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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Os principais personagens do filme são uma rapariga e um cão mas não tem nada a ver com os filmes típicos de miúdos com cães. Na verdade, o filme podia chamar-se, O que querem as pessoas? e é sobre as pessoas e as sociedades.
"We are seeing how efforts are being made in many prosperous countries to establish by law the person's right to any choice, including the most sinful ones, those that contradict god's word, the concept of holiness, the concept of god," Patriarch Kirill said after a Sunday service at Moscow's Christ the Savior Cathedral, Interfax reported.
São os machos velhos que mandam nas igrejas e que têm uma ganância de poder desmesurada. Querem voltar ao tempo em que as nações lhes pediam autorização para existir e as pessoas lhes pediam autorização para viver e o respeito pelos outros e os direitos dos outros vinham atrás dos seus interesses e visões dogmáticas pessoais. Lá vai o tempo em que as pessoas, para saberem o que fazer, iam a correr ao padre perguntar.
Kant, que hoje em dia está na moda atacar, deu-nos a ideia de autonomia e de dever para connosco próprios e para com os outros. A questão não é saber se os direitos humanos respeitam os ensinamentos religiosos do que é o bem, a questão é saber se as religiões respeitam os direitos dos outros, a sua autonomia e o bem comum.
Como li algures, a questão das religiões não é a crença num Deus mas o que fazem aos outros em nome dessa crença. O radicalismo da religião muçulmana actual está a fazer crescer a audácia de outras confissões religiosas. Uma espécie de, 'se eles podem falar assim nós também havemos de poder'.
Paul Gaugin, La Vague (1888)
Que filme! Uma comédia, uma sátira negra. Uma espécie de Voando sobre um Ninho de Cucos sobre os padrões socio-culturais das relações amorosas e sexuais, sobre a solidão, sobre a pressão social para o emparelhamento.
No filme as pessoas que ficam sozinhas vão para uma espécie de sanatório onde têm um mês para encontrar as suas almas gémeas sob pena de serem transformadas em animais. Os solitários são proscritos, caçados e transformados em animais. Por sua vez os solitários trabalham na destruição dos casais. É cada um por si. O filme expõe duma maneira fantasticamente original a loucura dos estereótipos das sociedades na regulação da vida sentimental.
A certa altura o personagem principal tem que fingir estar a fingir estar apaixonado, quando está mesmo apaixonado. Fez-me lembrar o poema do Pessoa sobre o poeta que finge tão completamente que finge a dor que deveras sente.
Um existencialismo entre o realista e o depressivo.
O meu jasmim começou a florir ao fim de uma semana na varanda. Trago-a ao fim do dia para aqui onde espalha um cheiro intenso a perfume. Os pimenteiros estão a começar a florir também e o gengibre está enorme. O jacinto está com 15 centímetros de altura e agora até umas sementes de limão que atirei para um vaso começaram a crescer. Tudo o que se põe naquela varanda germina... conheço tanta gente que não consegue fazer germinar plantas e flores e aqui tudo cresce. Estou a pensar concessionar a minha varanda 😄
Estar disposto a virar a cabeça para o outro lado e fingir que não se sabe e não se vê. Daqui: os truques de manipulação da publicidade de alimentos mas, válido em tantos outros contextos sociais e políticos...
Com boa música :)) Isto foi no ano passado, Roger Daltrey e Pete Townshend, claro... onde se prova que o que é bom não tem idade :)) Mesmo sem John Entwistle e Keith Moon. Zak Starkey é um fantástico baterista.
We'll be fighting in the streets
With our children at our feet
And the morals that they worship will be gone
And the men who spurred us on
Sit in judgment of all wrong
They decide and the shotgun sings the song
I'll tip my hat to the new constitution
Take a bow for the new revolution
Smile and grin to the changes all around
Pick up my guitar and play
Just like yesterday
Then I'll get on my knees and pray
We don't get fooled again
The change, it had to come
We knew it all along
We were liberated from the fold, that's all
And the world looks just the same
And history ain't changed
'Cause the banners, they all flown in the last war
I'll tip my hat to the new constitution
Take a bow for the new revolution
Smile and grin at the changes all around
Pick up my guitar and play
Just like yesterday
Then I'll get on my knees and pray
We don't get fooled again
No, no
Em vez de destruírem flotestas podia dar-se-lhes um kit destes por semana, por exemplo, à laia da Metadona que se dá aos drogados para não se matarem com as drogas, para poderem alimentar e praticar o vício de modo controlado :))
Então o que diremos dele cuja fronteira parece um passador para terroristas, que vende sírios a preços de 6 mil milhões, arma os sírios contra os curdos (que mata como se matam formigas), prende jornalistas, políticos, escritores e cidadãos comuns por falarem o que pensam e por não gostarem dele, mantém-se no poder há mais de uma dúzia de anos, muda a Constituição de modo a ser-lhe mais conveniente, etc.?
Apesar de tudo o que de mal e de errado os países europeus têm feito na questão dos refugiados e da própria guerra na Síria, Iraque, Líbia, etc., a verdade é que têm tentado resolver o assunto de maneira a poderem receber refugiados sem prender opositores, tentando respeitar o Direito Internacional, os direitos dos próprios terroristas, o sistema democrático, os valores culturais que representam, a matriz cultural dos diversos países, a ideia da convivência pacifíca entre culturas, etc., etc., etc.
Ora, isto é muito mais que podem dizer os seus detractores: os turcos que são coniventes com os terroristas, os da arábia saudita, que mantêm um regime de mão de ferro medieval e hipócrita, pois quando vêm para a EU ou para os EUA comportam-se como grunhos, consomem drogas e prostituição, destroem hotéis e casas... os de Marrocos que mantêm uma ocupação colonialista no Sahara Ocidental, os Iranianos que prendem os seus cidadãos no próprio país e tratam as mulheres como objectos, os israelitas que têm aquele muro vergonhoso na Cisjordânia muito mais longo que o muro de Berlim alguma vez foi, os de África que passadas dezenas de anos das descolonizações ainda usam esse argumento para manter ditaduras ferozes nos seus países e sei lá mais quantos casos poderíamos citar. A China, a Rússia?
Tem sido difícil, sobretudo por questões comerciais que mantêm os países numa concorrência que muitas vezes aniquila a colaboração que seria necessária e, também, porque a UE são muitos países e não apenas um ou dois e concertar os interesses de tanta gente não é fácil.
Enfim, a verdade é que mesmo tendo em conta todos os erros da Europa, o pior dos quais será, penso, a venda de armas e equipamento militar aos intervenientes na zona e a manutenção de negócios com nações como a Arábia Saudita, ainda é um espaço onde os líderes tentam resolver os problemas dentro de um quadro civilizacional humanista no sentido de respeitador dos Direitos Humanos e do diálogo entre as nações. E, isso, é muito mais do que podem dizer os que lhe chamam incompetentes.
Mandar trabalhos para férias é um contra-senso porque as férias, são, justamente, um tempo de pausa no trabalho.
Nas férias desenvolvem-se actividades ligadas ao lazer, à arte, à descoberta, à família, tão importantes como as do tempo de aulas. Não quer isso dizer que não se possa consolidar aprendizagens, mas terão de ser realizadas de um modo diferente e lúdico, apropriado ao tempo de férias. Por exemplo, lembro-me de comprar para o meu filho, quando andava na escola primária, uns livros de pintar que mandavam pintar metade de qualquer coisa, ou um terço... quer dizer, para pintar qualquer coisa tinha que ler-se umas instruções simples que obrigavam a fazer uns cálculos ou a ler e perceber uma certa história, etc. Pode-se ler uma história todas as noites com os miúdos antes de dormir para manter vivo o gosto pela leitura. O xadrez é fantástico para desenvolver o raciocínio, o cálculo, a estratégia, a intuição. Pode-se inventar jogos, como por exemplo, quem é que vê mais matrículas de carros cujos dois primeiros números somem 'x' ou jogar à forca que desenvolve a linguagem... há dezenas de actividades que podemos fazer com os miúdos e que os obrigam, sem perceberem, a utilizar aprendizagens escolares. E, quando são mais velhos, há outros jogos e tarefas que podemos fazer nas férias. Cabe aos pais fazerem o seu papel de promotores de actividades nas férias. Agora, o que não podemos é desvirtuar as férias com trabalho escolar. As férias não são um direito reservado apenas aos adultos como se as crianças e os jovens fossem imunes ao cansaço, ao stress, à ansiedade, etc.
Hoje fui lá abaixo ao mercado e encontrei, a vender numa banca, uma colega que esteve lá colocada na escola há 4 anos a dar aulas. Disse-me que com os cortes do Crato deixou de ficar colocada e, claro, teve que orientar-se para pagar a renda da casa. É assim que as coisas estão...
Lembrava-me muito bem dela porque tínhamos uma turma em comum e fomos as duas numa visita de estudo organizada por outro colega. Tenho muito boa impressão dela como profissional e revolta-me que estas pessoas sejam empurradas para fora para poupar dinheiro, não para melhorar o sistema. Disse-me que tem pena porque gostava dos alunos. Fiquei ali uma data de tempo à conversa com ela.
What's going on in my street. Perto da Bolsa. Primeiros sintomas. Aqui por causa de um jogo.
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