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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Hoje a turma do 10º ano passou-me um tpc. Perguntaram-me que séries via - disse-lhes que a última tinha sido Mozart in the Jungle. Assim que souberam que é passada numa orquestra desinteressaram-se logo, declararam que não sei escolher séries cool e entenderam que preciso de guia para ver séries de jeito. Então, mandaram-me ver uma série chamada, 'La Casa de Papel' e, porque querem discuti-la comigo, deram-me um prazo de dez dias (depois de negociarmos) para aparecer na aula com a primeira temporada vista.
do blogue http://www.arlindovsky.net
"Os dados são referentes aos intervalos expostos nos gráficos mas dão a conhecer o verdadeiro envelhecimento da classe docente. A imprensa nacional não pega muito nestes dados, parece que não há interesse em divulga-los. Mas eles existem e estão acessíveis a todos. A classe docente está envelhecida e nos últimos anos esse envelhecimento disparou.
Este é só meio problema. Os professores que entram na carreira, também, já têm uma “certa idade” e em termos etários não renovam a classe. Está-se a saltar um importante factor em todas as classes profissionais, a passagem de testemunho. Os mais velhos não têm a quem passar o conhecimento adquirido e quando os “novos” chegarem terão de aprender sozinhos, pois os mais velhos ou já não estão, ou não terão “capacidade” de realizar tal passagem.
No futuro, Portugal, vai sofrer de falta de professores e os responsáveis não estão a planejar, a longo prazo, como gerir a oferta e a demanda destes profissionais. Preferem contar trocos…
Ficam os dados Pordata…"
Fontes/Entidades: DGEEC/MEd – MCTES, PORDATA
Última actualização: 2017-08-03
Erdogan já passou limites do ditador benigno há muito tempo, quando se fez filmar, no dia da vitória eleitoral, a descer umas escadarias ladeadas com figuras dos sultões otomanos, com os quais se compara, naturalmente.
Ontem disse a uma garota de sete anos que se Deus quisesse seria uma mártir e a enterrariam com a bandeira do país... Erdogan está num processo de esmagamento dos curdos, sem os quais a guerra contra o EI não teria sido vencida. O resto do mundo vê e cala.
Xi Jinping quer acabar com a limitação de mandatos para ficar eternamente no cargo. Putin só sai de lá quando e, se, quiser. Na UE já falavam em concentrar numa única pessoa os cargos de Presidente do Conselho e da Comissão e acabar com o princípio de um membro por cada Estado-Membro. Trump, se pudesse, há muito que era um Putin, líder por quem tem enorme respeito e admiração.
Há uma tendência cada vez mais clara para a degradação das democracias. Será que os ditadores não se vêem como o que são? Será que os líderes não têm noção de como a concentração de poderes continuada na mesma pessoa leva à corrupção, ao desvirtuamento dos processos, à destruturação da coesão social? Serão tão cegos que se pensam imunes aos perigos do poder?
Até em pequenas comunidades como as escolas vemos esta degradação. Onde vai a gestão democrática das escolas? Como se podem educar os jovens para sociedades de vivência democrática se os exemplos que lhes dão são o oposto disso?
O governo Costa ainda não percebeu que não é possível, ao mesmo tempo, aplaudir a galinha de ovos de ouro do turismo e da sustentabilidade ambiental, e depois negociar com as raposas que querem pilhar o galinheiro.
(Viriato Soromenho-Marques)
Acho que gostamos das árvores da nossa infância. Ficam impregnadas -as formas, os cheiros, as cores- nas experiências, nas emoções e na memória delas. Deve ser por isso que o sobreiro é a minha árvore. Lembro-me, em miúda, de ficar a olhar os sobreiros em noites de trovoada, com um misto de espanto e medo, por aqueles braços momentaneamente iluminados, erguidos como preces fantasmagóricas.
Os sobreiros são árvores com presença. Gosto deles com copas grandes, completamente desordenadas, de troncos negros, em verdes prados cobertos de florzinhas do campo.
imagem da net
Djesus! Why does my brain wakes me up at 4 AM...? He pretty much does what I tell him to do most of the times. I don't even know if this is insomnia or a fucked up sleeping pattern...
By Dek Wid
Quem diria que a melhor terapia para tratar os distúrbios de sono dos ansiosos fosse um cobertor de papa... lol
Já choveu bem. Agora cai uma chuva miudinha. Como são necessários, sem serem bons, estes dias mordacentos... músicas tristes que arrastam para as zonas mais sombrias, âncoras que desdobram rapidamente as correntes até pousar no solo fundo... ¿como perceber a luz se nunca se viveu a sombra... ou não fossem, a luz e as trevas, um dos dez pares da tábua dos opostos, princípios de toda a realidade, segundo Pitágoras, que segundo se conta, terá sido o primeiro a usar o termo, Filosofia.
O número de funcionários públicos representa um sétimo do total da população empregada, que são cerca de 4 milhões e meio, um pouco mais. Estes 669.725 mil portugueses, exceptuando os políticos, gestores públicos e afins, são pessoas que pagam os impostos todos que têm a pagar pelo salário que auferem. O salário é todo esmiuçado antes de cair na conta e não temos maneira, mesmo que o quiséssemos, de fugir ao fisco. Dos trabalhadores no privado, uns por conta própria, outros não, não sabemos ao certo quantos pagam impostos pelo que ganham mas sabemos que a fuga ao fisco é generalizada (são os artistas, os clubes de futebol, a restauração, as oficinas, os cabeleireiros, o alojamento local, as empresas em geral...) e sabemos que desaparecem aos 10 mil milhões de euros de cada vez... ora, não são os funcionários públicos, com excepção dos referidos políticos, gestores e afins (esses têm grandes benesses como carros, subsídios de tudo e mais alguma coisa, cartões de crédito, etc.), que têm maneira de fugir ao fisco. Portanto, quando se diz que os trabalhadores do privado sustentam os funcionários públicos, é pura demagogia, às vezes dos mesmos que fogem ao fisco ou que têm empresas que vivem dos subsídios do Estado e vivem à conta dos que pagam os impostos.
Depois, como se vê pelos dados, temos menos 8% de funcionários públicos que em 2011.
Comparando com dezembro de 2011, o emprego público registou uma quebra de 8%, correspondente à redução de 58.080 postos de trabalho, revela ainda o documento.
2017
4.756,6
Indivíduos .
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Alerta também para o outsourcing legislativo do Parlamento associado aos deputados-advogados.
Mas o que descaracteriza a actividade dos órgãos de soberania é o outsourcing legislativo. E aqui entra a questão inevitável do deputado-advogado. De facto, temos um Parlamento cujas leis, as mais importantes, são feitas fora do próprio Parlamento, encomendadas por ajuste directo a grandes escritórios de advogados, nos quais trabalham advogados que são deputados. Então, quem faz as leis fora do Parlamento, o que já é uma aberração, vem aprová-las dentro do Parlamento.
Esse conflito de interesses deve ser travado?
Devia. Até admitia o outsourcing a título excepcional, quando as matérias são demasiadamente complexas. Agora, em termos recorrentes, acho um desvirtuar do poder legislativo e regulatório do Parlamento. É a devolução de um poder a privados, com tudo o que isto propícia a nível de conflito de interesses, de tráfico de influências. Parece-me o problema mais delicado. Havia uma possibilidade que era dotar de facto o Parlamento de um núcleo de assessoria jurídica especializada comum a todos.
"The marvel is not that the Dancing Bear dances well, but that the bear dances at all."
~~~Russian proverb
Ghuta, Síria
Tolstói, nascido em 1828 e morto em 1910, nasceu na nobreza russa, numa família que possuía uma enorme propriedade e centenas de servos. A sua vida como jovem conde foi espalhafatosa, debochada e violenta.
"Matei homens em guerras e desafiei outros para duelos com o propósito de os matar. Perdi dinheiro no jogo, consumi o trabalho dos camponeses, condenei-os a castigos, vivi sem freio e enganei pessoas...assim vivi por dez anos"
Mas Tolstói gradualmente afastou-se da sua decadência, do seu estilo dissoluto de vida e rejeitou as crenças da sua educação aristocrática, adoptando uma perspectiva de vida não convencional e radical que chocou os seus pares.
7 conselhos sobre a arte de viver - cortesia de Tolstói
1. Mantenha uma mente aberta
Uma das virtudes de Tolstói era a capacidade e disponibilidade para mudar a sua mente a partir de novas experiências. A matança horrível que testemunhou na Guerra da Crimeia em 1850 fez dele um pacifista. Em 1857, depois de ver uma execução pública pela guilhotina, em Paris (nunca mais esqueceu o baque da cabeça cortada ao cair no cesto) tornou-se num convicto opositor do Estado e das suas Leis, acreditando que os governos, não só eram brutais mas, essencialmente, serviam os interesses dos ricos e dos poderosos. "O Estado é uma conspiração", escreveu a um amigo, "Por consequência, nunca servirei nenhum governo". Tolstói estava a caminho de tornar-se um anarquista e foi o primeiro a encorajar-nos a questionar as crenças fundamentais com que crescemos.
2. Pratique a empatia
Tolstói tinha uma invulgar capacidade de empatia, de pôr-se no lugar de pessoas com vidas muito diferentes da sua. Em 1860, não só adoptou o modo de vestir camponês mas começou a trabalhar ao lado dos camponenses recentemente emancipados da sua propriedade, trabalhando os campos e reparando as suas casas, com as suas próprias mãos. Gostava da companhia dos camponeses e conscientemente evitou as elites literárias e aristocráticas das cidades. Acreditava que não podemos compreender realmente a vida dos outros sem lhes provar o gosto.
3. Faça a diferença
Era activo no aliviar do sofrimento alheio, sobretudo no combate contra a fome. Em 1873 interrompeu Anna Karenina durante um ano para organizar ajuda para os famintos: "Não posso afastar-me dos vivos para me preocupar com os imaginários". A família e os amigos pensaram que estava maluco. Voltou a fazê-lo na grande fome de 1891, durante dois anos.
4. Domine a arte da vida simples
Depois de um esgotamento nervoso no final de 1870, Tolstói rejeitou toda a religião, incluindo a Igreja Ortodoxa onde tinha sido educado. Adoptou um ramo revolucionário do Cristianismo baseado nas espiritual e material austeridades. Deixou de beber, deixou de fumar e tornou-se vegetariano. Inspirou a criação de comunidades utópicas de vida simples, auto-suficiente onde a propriedade era comum. Estas comunidades 'Tolstoianas' espalharam-se pelo mundo e levaram Ghandi a fundar uma ashram em 1910 ao qual chamou A Quinta de Tolstói.
5. Esteja consciente das suas contradições
Esta sua nova maneira simples de viver não estava isenta de contradições. Apesar de pregar o amor universal estava constantemente em conflito com a sua mulher. Sendo um apóstolo da igualdade nunca abdicou da sua riqueza e privilégios. Viveu sempre numa grande casa com muitos empregados. No entanto, em 1890, contra a vontade da família, abdicou duma enorme parte dos seus direitos de autor, sacrificando uma fortuna. Tendo em conta a posição priviligiada com que Tolstói iniciou a vida, a sua transformação, mesmo que não tenha sido completa, é digna de admiração.
6. Torne-se um artesão
Para Tolstói, o equilíbrio entre a mente e o corpo era parte essencial da sua criatividade. Não apenas regularmente pousava a pena e ia puxar um cavalo de arado pelos campos como mantinha uma foice e uma serra perto da sua escrivaninha. Nos últimos anos, quando jornalistas e escritores o visitavam, ficavam surpreendidos de vê-lo com ferramentas de sapateiro a fazer um par de botas.
7. Expanda o seu círculo social
A melhor maneira de desafiar os nossos preconceitos e desenvolver novas maneiras de ver o mundo é rodearmo-nos de pessoas com visões e estilos de vida diferentes dos nossos. Na obra Ressurreição ele diz que a maioria das pessoas"instintivamente mantém-se no círculo daquelas que partilham os seus pontos de vista". Por isso, acham perfeitamente normal e justificável, por exemplo, ter duas casas, oporem-se ao casamento de pessoas do mesmo sexo ou bombardear países no Médio Oriente. Não vêem a injustiça dessas posições porque vivem fechados em círculos com os mesmos pontos de vista. O desafio está em passar tempo com aqueles cujos valores e experiências contrastam com os nossos: viajar para além dos perímetros do nosso círculo.
Adaptado daqui: The secret to a happy life - courtesy of Tolstoy
“Having learnt from experiment and argument that a stone falls downwards, a man indubitably believes this, and always expects the law he has learnt to be fulfilled.
But learning just as certainly that his will is subject to laws, he does not and cannot believe it.
(Tolstoi - Guerra e Paz)
At the Edge of the Wood - 1886 | Thomas Millie Dow, escocês - 1848-1919
Seis aulas de enfiada. Duas reuniões ao fim do dia. Preparar uma delas à tarde. Corrigir e acabar uma acta. Resolver, quer dizer, dar passos para a resolução do problema de um aluno. Ao fim do dia, duas reuniões que só servem para nos cansarmos... acabar de fazer os comentários aos trabalhos da turma xxx é mais logo às 4 da manhã, quando acordar... agora já estou demasiado cansada para me concentrar nisso. Agora, ainda vou acabar de fazer uma ficha acerca do David Hume. Enfim, este fim de semana foi fantástico e amanhã vai ser um dia lindo...
Já lá vão sete horas de trabalho e ainda não está tudo feito...
Johan Zoffany pintou, em 1771-72, os membros da Real Academia Das Artes Inglesa. Angelica Kauffman e Mary Moser estão ausentes, embora pertencessem à Academia, pela razão de estarem presentes dois modelos masculinos nús e a mentalidade da época não considerar apropriado que mulheres andassem em sítios onde os homens se expunham nús, muito menos pintá-los. Ele pô-las lá subtilmente, nas pinturas penduradas na parede à direita.
Na verdade, até há poucos anos, o lugar das mulheres na pintura era dentro das telas, pintadas por homens. As mulheres eram desencorajadas de ser artistas, tinham de expor obras com nomes de homens e foram muitas vezes roubadas pelos homens.
Isto vem a propósito das mulheres em Espanha se terem manifestado, na abertura da ARCOMadrid, da falta de mulheres entre os artistas escolhidos que são quase todos homens. O Museu do Prado tem quatro mulheres expostas nas suas paredes...
Hoje em dia as mulheres já podem pintar nús e mais o que quiserem mas continuam a ser secundarizadas como artistas.
The portraits of the Academicians of the Royal Academy, 1771-72, Johan Zoffany.
Nomeado pelo Governo de Sócrates para o Eurojust e escolhido por Van Dunem para o CEJ, tem como número 2 o irmão de Pedro Silva Pereira.
Este país está nas mãos de umas centenas de famílias que vão rodando nas cadeiras. Formam todos a grande comunidade dos 'deborla'. Mete nojo.
Sylvie Guillem, que fez anos ontem ou faz amanhã, consoante a fonte que se consulta, deixou os palcos há dois anos, quando fez 50 anos.
A perfeição na técnica e na expressividade. Absolutamente emocionante.
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