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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
I'm in an outlaw state of mind.
One of the many astonishing things about Donald Trump is he never admits he’s wrong. About anything. Instead, when confronted by inconvenient truths, he doubles down on his preposterous assertions. And so, as Orwell put it in 1984, war is peace, freedom is slavery, and ignorance is strength.
Hamilton Fish
Publisher
Platão defendia que a misologia, essa espécie de aversão ou ódio à argumentação racional das ideias tinha como causa uma enorme expectativa, defraudada, na sua capacidade de verdade. O mesmo se passa com todas estas pessoas que não conseguem deixar de criticar com um certo espanto misturado de raiva e decepção, uma e outra vez, Heidegger, de cada vez que descobrem mais uma frase anti-semítica ou pró-nazi. E de uma assentada, querendo rejeitar o seu nazismo, rejeitam também todo o seu pensamento como se as pessoas se confundissem com o seu pensamento filosófico.
Acho que os homens são mais atacados por esta decepção que as mulheres. Uma mulher está tão habituada a ler filósofos e outros pensadores misóginos (os que não o são são a excepção) que quando falam do ser humano dizem uma coisa mas quando falam das mulheres dizem as coisas mais ofensivas e indignantes, como se as mulheres não fizessem parte dos seres humanos, não fossem racionais e fossem descartáveis que ao lê-los, uma mulher não confunde o homem teórico com o homem prático, o que vive no mundo e tem um determinado carácter, problemas pessoais, querelas, rancores, inimizades, conflitos, expectativas, ambições, etc. Seria o mesmo que exigir a Newton que, por ter sido um grande matemático, fosse também um grande homem moral sem mácula e, descobrindo que não o foi, se rejeitasse o cálculo matemático e os seus princípios da física por causa disso.
Toda a gente sabe que Heidegger era anti-semita e admirador do intelecto do Hitler (é isso que não lhe perdoam todos esses que tinham uma enorme fé na sua superioridade); para além disso, era um indivíduo de mau carácter: era narcisista, rancoroso, ambicioso e sem escrúpulos. Afastou Husserl, seu mentor e impulsionador na vida, por ser judeu, referia-se aos assistentes como, 'este judeu e aquele judeu' e há a questão do seu discurso inaugural enquanto reitor com todo o aparato nazi a sustentá-lo. De modo que não se percebe este escândalo, de seis em seis meses, com qualquer coisa mais que descobrem ele ter dito.
via arte
Porque ouvi dizer que iam abater árvores para construir um Burger King gigante na cidade universitária e porque também aqui em Setúbal se abatem árvores por dá cá aquela palha.
Calculo que os políticos e os jornais/TVs andem já numa azáfama, os primeiros a prepararem-se para tirar dividendos políticos, os segundos para terem um pico de lucro. Dá-lhes jeito este fim prolongado para terem tempo de preparar homenagens, reportagens e obituários. Compreende-se. Mário Soares é uma das figuras mais marcantes, senão a mais marcante, do pós-25 de Abril.
Não é uma má maneira de morrer esta de entrar em coma e retirar-se do mundo sem sofrimento e sem dar por isso. Mas, sendo o Soares o homem que foi, tantas vezes dado como morto e recuperado, nunca se sabe...
Putin acaba de tirar o tapete dos pés de Obama. Não vai expulsar diplomatas americanos o que é o mesmo que dizer que já não reconhece poder sério a Obama. Vingou-se do Obama que agora aparece como o radical comparado consigo próprio e fez um cheque ao rei a Trump. É claro que isto só acontece porque Trump tem andado a fazer anti-jogo ao, ainda Presidente, Obama, com críticas e conversas paralelas às acções da Casa Branca. E também é claro que isto de encostar o Trump à parede e forçá-lo a escolher, podia sair-lhe muito, muito caro, se o Trump não cedesse sempre ao que alimenta a sua enorme vaidade e se os seus seguidores não fossem um bando de idiotas comerciantes do dinheiro e do petróleo.
Os EUA deram mais um passo nas sanções à Rússia mas, a pouco tempo de passar a pasta para o pragmático comerciante que não tem paciência nem capacidade de compreender diplomacia e cenários de grande alcance, a medida vem demasiado tarde. Parece-me evidente que a próxima administração americana, a não ser que o Putin faça o Trump sentir que perde face, o que não acredito, vai deixar cair o assunto da Crimeia e das sanções como se fosse inexistente. Até já avançam com o nome de Kissinger, esse bandido sem escrúpulos, agora amigo da Rússia, para ajudar a passar uma esponja sobre todo o assunto [Kissinger could help Trump reconcile with Kremlin].
Entretanto, Putin já está a preparar a interferência nas eleições alemãs e francesas que se aproximam [German Populists Forge Ties with Russia] Aqueles canais de desinformação como o RT e o Sputnik já existem em todas as línguas que lhe interessa para ajudar os populistas europeus a minar a UE e a NATO.
A Rússia tentou ser amiga dos EUA no tempo de Yeltsin mas foi humilhada em vez de ajudada (o Ocidente não o percebeu e não teve visão) e isso é que permitiu a subida de Putin ao poder; Putin tentou ser um amigo da UE, ser um parceiro respeitado, mas foi desconsiderado e por isso invadiu a Crimeia e foi humilhado pela Merkele que o destratou publicamente dizendo que ele não funciona bem da cabeça [darius-rochebin-interviewe-vladimir-poutine], o que foi um passo em falso muito grande.
A terceira lei de Newton, segundo a qual não existe acção sem reacção, aplica-se também à força, ao poder, entre pessoas. O que Putin quis ser e o que ele é também resulta das acções que o Ocidente cometeu, imprudentemente, e às quais ele reagiu segundo o seu quadro mental que é o de um ex-KGB que viveu na Alemanha de Leste, conhece todos os truques do ofício, não defende o comunismo mas defende a grandeza da Rússia, não aceita perder face diante de ninguém e não tem escrúpulos em destruir o que se lhe atravessa no caminho.
Putin, há pouco tempo, substituiu os seus ministros e conselheiros, que eram os seus amigos de longa data, muitos dos seus tempos de KGB, por pessoas novas, que nada sabem do seu passado quando não era ainda grande e que têm dele uma visão engrandecida. Ele quer projectar uma certa imagem e consolidar um certo tipo de poder mas estava a perder apoio do povo devido às grandes dificuldades sentidas por causa das sanções ao petróleo e ao gás e às exportações para a UE. Mas ele sabe como jogar este jogo de ilusões, espionagens, mentiras e desinformações.
Os países da UE e, em particular, a Alemanha e a França, não só porque vão ter eleições para as quais Putin já se está a preparar há tempo, mas porque construiram a UE de tal modo que tudo depende deles, sobretudo da Alemanha, deviam estar preocupados com a preservação e o fortalecimento da UE porque se se desintegra, estão todos mais ou menos condenados à irrelevância.
A questão é, como resolver problemas com as mesmas pessoas cujo quadro mental esteve, e está, na origem desses mesmos problemas?
Uma holandesa que vive há cerca de 24 anos no Reino Unido foi mandada embora do país depois de ter pedido a cidadania britânica (num processo kafkiano)
em Northwitch, Inglaterra - fotografia do David Oliveira
Esta entrevista é uma sequência de frases idiotas umas a seguir às outras, como por exemplo, devemos respeitar a Rússia como o que ela é. Se a Rússia quiser invadir mais algum país não se faz nada pois devemos respeitar a Rússia como ela é. Que atraso de vida... também, um ministro dos negócios estrangeiros que utiliza a palavra, 'engajamento' já nos disse tudo o que havia a dizer... (Augusto-Santos-Silva-Devemos-respeitar-a-Russia-como-o-que-ela-e)
... e frequentemente escondem, alteram ou omitem factos para manterem uma idea fictícia de si mesmos.
Não falamos na escravatura, na guerra que nós chamamos do Ultramar mas que os africanos chamam Guerra da Libertação (apesar de praticamente todos os portugueses terem tido familiares nessa guerra que durou treze anos e deixou graves mazelas), nos excessos dos comunistas e afins no pós-25 de Abril, no racismo, etc., tudo para nos convencermos que somos um povo de bons costumes.
Ainda hoje gostamos de dizer que a nossa colonização foi melhor que a dos outros porque nos miscenizámos. Há pouco tempo ouvi uma goesa, num documentário, contar como ao toque dos sinos que anunciou a rendição dos portugueses em Goa e o seu retorno à Índia, saiu para a rua em extâse a gritar, 'estamos livres de 400 anos de jugo'. Não é esta a ideia, a de termos sido carrascos, que nós temos de nós mesmos enquanto colonizadores...
Salazar também é um tabu. Apesar de Salazar ter sido a pessoa mais marcante da nossa História do século XX, não se pode falar dele porque falar dele é ser fascista de modo que se omitem os factos, como este da presidência. Acho grave, vindo da duma instituição que nos representa, esta incapacidade de lidar com a História ao ponto de a adulterar como faziam os soviéticos.
Nisto de lidar com a própria História podíamos aprender alguma coisa com os americanos e os alemães.
Ao meu lado esquerdo, separados por uma cadeira vazia estavam dois putos aí de dezasseis anos que passaram o filme a fazer um filho e a emporcar o chão de pipocas, atrás deles uns grunhos mastigaram dois baldes de pipocas como se não houvesse amanhã.
Enfim... o filme? Bestialmente giro! Uau! Mesmo fixe 🙂 E mais não digo que é tarde e amanhã é dia de caminhada bem cedo.
Leo Tolstoy, War and Peace. “ All day it had been calm and frosty with occasional lightly falling snow and toward evening it began to clear. Through the falling snow a purple-black and starry sky showed itself and the frost grew keener.” (Translated by Louise and Aylmer Maude, published in 1922).
ALEXANDR LESHENOK winter-landscapes-russia
Há docentes e investigadores a trabalharem de graça em universidades. Só a Universidade do Porto contratou este ano 40 docentes sem remuneração. Em 2014, eram 176 a nível nacional, segundo a tutela. O Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup) considera este recrutamento "ilegal", as instituições discordam.
Aos reitores que exploram trabalhadores deviam tirar-lhes a eles os salários para verem como é bom trabalhar de borla. E o ministério da tutela não tem nada a dizer? Ou também está de acordo? A educação está numa decadência, vendida e sujeita à mercância que atingiu todos os sectores da sociedade.
The 2016 Global Peace Index, put together by the Institute for Economics and Peace, recently measured the safety and peacefulness of 163 countries according to "23 qualitative and quantitative indicators." After indicators such as terrorism impact, perception of criminality, and political instability were taken into account, Iceland was found to be the world's safest country for the sixth year in a row.
10. Slovenia - 1.408
9. Japan - 1.395
8. Canada - 1.388
7. Switzerland - 1.370
6. Czech Republic - 1.360
5. Portugal - 1.356
4. New Zealand - 1.287
3. Austria - 1.278
2. Denmark - 1.246
1. Iceland - 1.192
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