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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... outra palavra acabada de inventar e que designa o desejo de provocar nos outros o prazer de ler [se anda por aqui algum linguista trucida-me 😜].
Para quem quiser ler a história fascinante da improvável descoberta do único poema de Lucrécio que sobreviveu às chamas, por Poggio Bracciolini, que tendo ficado desempregado depois do seu patrão, Baldassare Cossa, o anti-papa João XXIII, ter sido detido no Concílio de Constança (1414-1418), o descobriu todo puído nas prateleiras de um convento alemão, o reconheceu (não fosse ele um caçador de manuscritos e nunca teria reconhecido naquele rolo o célebre poema tão falado por Séneca mas desaparecido) e devolveu ao mundo Humanista para influenciar Giordano Bruno, Galileu, Montaigne, Espinosa, Newton, Darwin, Marx, Einstein e muitos outros pois o poema de Lucrécio traz nele o atomismo de Demócrito e a proto-ideia-de-evolução dos seres biológicos de Anaximandro de Mileto. É uma história fascinante e pode ler-se online, de borla, agora mesmo, a primeira e segunda partes. É só clicar na imagem 🙂
Do you not see that nature is clamouring for two things only, a body free from pain, a mind released from worry and fear for the enjoyment of pleasurable sensations?
De Rerum Natura (The Nature of Things, or On the Nature of the Universe), by Lucretius.
O senhor oráculo que fugiu daqui para ir ganhar dinheiro num sítio em que não o incomodassem com críticas que ele não gosta nem tem paciência para contrariedades. Até hoje ainda não percebeu que foi um mau ministro, incompetente, porque se fosse competente tinha sabido baixar o défice sem sacrificar milhares de pessoas e que o governo do seu líder foi preterido por outro porque nunca percebeu que governava pessoas e não números abstractos.
A maior economia do euro terá ficado à frente da China em 2016, com um superavit de 297 mil milhões de dólares.
E a própria Alemanha não percebe que esta ambição de ser o líder de um continente à custa da pobreza de metade dos países desse continente é o princípio do fim de tudo? Porque até uma ignorante em economia como eu sabe que o dinheiro não não se multiplica por milagre como nas histórias de encantar e que a riqueza que uns têm a mais é a que os outros têm a menos. E todos sabemos como acabam as organizações sociais onde uns têm tudo e os outros quase nada... daí que os bilionários andem a comprar terras na Nova Zelândia e em ilhas fortificadas...
Aqui em Portugal sabemos como aqui chegámos. Quem não se lembra dos anos a seguir à entrada na, então, CEE? Os políticos portugueses a 'atirar dinheiro' para se arrancar vinhas e olivais porque era melhor receber dinheiro da Europa e comprar barato à Alemanha que gastar dinheiro a produzir? Quantos barcos de pesca mandaram abater? A agricultura desapareceu num ápice. Todos a gente queria meter a mão nos dois milhões de fundos comunitários que, então, diariamente caíam nos cofres da CGD. A quantidade de dinheiro que se sumiu nas ajudas a projectos inexistentes, em formações em que não havia formandos...
A educação generalizada desde o fim da Segunda Guerra está a dar frutos. Sim, o Trump foi eleito mas, veja-se o nível de mobilização cívica dos americanos contra as medidas racistas, de intolerância religiosa e extremistas dele.
Agora até está com dificuldade em segurar os diplomatas e anda a fazer-lhes ultimatos porque os diplomatas não querem alinhar com as políticas dele [Ultimato da Casa Branca a diplomatas: Alinhem com o programa ou vão-se embora]. E não são apenas os diplomatas [Donald Trump has fired the acting US attorney general after she told justice department lawyers not to defend his executive order banning entry for people from seven Muslim-majority countries.] e os americanos mas um pouco por todo o mundo as pessoas mobilizam-se contra ele e as suas políticas.
A verdade é que nunca o mundo teve uma tal quantidade de pessoas que estudaram, que leram, que conhecem a História recente, que estão dispostos a ir para a rua todos os dias lutar pelo que acreditam. E lutam por causas válidas: pelo ambiente, pelos direitos humanos, pela convivência pacífica.
Já se tinha visto qualquer coisa parecida com os Occupy movement. Faltam pessoas que encorporem estes valores em forças políticas com poder de mudança um pouco por todo o mundo.
Vêem-se sinais muito positivos de resistência. E agrada ver que a educação não é um esforço inconsequente, muito antes pelo contrário.
"Faremos todos os esforços para dar resposta às vossas necessidades aqui, no Centro Champalimaud, em Lisboa, Portugal"
Pressão não, sensibilização sim. Foi assim que Fernando Faria de Oliveira, presidente entre 2008 e 2011, descreveu a relação entre a Caixa e o acionista. Havia projetos apoiados ou promovidos pelo Governo para os quais era pedida atenção.
Antigos gestores ouvidos pelo Observador assinalam que a influência política depende da personalidade do primeiro-ministro e dos ministros das Finanças, mas também da capacidade dos gestores de resistir a essas pressões. Se é relativamente fácil travar investidas do ministro da Economia, já é mais difícil resistir a intervenções do ministro das Finanças. E ainda mais do primeiro-ministro.
Mas não há dúvidas de que era muito difícil contrariar um primeiro-ministro intervencionista como José Sócrates. O ex-primeiro ministro tem negado qualquer intervenção nos negócios da Caixa, mas uma das operações investigadas pela Operação Marquês é o empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, que o banco público não só apoiou com empréstimos, mas também através de um investimento direto. E Armando Vara, antigo dirigente socialista e o administrador da Caixa que propôs a operação, foi constituído arguido.
Porque é que é preciso muito cuidado em vigiar os que estão no poder?
Porque é que é preciso muito cuidado em não deixar ninguém muito tempo no poder?
Porque é que são precisos vários organismos com poder que se vigiem uns aos outros?
by ken price
daqui:
Hans Holbein c. 1533
The Ambassadors (detail of the Celestial Globe)
About Trump...
... the problem is one of temperament and character, it will not get better. It will get worse, as power intoxicates Trump and those around him...
The question is, what should Americans do about it? To friends still thinking of serving as political appointees in this administration, beware: When you sell your soul to the Devil, he prefers to collect his purchase on the installment plan. Trump’s disregard for either Secretary of Defense Mattis or Secretary-designate Tillerson in his disastrous policy salvos this week, in favor of his White House advisers, tells you all you need to know about who is really in charge. To be associated with these people is going to be, for all but the strongest characters, an exercise in moral self-destruction.
...
It will not get better. Americans should therefore steel themselves, and hold their representatives to account. Those in a position to take a stand should do so, and those who are not should lay the groundwork for a better day.
Uma coisa que nunca vi em mais lado algum. É uma loja de poesia. Outro dia passei por lá e estranhei só ter quadrinhos com poesias, pus-me a ver se via algum nome (a loja não tem nome), indicação do que se faz na loja, nada... tirei estas duas fotografias que mostram poesias feitas pela dona da loja que me dizem ser uma mulher já bastante idosa. Mas não sei o que se passa na loja: será que uma pessoa bate à porta e encomenda um poema para uma ocasião específica? Não faço ideia mas um dia bato à porta porque fiquei com muita curiosidade.
Largo de São Domingos em Lisboa
De manhã caminhar uma dúzia ou um pouco mais de quilómetros pela Arrábida para destressar, respirar a Natureza e descompensar. De tarde fazer os testes do 12º ano para a semana que vem, preparar uns materiais para umas aulas de apoio a alunas que querem fazer o exame de Filosofia e beber litros de chá!
(quem quiser tira o som que escusa de me ouvir a dizer parvoíces)
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