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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
We have always sought ways to ‘unself’, as the writer Iris Murdoch called it, because the ego is an anxious, claustrophobic, lonely and boring place to be stuck. (Jules Evans edited by Nigel Warburton)
(Shel Silverstein)
... a minha editora preferida ... e tenho 26 livros na wishlist, aos quais se juntam mais uns 10 que acabo de ver... isto é uma tragédia porque os livros não são baratos... vou ter que fazer uma lista de prioridades ou de preferências porque o meu patrão não me paga de maneira a poder dar-me ao luxo de ler... mas é difícil...
Assim, no ano lectivo de 2018-19, as provas de aferição do 8.º ano serão feitas online, no que diz respeito à elaboração dos testes nacionais pelo Ministério da Educação, à classificação das respostas dos alunos e à publicação dos resultados.
A ideia é que no futuro os alunos prestem as suas provas através de computadores nas escolas.
Este sistema online de provas de aferição vai poupar custo a médio e longo prazo, flexibilizar a realização das provas criar um sistema de classificação automática das perguntas com resposta fechada (...)
O novo sistema de exames online evitará também dupla classificação e monitorizará o trabalho dos classificadores. E permitirá acelerar o tempo de classificação. Além disso, facilitará o armazenamento das provas, dispensando o arquivo de papel.
Ou seja, no futuro todos os exames serão de resposta fechada (vulgo, de cruzinhas) e a classificação online para poderem ver, em tempo real, a classificação dos exames, e controlarem-na. Isto tudo para poupar dinheiro. Este é o sistema americano que como todos sabemos está pelas ruas da amargura, todos os anos a cair nos indíces internacionais PISA, com o caos nas escolas por falta de professores à conta de milhares de professores abandonarem o ensino nos primeiros anos. É isto que querem importar... porque aqui no rectângulo a educação é um parente pobre que só serve para poupar dinheiro, de modo que os critérios idiotas de curto prazo para financiar banqueiros financeiros, sobrepõem-se sempre aos pedagógicos. Control is the name of the game!
Um organismo da Direcção Geral da Educação entendeu, bem, fazer uma avaliação da liderança das escolas do ponto de vista dos seus professores, identificando a escola e, portanto, o director, através de questionário anónimo. Tal como fazemos em vários serviços e organismos. Por exemplo, já respondi a mais que um questionário desses na loja do cidadão, no Hospor, etc. Como tal, e sabendo que os questionários não chegariam às mãos dos de cujos, é evidente que as pessoas responderiam com honestidade sabendo não haver receio de represálias, perseguições, assédio, etc. Bem, os directores foram a correr queixar-se de estarem a ser avaliados - sem poderem, como é costume, nas pseudo-avaliações externas, controlar quem é escolhido para lá ir falar e quem diz o quê a quem e como e quando e, o que mostrar e o que esconder, etc. Resultado: recebemos um email do mesmo organismo a dizer que esse questionário foi 'descontinuado', por assim dizer, por queixa dos directores que não querem ser avaliados [digo eu] e que agora havia outro, em que respondíamos de maneira que não se pudesse saber de que escola e director estávamos a falar. Pois, agora que o questionário foi domesticado para não interessar a ninguém a não ser ao recicle bin, recebemos emails dos directores a invcentivar a resposta a esses questionários... se não fosse grave, porque indicador da total ausência de transparência e democracia nas escolas com todas as consequências que daí advêm, era só cómico.
Caminhar. Dormir. Classificar exames. Dormir. Dormir. Dormir. Classificar exames. Dormir. Dormir. Dormir. Classificar exames. Dormir. Caminhar. Dormir. Classificar exames. Dormir. Dormir. Dormir. Classificar exames. Dormir. Dormir. Dormir. Classificar exames. Dormir. Caminhar. Dormir. Classificar exames. Dormir. Dormir. Dormir. Classificar exames. Dormir. Dormir.
Não sei para que ando a coleccionar livros para ler nas férias... parece que tenho 40 mil léguas de sono (de exaustão de ano lectivo) para recuperar e vou passar as férias a percorrê-las.
Sumo de laranjas do Algarve. Ao natural. Tirá-las do frigorífico, espremê-las e beber. Tão sumarentas e doces :)
daqui deste livro que comprei há muitos anos para um amigo que era poeta mas que desapareceu de repente e nunca mais soube nada dele. guardo-lhe o livro e vou-lhe gastando as páginas:
"The past is a dream from witch we wake with each new morning. We are, none of us, quite who we were." (Verena in Voice from The Stone)
"Please don't have a nice day. Have a day that matters, have a day that's true, have a day that's direct, have a day that's honest. A nice day... humm... you'll be miserable... Have a day that means something. (Harriet L. in The Last Word)
Se não ensinam a evolução não ensinam biologia, cujo dogma é, justamente, a evolução. Como vão ensinar a medicina? A engenharia do ambiente? A agricultura? As indústrias biomédicas? As farmacêuticas? A psicologia e a psiquiatria? Como vão curar pessoas? Com orações?
Há pouco tem, nas entrevistas de Oliver Stone a Putin, este dizia que os líderes com discursos extremistas criavam uma dinâmica mimética nos povos que depois os obrigava a agir segundo essa dinâmica que os tinha eleito. Acho que nisso ele está errado. Já foi assim mas já não é. Vemos em Inglaterra, nos EUA e na própria Rússia, como vimos nos países árabes, os povos serem capazes de desmontar e resistir a esses discursos extremistas, dogmáticos e catastróficos. E a mim parece-me que isso deve-se à generalização da educação desde a Segunda Guerra. De modo que esta notícia é pior que se fosse uma notícia de um acidente qualquer. Porque a ausência de educação é o que atrasa os povos e os deixa presos a líderes ignorantes, autoritários e sem visão como este Erdogan.
É um filme documentário. Passa-se na montanhas Altaicas ou maciço de Altai, na confluência entre a Mongólia, a Russia, o Casaquistão e a China onde vivem os nómadas caçadores de águias, profissão que requer talento e coragem.
O filme acompanha um pai e uma filha de 13 anos que quer ser caçadora de águias, papel tradicionalmente reservado aos homens mas que ela persegue, com o apoio, a cumplicidade, o treino e a vontade do pai. Um filme optimista e motivador, para filhas e para pais, sobre coragem, preseverança, liberdade e amor numa paisagem natural dura mas enorme. Lindo :)
... estou a ficar stressada. Já não faço mais nada, nem vou a lado nenhum, nem mexo em facas, nem em lume, nem me mexo, sequer... vou ler que isso deve ser seguro.
Uma pessoa está à pressa a precisar de ler um capítulo de um livro, no original. Vai à internet à procura de um PDF (o livro físico é caríssimo porque está esgotado e, de qualquer modo, há pressa na leitura) de preferência de borla... perde meia hora nos sítios do costume até perceber que isso, não há. Encontra-se o ebook num site alemão de venda de livros. Está barato. Resolve-se comprar. Só que é preciso registar com pormenores que não interessam a ninguém e definir passwords e ir ao email e andar de link em link a fazer montes de procedimentos até comprar o livro, coisa que obriga a ir ao google tradutor várias vezes para se perceber o que se está a fazer... Enfim, lá se compra o livro, clica-se no link do download e aparece uma mensagem a dizer que o ficheiro está num formato desconhecido e que é precisa uma aplicação, para perceber que aplicação o poderá abrir... grrr... lá vamos nós à loja das aplicações da ver se descobrimos a tal aplicação que diz qual é a aplicação que pode abrir o ficheiro... a primeira que se escolhe não funciona e ainda nos quer impingir um anti-vírus manhoso. Lixo... a segunda funciona e diz-nos que o ficheiro está no formato tal e tal e que precisamos de ter o Adobe Digital Editions. Okay. Agora é preciso instalar o de cujo, o que obriga a mais registos, passwords, permissões do PC e o diabo a nove. Finalmente, ao fim de duas horas nisto consigo abrir e ler o capítulo do livro! Chiça!
(uma entrevista que deixa entrever a pessoa por detrás da figura pública. um bocadinho triste, amiúde)
Queria perceber melhor como é que se estrutura a sua personalidade. Se olhar para trás, o que é que acha que se mantém?
Algum afecto por mim próprio. A convicção de que sou capaz de fazer coisas difíceis. Se forem muito difíceis não sou, ou preciso de me esforçar muito. Alguma preocupação em que as pessoas que estão à minha volta gostem de mim – o que é mau para uma pessoa dedicada à vida pública, não pode ser assim. Ser adepto do Futebol Clube do Porto, [riso] que é uma coisa que permanece há décadas. Estas coisas são difíceis de notar.
Não deu por si, depois de ter saído do Banco de Portugal, em 1994, a perguntar: “E agora o que é que vou fazer”? Não me refiro só ganhar a vida, mas a ter um propósito.
Assim com grande aflição, e no sentido de: “E agora o que é que vou fazer, já não sou um homem importante”, nem por isso.
O único aspecto de que tenho alguma pena é não ter dedicado mais tempo ao estudo e à vida académica. Não me considero ignorante, mas gostava de saber mais. Nessa altura não tinha esta sensação.
Entrevista de Anabela Mota Ribeiro, Publicado originalmente no Jornal de Negócios em 2010 (excerto)
É que foi tirada no momento exacto em que o fogo parece erguer-se sobre a pequena ermida como uma besta com cornos. Que grande fotografia.
fotografia de Paulo Novais
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