não se queixem de ter ignorantes...
... não devia ter ido andar 13 km com estas febres mas a verdade é que elas não me passam nem eu melhoro por estar parada em casa e este passeio fez-me bem à alma. O campo estava lindo e florido e apanhei umas florzinhas amarelas que puseram aqui o escritório a cheirar maravilhosamente a campo [embora possam ser venenosas dada a atração instintiva que eu tenho por flores venenosas, segundo o meu companheiro de caminhadas...]
Outra coisa diferente é o estado em que estão os acessos às praias e as próprias praias. A época alta começa na Páscoa. Hoje a partir das 10 horas via-se muita gente a andar de bicicleta ou a pé, a passear em zonas que estão perigosas. Ouvi dizer que a Presidente da Câmara anda a inaugurar cafés... prioridades...
o cenário lindo
acesso a galápos
Acesso ao Portinho. Árvores tombadas e outras prestes a tombar.
praia do portinho. A areia desapareceu e deixou à vista as pedras limosas. Parece esgoto.
Olhamos para a palavra e o que vem à cabeça é, empréstimos mal paridos: gente dos governos e da banca, que continuam por aí alegremente, emprestaram a caloteiros que não tinham dinheiro para pagar, e que também andam por aí alegremente, dinheiro que eles próprios, bancos, não tinham e que depois nós, os palhaços que pagamos este circo, somos obrigados a cobrir com pobreza, desemprego, desinvestimento nos serviços públicos, congelamentos e por aí fora.
Falam em 17 mil milhões mas eu não acredito nestes números e acho que deve ser muito mais porque destas coisas sabemos sempre só a ponta do iceberg e quando vêm a saber-se na totalidade é sempre dez vezes pior do que se pensava (veja-se o caso do gang do Canavarro com os colégios).
Enquanto não vier tudo a lume (quem, quanto, como, quando) e enquanto não forem responsabilizados, seja parar à cadeia ou em outros casos, impedidos de poder voltar a mexer num euro que seja e de ocupar um cargo público, todos os políticos andam manchados pela cumplicidade explícita ou implícita, com o crime e os criminosos. E a questão que fica é, que futuro tem um país que deixou de ser de leis e passou a ser de gangs?
Para quem for capaz de horas de desculpas e demagogia por parte do ministro e equipa. Factos: existe uma sub-orçamentação de milhões de euros com o pessoal das escolas, ou seja, estamos a pagar o Novo Banco e outras coisas do género.
Aqui ao lado os nuestros hermanos vão instituir uma espécie de mocidade nacional obrigatória. Uma reforma no currículo da educação básica (primeiros quatro anos) inclui uma endoutrinação acerca da importância da disciplina e obediência, acerca do direito dos militares intervirem com propaganda aos benefícios dos valores da vida militar, aprendizagem de hinos militares, de reconhecimento de armas, tudo com materiais infantis a condizer no sentido de exaltar a vida das armas e a subserviência a um tipo de sociedade militarizada. Não é à toa que este rei espanhol foi educado por Franco...
Uma tentativa de impedir esta reforma foi recusada com os votos do PP e a abstenção do PSOE.
Lilies with Blue Vase by Yoshijiro Urushibara
The Galapagos are one of the world’s last havens for wildlife -- pristine islands where giant tortoises, blue-footed boobies, and penguins live as they have for thousands of years.
But tourism and development have recently skyrocketed, destroying the home of animals and plants found nowhere else on the planet -- leaving many species on the brink of extinction.
So when a vital, 568-acre piece of land was put up for sale, local conservationists were terrified, sure it’d be razed to make way for a hotel. But then they came up with an amazing plan: buy the land themselves and create the islands’ first-ever private reserve to permanently protect the area!
But they're running out of time -- the owner will sell to the highest bidder unless they can raise nearly a million dollars in just a few weeks! That’s where we come in. A wealthy donor has promised to match what we raise dollar for dollar, so if we all chip in, we won't need weeks -- we can make this dream possible in just hours. Donate now to buy this island paradise and protect it forever.
Eu e a maioria do povo não percebemos nada de finanças mas estes absúnfios ainda percebem menos do que nós... não há outra conclusão a tirar porque é impossível existir tanta incompetência onde existem conhecimentos sobre os assuntos...
Banco de Portugal. Taxa de desemprego deverá descer até 5,6% em 2020
Trocado por miúdos:
O desemprego baixou porque não há cá quase ninguém, os desempregados emigraram...
Vem aí o Verão com os magotes de turistas o que vai fazer subir o nível de emprego - precário...
Os salários estão uma miséria de modo que se prevê: taxa de poupança das famílias em mínimos "historicamente baixos" e contenção de despesas nos máximos.
... é todos os dias darem ordem de centenas de milhões para os bancos que nos larapiam mas não assinarem a ordem para uma miserável pensão de sobrevivência à viúva de um soldado que deu a vida ao serviço do país.
...é vermos a ponta do iceberg e percebermos que são indivíduos com cargos ao mais alto nível do Estado...
São todos das fileiras do PS ou do PSD e nalguns casos até já foram condenados, mas recorreram das sentenças que lhes assacam crimes cometidos no exercício de funções.
... é uma pessoa perceber que nas próximas eleições não há ninguém em quem votar...
Em declarações à Lusa e à TVI, na sede do partido esta tarde, disse mesmo esperar um défice zero em 2019, ao mesmo tempo que pede uma redução da carga fiscal.
... é ir trabalhar com febre e sair da escola para as férias directamente para a cama. Grande massacre...
... apesar de não saber de nada... são uma vergonha os argumentos dele para quebrar solidariedade com os outros países europeus no caso da Rússia. Se Portugal fosse atacado e precisasse da ajuda da NATO ou invocasse a pertença à UE ou o tratado com os ingleses, quereria ajuda mas, para dar o corpo ao manifesto, está quieto... queremos ao mesmo tempo o sol na eira e a chuva no nabal, sem fazer nenhum esforço ou sacrifício... uma vergonha... é o que dá ter incompetentes que dançam nas cadeiras e vão a todas: ora são ministros, ora gestores, chefes da bola ou outra porcaria qualquer.
Portugal é isto. Só alinhamos com os outros quando nos mandam empobrecer as pessoas e enriquecer a banca.
Augusto Santos Silva nega desacerto com os aliados em relação à resposta do Ocidente ao ataque químico no Reino Unido atribuído à Rússia.
Esta terça-feira, e em declarações à Lusa, Santos Silva tinha afirmado que Portugal “usa da prudência” para “defender os interesses nacionais”, sublinhando a “lógica de não-confrontação” da política externa lusa.
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