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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Os professores estão sistematicamente contra a descentralização do sistema educativo. É o que confirmam os resultados de um inquérito promovido por dois dos principais blogues na área da educação - ComRegras e DEAr Lindo - revelados esta semana. Mais de 95% dos 5000 professores que responderam ao inquérito considera que o recrutamento deve ser feito a nível central.
Em primeiro lugar o 'sistema educativo' é toda a organização da máquina educativa e não se reduz à colocação de professores, o que quer dizer que pode muito bem ser-se a favor da descentralização do sistema educativo ou de alguns dos seus serviços e, mesmo assim, relativamente à questão da colocação de professores, ser-se a favor de um serviço centralizado se se entender que melhor serve os alunos.
Em segundo lugar, o termo 'aversão' tem conotação emocional de repugância, ódio, enfim, sentimento não racional de horror por algo ou alguém, quando o que a maioria dos professores tem é um conhecimento de facto do que se passa no terreno com as colocações e, por isso, têm razões fundamentadas para ser contra a descentralização do processo de colocação de professores.
Eu só gostava que estas pessoas que dizem 'coisas' sobre a educação e os professores, pelo menos por uma vez soubessem do que falam e, já agora, soubessem falar e, quiçá, nos meus sonhos mais selvagens, até os imagino a saber pensar.
Era só isto que queria dizer deste artigo que mais não merece.
Temos hoje em dia uma geração de jovens que foi mais longe na formação que todas as outras gerações anteriores: têm licenciaturas, mestrados e doutoramentos (alguns, vários) e estão, na maioria, desempregados ou empregados precariamente a fazer qualquer coisa diferente daquela em que são especialistas. Toda uma geração desperdiçada porque secundarizada, cativa dos interesses das sociedades em financiar bancos, políticos, amigos de políticos... é revoltante. Fala-se de educação e fazem-se muitos estudos e observatórios mas não se corrigem os pressupostos que estão a fazer derivar as sociedades para estruturas do tipo 'sovietismo soft'. Os do aparelho estão lá eternamente, apadrinham os camaradas familiares e mantêm os outros num estado de dependência extrema.
The second caveat (“Objection 2”) is that insofar as contemporary philosophy does come up with intelligible conclusions, they are frequently banal. Take, for example, On What Matters, the Oxford philosopher Derek Parfit’s two-volume magnum opus, published in 2011. His 1,400-odd pages are unusually clear and cogent; it was generally praised as a major work making original contributions to the whole field of present-day philosophical debate. Yet his answer to the question “What matters most?” is underwhelming. In Volume One he writes: “What now matters most is that we rich people give up some of our luxuries, ceasing to overheat the Earth’s atmosphere, and taking care of this planet in other ways, so that it continues to support intelligent life.” This seems to me to be not much better than a statement of today’s — probably ephemeral — conventional wisdom. Philosophers have no special insight into natural phenomena such as climate change; you don’t need to study ethics to renounce luxuries or take care of the planet. Volume Two concludes: “What matters most is that we avoid ending human history.” This may be true; but apart from mad dictators or religious fanatics, such as the Supreme Leaders of North Korea and Iran, Kim Jong-un and Ayatollah Khameini, who on earth would disagree? If this is the best that philosophers can do to explain the meaning of life, the rest of us may well think that we can save ourselves the trouble of reading them.
Hoje em dia a sociedade é de tal modo obcecada pela auto-promoção que qualquer professor de filosofia universitário se auto-proclama filósofo. São todos filósofos. Nas escolas secundárias muitos professores dizem-se também filósofos por darem uma disciplina de filosofia. Qualquer dia até os outros que não percebem um boi de filosofia mas andam a fingir que dão filosofia a alunos do básico também se auto-intitulam filósofos [e quem sabe, oferecem-se para me explicar o que é a filosofia, como outro dia um que me dizia que aquilo que ensina não é filosofia]... depois acabam a dizer estas vulgaridades com um ar pomposo sem se dar conta dos estragos que fazem. É triste.
An untenured position is like being on parole … you’re released from servitude on the promise of good behaviour. ;-)
(Gord G)
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joan miro
by Antje Woolum
Fui dar com este quadro da OCDE neste artigo: Comment le système éducatif français aggrave les inégalités sociales
NYT
Estudo inédito sobre o financiamento político informal em Portugal mostra os alçapões que os partidos usam para movimentar dinheiro. Só as subvenções pagas aos grupos parlamentares são uma novela
(diferenças culturais entre o oriente e o ocidente)
no restaurante
o chefe
Eu
dizer a verdade
estar chateado
falando de si mesmo
transportes
expressar opinião
"Se para alguns, este ano letivo começou de forma tranquila, para mim começou em Pesadelo!", relato de uma docente colocada administrativamente a 120Km de casa.
by Tom Toro
foto da net
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