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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
by Arkady Babchenko.
In February 2013 Valery Gerasimov, Chief of the General Staff of the Armed Forces of Russia, published an article in a military journal “Military Industrial Courier” called “Value of science in forecasting”. In this piece he discusses so called “chaos theory” which in the nutshell concludes that military actions are only a final part of the new hybrid war. However, its core part is shattering stability, creation of chaos in the state and society of your potential enemy.
So, it is imperative to understand that erosion through corruption along with cyber attacks and attempts to impact politics through fake social media accounts are part of Gerasimov’s doctrine, that very mechanisms of chaos in action. That very hybrid war.
And this war is already here.
If politicians don’t treat themselves and the system that supports them with rigour and respect, nobody else is likely to do so. Fair regulation of the internet is perhaps the most important task now facing politicians around the world. (Adam Boulton in Democracy is dying. Politicians must tame the net before it tames them - The Sunday Times)
A mulher de Pedro Nuno Santos foi aumentada em 80% como assessora de Duarte Cordeiro.
... o plafond para assessores e técnicos dos vereadores passou de 18,1 milhões de euros para 19,86 milhões de euros nos quatro anos de mandato. Os aumentos registados não são, porém, meras atualizações dos tetos salariais, mas opções claras de gestão.
Os aumentos nas avenças em causa são significativos e foram atribuídos a assessores com ligações ao PS. Catarina Gamboa, ex-dirigente da JS e mulher do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, teve um aumento de mais de 2 mil euros no atual mandato... ... O mesmo aconteceu com o filho do blogger que assinava como “Miguel Abrantes” no blogue Câmara Corporativa...António Mega Peixoto teve um aumento da avença de 2.135,39 euros para 3.468,04 euros mensais. O mesmo aconteceu com antigo vice-presidente da Federação do PS de Aveiro e ex-líder da JS/Aveiro, Pedro Vaz, que teve um aumento de 2.899,11 euros para 4.615,57 euros.
Em resposta ao Observador, a câmara alega que “os valores praticados em 2017, sendo inferiores aos praticados em 2009, são ligeiramente superiores aos de 2013, devido à reposição efetuada com o fim dos cortes salariais em vigor durante o mandato do último governo”.
É assim... a mim não me pagam o que me devem nem tenho direito a que me reconheçam dez anos de trabalho apagados por opção de Costa e dos seus apoiantes; no entanto, todos os devotos do partido, mesmo os que passaram entre os pingos da chuva da austeridade, têm todos os direitos, e já!
Estava eu a ler com grande interesse este texto sobre o vazio do consumismo quando dou com isto,
Entretanto, a certa altura - já venho a descer a Rua do Carmo - ouço atrás de mim:
- Não tanto Miami, sabe? Orlando, sim. Orlando tem muitas.
São duas brasileiras, altas e loiras como Gisele Bündchen - alemoas do Sul, provavelmente. Trazem muitos sacos nas mãos e, em poucos segundos, discorrem sobre mais de uma dezena de cidades, as lojas que proporcionam e os produtos que lá compraram. O seu mapa-mundo tem nomes de lojas no lugar dos nomes dos países, nomes de marcas no lugar dos nomes das cidades, nomes de modelos no lugar dos nomes das ruas. E, porém, em nenhum dos seus sacos há um presente embrulhado - compram para si mesmas.
O autor não resistiu à piada estereotipada da loura burra que só pensa em compras e lojas... claro, enquanto os homens são todos seres substanciais e graves, as mulheres, sobretudo se são louras e alemoadas, têm todas um discurso oco e são todas consumistas egoístas. É assim que muitos homens fazem para se sentirem moralmente superiores...
Praticamente, todos os dias há, pelo menos um, artigo de opinião, a ofender-nos com insinuações de sermos seres de categoria inferior... Enfim, estragou-me a leitura de um texto que estava a ir mesmo bem.
O autor deste artigo de opinião argumenta que os portugueses não estão preparados para pagar os partidos políticos e até querem reverter o regime para o pré-25 de Abril a partir da indignação das pessoas com os abusos e a falta de consciência cívica dos deputados. Demagogia é isto. Dá ideia de que só há duas opções extremas: ou apoiamos os deputados e governos mesmo quando a sua acção é de prevaricação, de incompetência ou de imoralidade ou estamos contra os partidos e a democracia.
Por outro lado, se os portugueses se calam quanto aos abusos dos políticos, estes mesmos jornalistas dizem que a sociedade portuguesa está dormente e merece os políticos que tem mas se as pessoas se indignam e falam dizem que querem acabar com os partidos e a democracia. Demagogia é isto. As pessoas indigam-se porque lhes dão razão para isso. É triste dizer isto mas os nossos políticos não são grande coisa em termos de ética e falta-lhes formação filosófica para perceber os princípios que subjazem às suas decisões políticas e as implicações que nelas estão contidas no que respeita aos fundamentos e estrutura da sociedade. Só vêm o curto prazo e o interesse económico/partidário próprio está no topo das prioridades. Isso é visível no que fazem e, sendo contrário ao interesse público que deviam servir, constantemente prejudicam pessoas e as pessoas revoltam-se e indigam-se o que não é ser contra os partidos políticos em abstracto ou contra a democracia, é ser contra estes políticos em concreto que estas coisas fazem, como desagendar assuntos importantes para o país para se isentarem, à socapa, de pagar impostos e outras coisas.
Alguns jornalistas deviam fazer um upgrade da sua posição e passar de devotos a críticos porque o lugar dos devotos é nas igrejas a celebrar deuses, não na política onde só há seres humanos.
Ao generalizar a todo o povo português uns comentadores de jornal fez o mesmo que criticou nos comentadores de jornal que foi generalizarem a todos os políticos o que pertence a alguns deles. Mas não percebeu isso.
Once, Stalin met a delegation of workers from the Urals. When the workers left, Stalin looked around for his pipe but did not see it. He called Beria and said, ‘Lavrentiy, my pipe disappeared after the visit of those workers.’ ‘Yes, Yosif Vissarionovich, I'll immediately take proper measures.’ Ten minutes later, Stalin pulled out a drawer in his desk and saw his pipe. He struck a match, puffed out a ring of smoke, and dialed Beria's number. ‘Lavrentiy, my pipe's been found.’ ‘What a pity," Beria said. "All of them have just confessed.’
alguém não gostava de jejuar :))
daqui:
daqui:
música de fundo
É o filme que fui ver ontem, sobre o genocídio dos arménios pelos turcos, durante a Primeira Grande Guerra e, portanto, é baseado em acontecimentos reais. O filme é bom e ficamos a conhecer as circunstâncias e o modo como os turcos perseguiram cruelmente os arménios, o que é importante, quer dizer, estar informada mas, cada vez me é mais difícil ver filmes sobre guerras reais, pois por muito bons que sejam os filmes de guerra, quem vê um vê todos: brutalidade, crueldade, violência, destruição, perseguição, perda, morte, medo, crianças orfãs, traumatizadas para a vida por gente que parece o nosso vizinho.
Este ano, um dos temas à escolha para argumentar, na minha turma do 11º ano era, 'a paz [permanente ou perpétua como dizia Kant], é possível'. Um grupo pegou nesse tema mas escolheu argumentar o oposto, 'a guerra é inevitável'. Preferia que tivessem sido optimistas mas é claro que essa escolha não é minha e não me cabe a mim fazê-la. No entanto, pensar que nem os miúdos das escolas acreditam na possibilidade da paz é deprimente.
Ontem estava a ler que um Número de crianças afectadas por conflitos atingiu "níveis chocantes" e que há milhões de crianças expostas a níveis de violência e brutalidade traumatizantes: Usadas como escudos humanos, mortas, mutiladas, violadas, abusadas, forçadas a casar, raptadas, recrutadas para combate e escravizadas, as crianças são vítimas de uma violência extrema. Crianças que viram os pais ser assassinados, torturados, violados...
Triste, triste, como o filme. Da família grande que o filme acompanha e que existiu mesmo como lá se relata, morrem praticamente todos, só sobram um tio e uma sobrinha, alguns outros perderam toda a família, viram-na ser brutalmente assassinada. Díficil perceber o ser humano em certas motivações.
Recebi um certificado da Sociedade Portuguesa de Botânica por ter apadrinhado, com uma pequena doação, uma planta rara e em perigo. Um alho. Ora, tendo em conta que apadrinhei, com doações enormes, embora involuntárias, todos os calotes da banca portuguesa, estou à espera de receber um documento, no mínimo pomposo, celebrando esse acto de abnegação forçada que faz com que todos os meses receba, no meu salário, menos 900 euros do que deveria receber.
O salário médio é que já deixou de o ser e a dita, classe média, está tão empobrecida que está ao nível do salário mínimo.
Hoje, a propósito do nojo do auto-enriquecimento livre de impostos dos partidos, li um uma crónica de uma devota rastejante do partido que começava dizendo, 'os partidos são vitais à democracia'. Esta frase, não-pensada, dá o mote para todo o imprestável artigo: é que vital é o que dá vida e os partidos mais os seus governos giratórios deles emanados têm sido e, continuam a ser, a morte, lenta mas inexorável, da democracia.
Vim ao hospital levar uma vacina de alergologia e acabo de saber que a consulta das alergias vai deixar de ser comparticipada e que a pópria vacina vai passar de 50 cêntimos para 8 euros e meio! Quer dizer, pago quase 100 euros por mês para a ADSE e cada vez me cobre menos serviços. Qualquer dia não serve para nada... O senhor Costa acha que eu devo pagar às actividades dos partidos políticos e os calotes da banca e as incompetências dos políticos mas que não devo beneficiar de um serviço que pago cada vez mais caro com o meu salário congelado. Que grande patifaria.
Portrait de la Comtesse de Vergennes (Détail) Antoine de Favray
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Acordo de cavalheiros
Os Partidos Políticos decidiram pedir uns presentinhos ao Pai Natal
Na véspera de Natal, à socapa, sem ata da reunião, nem qualquer documento escrito
Pretendem isentar-se do pagamento do Iva, do controlo do seu financiamento, tornando-o ilimitado
Querem voltar às malas cheias de dinheiro, sem que tenham de dar cavaco, seja a quem for
Os Partidos Políticos são insaciáveis, o dinheiro nunca chega!
Têm muitos clientes para satisfazer, muitos filhos para alimentar e todos os portugueses para contentar
As campanhas eleitorais são muito dispendiosas: muitas bandeirinhas, muitas fotografias
Almoçaradas e jantaradas tão necessárias, para encher as salas e as televisões
Há quem se venda por um prato de feijões!
Mas, desta vez, a escandal eira é de tal maneira, que não conseguiram a unanimidade
Eles bem queriam que ninguém desse por nada
Quem é que lhes estragou a jogada?
Na noite da consoada
Vamos ver se Belém deixa passar esta brincadeira
Um pequeno aumento de mais de vinte por cento
Sem qualquer controlo, nem travamento
Não lhes chega os mil euros, quando vivem longe do Parlamento
Ou quando declaram que vivem, mesmo que não seja verdade
Com tanta transparência!
Esta democracia não se aguenta.
Bom Ano Novo com menos corrupção
Com ética Republicana e alguma vergonha!
José Silva Costa
Sindicatos lamentam que as suas propostas não tenham sido acolhidas e pediram, por isso, uma negociação suplementar.
Estão, o clone e o Fazenda, a explicar aos estúpidos dos portugueses que a lei do financiamento dos partidos é para bem dos portugueses. Desagendar os assuntos importantes do país para tratar das suas vidinhas partidárias para poderem viver à pala (mais ainda) do nosso trabalho...
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