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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Este título dá logo a entender que há aqui fraude, da parte dos professores e dos médicos. Se calhar não há. Os professores efectivos, hoje em dia, são pessoas com cinquenta e muitos ou sessenta e tal anos. Muitos são pessoas com problemas de saúde. Toda a gente sabe que entre os professores, sobretudo nos mais velhos, há uma grande incidência de problemas de burnout, depressão, doenças respiratórias e da garganta, etc. Pessoas nestas condições ficam mesmo doentes, incapazes de andarem a calcorrear centenas de quilómetros. Até para os mais novos é difícil. Todos os anos há colegas contratados que são de Braga ou de Viseu e andam de lá para cá, sempre estourados, de modo que não é de estranhar que estes professores fiquem doentes. No entanto, a maneira como dão as notícias é logo a insinuar que há fraudes.
“Le premier qui, ayant enclos un terrain, s'avisa de dire: ‘Ceci est à moi’ et trouva assez de gens simples pour le croire, fut le vrai fondateur de la société civile”.
No, my soul is not asleep.
It is awake, wide awake.
It neither sleeps nor dreams, but watches,
its eyes wide open
far off things, and listens
at the shores of the great silence.
- Antonio Machado
Temos tendência a pensar que os seres vivos com necessidades se reduzem aos seres humanos, outros animais e plantas e, esquecemo-nos que o planeta é um organismo cuja vitalidade depende do estado de conservação dos seus 'orgãos', das suas artérias que são os rios, tal como nos acontece a nós. Pois esta escultura contraria essa tendência e faz pensar que nós é que somos as gorduras, os parasitas e os vírus que infectam os orgãos e o sangue da Terra.
Heart of the Earth. Sculpture by Dimitri Tsykalov made from wood, bark, and soil.
Catalunha. Escolas vão ser ocupadas pela polícia no fim de semana
Estou convencida que a votação no referendo, se ele tivesse sido normalmente realizado, seria contra a independência. Os catalães lêem jornais e sabem os problemas do brexit num país com o tamanho e a riqueza da Inglaterra. Agora, já não estou tão certa disso acontecer pois, neste momento, o voto a favor de ficar ligado a Espanha é, ao mesmo tempo, um voto de assentimento ou conivência, no mínimo, com a repressão, a violência e as prisões políticas que os catalães estão a sofrer.
A UE que se queixa, com razão, do autoritarismo na Hungria e Polónia, assiste a esta repressão na Catalunha, com presos políticos e tudo, como se fosse uma coisa normal, isto é, como se fosse um Estado a reagir a hooligans.
Por muito que custe a Espanha que os catalães se desliguem do reino, se a esmagadora maioria das pessoas quiser desligar-se, desliga-se, mais tarde ou mais cedo. É isso a auto-determinação dos povos consagrada na Carta dos Direitos Humanos.
Só me parece que nestes casos de referendos de independência, por serem fracturantes das sociedades que vão a referendo, não das que assistem de fora à espera dos resultados, a votação só poderia ter valor de decisão com uma maioria de 75% e nunca menos. Veja-se o que acontece em Inglaterra onde a votação foi meio-meio e deixou a sociedade profundamente dividida e, uma das partes, muito ressentida com a outra. Isso há-de ter consequências negativas na coesão da sociedade inglesa.
Agora, o que me parece indefensável é prender as pessoas para impedi-las de dizer que querem o divórcio. A Constituição espanhola proibe o divórcio? Mude-se a Constituição. As leis devem ir aperfeiçoando-se no sentido de serem cada vez mais justas e não cada vez mais repressivas dos direitos das pessoas. Senão, o que fica implícito é que as pessoas têm direito a expressar-se desde que o que dizem não incomode o poder, caso contrário calam-nas com o abuso da força. [ vendo bem, vendo bem, tal qual como na escola...]
via pinterest
via upworthy.com
No meu grupo disciplinar há uma falta de formação de qualidade, confrangedora. Tenho feito algumas formações na minha universidade, em Lisboa, mas é difícil porque muitas vezes os cursos são em horas de trabalho e, quando são pós-laborais, começam às seis e meia que é à hora que saio, este ano, às quintas e sextas. De modo que encontrar esta formação online foi uma sorte. Andava há uns anos a querer dar o programa da Lógica Proposicional Clássica mas a última vez que peguei nisso foi há tantos anos que já não me lembrava de quase nada e não me apetecia ter que ir estudar tudo sozinha como fiz há uns anos com a silogística. No entanto, precisava que fosse online por causa do meu horário. Com tanta sorte que estes dois indivíduos resolveram dar um curso de LPC, online, em sessões síncronas, o que dá para trabalhar como se estivéssemos numa sala uns com os outros. E gostei deles. Têm sido sessões de muito trabalho mas muito interessantes. Vou passar este ano a produzir materiais didácticos e a resolver exercícios e para o ano vou dar LPC. A cena das derivadas é mesmo gira. Descobrir padrões... nice :)
via arlindovsy.net
Plato famously argued in The Republic that a tyrant, however powerful, ultimately suffers in the end by corrupting his own soul. You make a similar argument about assholes — that they might win at life but still fail as human beings.
Wow, I've never heard the Plato connection. That’s not a question I expect to hear from a journalist, but I guess that’s the former political theorist speaking. I have to say, I love that connection. We know that assholes have a corrosive effect on the people around them. There are longitudinal studies that demonstrate pretty clearly that people who, for example, work under assholes for many years end up being more depressed, more anxious, and less healthy.
So there’s compelling evidence that assholes are terrible human beings who do harm to other people. I think way you described Plato’s analogy is far more elegant than anything I could say.
At the end of the day, if you’re an asshole, you’re a failure as a human being because you promote unnecessary suffering. What else is there to say?
Já sabíamos que era assim mas uma coisa é saber outra é ver.
Uma amiga está a tirar o curso de Direito em Coimbra. Um dos professores foi modelo de roupa interior. Parece que ninguém falta a essas aulas... kkkkkk
Este ano tenho uma aluna com síndrome de tourette, coisa que nunca tinha apanhado nas aulas. A rapariga é interessada e muito interessante. Uma vivaça, muito participativa e inteligente. Muito positiva. Parece que no ano passado não era assim. Na primeira aula pediu a um dos professores para falar à turma e explicou aos colegas a doença que tem, toda a parafrenália de tiques, etc. - sabe mais da doença que todos nós juntos. Quis que todos soubessem tudo. Na minha primeira aula com a turma pediu para falar, perguntou-me se eu sabia que ela tinha estado internada no ano passado -disse que sim-, explicou a terapia que lhe fizeram para mudar-lhe o 'framework mental', como ela diz, para aprender a ter uma atitude positiva e de aceitação da doença e da relação com os outros. Quem trabalhou com ela na Estefânia fez um bom trabalho.
Disse-me que se interessa por Nietzsche e perguntou-me se o íamos dar. Não vamos mas, vou arranjar-lhe qualquer coisa apropriada para a idade dela para ler. Acho a garota muito querida.
Uma Aubade (alvorada), é uma canção de amor matinal, muitas vezes uma canção acerca dos amantes que se separam de madrugada, sendo oposta, portanto, à Serenade (serenata) que é uma canção de amor cantada à noite. Ambas são cantadas à janela de uma mulher que dorme, sendo uma cantada ao nascer do dia e outra ao morrer do dia. Vários compositores escreveram Aubades.
Este dueto de Gounod não é uma Aubade, mas é, porque é a canção que Romeu e Julieta cantam de madrugada ao separar-se, quando a cotovia anuncia o raiar do dia:
JULIETTE
Non! non, ce n'est pas le jour,
ce n'est pas l'alouette
Dont le chant a frappé ton oreille inquiete,
C'est le doux Rossignol,
Confidant d'amour!
ROMÉO
C'est l'alouette, hélas! messagère du jour!
Vois ces rayons jaloux
Dont l'horizon se dore;
De la nuit les flambeaux pâlissent
Et l'aurore
Dans les vapeurs de l'Orient
Se lèvent en souriant!
Sei lá... acho que ficava bem ao lado dos outros livrso de exercícios que mandam as raparigas para a cozinha. São da mesma época em termos de mentalidade.
Nunca mais uso materiais da PE, nunca mais lhes compro um livro enquanto isto andar à venda. Nada. Nem um tostão para essa gente. Nunca mais vou optar por manuais ou cadernos de exercícios da PE para o trabalho com os alunos. Já faço isso com outros produtos que vivem de publicidade sexista, ofensiva, exploradora, discriminadora das mulheres que tentam condicioná-las, desde pequenas a terem certos papéis que agrada a certos segmentos sociais. Deixei de comprar muitas marcas de produtos porque os anúncios tipificam as mulheres de modo ordinário e ofensivo. Nunca mais dei um tostão para essa gente. Também não dou para estes e sempre que puder vou influenciar outros para não os suportarem economicamente. O lugar deles é a caminho do Afeganistão já que se viraram para esse lado.
But most of them, according to Brennan, treat politics like a spectator sport or, even worse, a brutal contact sport. The completely ignorant are what he calls “hobbits”; by contrast, those who root for one team and hate the other are “hooligans.” For hooligans, a little knowledge is a dangerous thing: They understand enough to be deeply convinced that their team is on the side of the angels and that the other side are devils (witness how 40 percent of Trump supporters in Florida thought that Hillary Clinton had literally emerged from hell). But they are incapable of rationally weighing policy options or even comprehending their own basic interests. For the hooligans, it’s all about identity.
... será Edviges Ferreira a autora da fuga de informação sobre o exame da 1ª fase de Português, que terá beneficiado um grupo de alunos a quem daria explicações e um número indeterminado de outros com quem a informação sobre os conteúdos da prova foi partilhada, via redes sociais.
Ressalvando sempre, nestas circunstâncias, que todo o suspeito se presume inocente até que seja condenado, espero que o caso tenha, a partir de agora, rápidos desenvolvimentos no sentido do apuramento de toda a verdade e da exemplar aplicação da justiça.
A confirmação das suspeitas agora vindas a público significa que o caso é especialmente grave: não se trata de uma professora qualquer – nesse caso, o mais provável era estar já a ser crucificada na praça pública – mas de alguém que lidera uma associação profissional que colabora ao mais alto nível com o ME.
Mais cuidado com futuras parcerias e, já agora, com o IAVE e as suas das equipas responsáveis pela elaboração das provas dos exames nacionais, é o que se recomenda. Pois nada garante que este seja um caso isolado; mas antes a ponta do icebergue da impunidade e dos abusos permitidos por um sistema assente na opacidade e no secretismo.
Se um dia alguém investigar a sério o negócio das explicações por esse país fora, vão cair o Carmo e a Trindade.
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