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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Um dia espectacular, uma noite ainda mais espectacular... estamos vivos :))
Não foi herr Schäuble que fartou-se de dizer que o Tsipras tinha que fazer um referendo ao povo?? Então, foi o que ele fez. Isto é a Democracia. Democracia, mesmo representativa não significa entender que se tem um cheque em branco no bolso para fazer o que se entende, nomeadamente em questões que implicam mudanças de fundo nos países.
Claro que o Eurogrupo, habituado que está a que os primeiros ministros dos países tratem os seus povos como serviçais, está siderado com esta iniciativa exótica de alguém ter a ideia mirabolante de perguntar ao povo o que quer.
O ordenado mínimo na Grécia é de quase 700 euros, antes das contribuições para o fisco. O IVA vai subir para os 11% na restauração e 6% nos livros e produtos culturais... porque o primeiro ministro e ministro das finanças gregos não aceitam que se continue a destruir a economia, a vender ao desbarato todos os bens, a ter que deixar sair do país os jovens às dezenas de milhar e, ainda assim, ter que ir agradecer à senhora Merkele a maneira como se refere aos países do sul...
A minha pergunta é: porque é que o nosso primeiro ministro e ministra das finanças não lutam por nós, pela nossa economia, pelos nossos jovens? Porque temos o IVA a 23%? Porque é que, não só aceitam a austeridade radical como dizem que ainda estamos a viver acima das possibilidades e que é preciso despedir mais e cortar pensões? Porque é que temos as carreiras congeladas, o subsídio de férias cortado? Porque é que não aproveitam a iniciativa grega para criar um grupo de países do sul que tenha peso de negociação? Onde foi para o nosso dinheiro? Quase 230 mil milhões de euros entre 2011 e 2015. A troika emprestou-nos 70 e tal mil milhões. Onde está esse dinheiro e porque é que continuamos com a dívida a subir?
Porque é que os nossos governantes [os que estão no poder e os da oposição] defendem os países do norte da Europa contra o povo português?
Como pessoa, como político e como Presidente, é um tipo inspirador, sério e consequente. Um exemplo de carácter, de visão e de consciência. Aqui, nos últimos 3 minutos do discurso que proferiu no funeral de Clementa Pinckney, uma das nove afro-americanas assassinadas na igreja de Charleston na semana passada.
noruega - imagem da net
by andywon
Nos três anos de programa da troika, os contribuintes portugueses pagaram ao Estado, em impostos e contribuições sociais, mais do dobro: 168 mil milhões de euros! E nos anos da legislatura (2011 a 2015) pagámos ao Estado quase 230 mil milhões de euros, o triplo da troika.
Responsável chinesa com quem Nuno Crato está a negociar foi responsável por acto de censura na Universidade do Minho.
O relatório de 2014 do Departamento de Estado norte-americano, sobre Direitos Humanos, refere ainda, no que toca a más práticas de Portugal, a detenção de pessoas que procuram asilo, a discriminação e a exclusão social de ciganos, a diferença salarial entre homens e mulheres e a prática da mutilação genital feminina entre a comunidade da Guiné-Bissau residente no país.
Há docentes colocados em vagas de quadro inexistentes, casos de "desaparecimento de candidatos" e ultrapassagens injustas, denunciam a Fenprof e a FNE. O MEC lembra que decorre o prazo para recurso e diz que, se for o caso, as anomalias serão corrigidas.
O problema é que as barracas afectam a vida das pessoas que delas são vítimas...
Isto é agora:
Nos três anos de programa da troika, os contribuintes portugueses pagaram ao Estado, em impostos e contribuições sociais, mais do dobro: 168 mil milhões de euros! E nos anos da legislatura (2011 a 2015) pagámos ao Estado quase 230 mil milhões de euros, o triplo da troika.
Um tipo qualquer chamado Alexandre de Cristo, que ao que parece é especialista em políticas educativas -quem sabe, acólito daqueloutra grande especialista condenada por prevaricação e outras cenas- escreve uma crónica no Observador a dizer mal dos professores (para variar, porque as discussões sobre a educação, mesmo por parte dos 'especialistas' nunca se faz, já que é muito mais fácil e fica bem dizer mal dos professores) cheia de falácias, demagogia e contradições de discurso. Confesso que, se a crónica tivesse algum valor intelectual ou de conteúdo dava-me ao trabalho de contra-argumentar -sabe Deus como gosto de uma boa contenda argumentativa- mas o texto tem tanto disparate envolvido em tanto senso comum, falta de honestidade intelectual, falta de conhecimento dos factos e da realidade das escolas e das aulas que não tenho paciência nem me vou dar ao trabalho...
Os professores são gente tratada pelo Estado, mesmo entre os funcionários públicos, como inferiores a aviltar.
Enquanto há gente que nem estuda, e com equivalências folclóricas ou turísticas acorda licenciado, os professores, que decidam estudar mais, encontram obstáculos em interpretações restritivas da lei e no seu Ministério (titulado da Educação), confortados por tribunais que aceitam olhar para o lado em relação à Constituição.
A primeira nota prévia sobre o que vem a seguir é que não sou licenciado em Direito (e, como verão, se quisesse, não podia, sendo professor). Logo não tenho realmente nenhum conhecimento técnico que me permita discutir direito com os tribunais. Mas sou povo e os tribunais administram a Justiça em nome do Povo. E como Povo (ignorante) gostava de entender melhor. Porque o Povo tem o direito de querer saber como os Tribunais chegam às suas conclusões e de fazer com que elas sejam discutidas. E já agora como o MEC gasta o seu dinheiro a litigar, supostamente em defesa do interesse público.
Comecemos pelo princípio do caso.
Há uns anos, a referência ao Estatuto do Trabalhador Estudante mudou no Estatuto da Carreira Docente, aplicável aos professores, e passou a constar uma condição para a sua atribuição que, na prática, permite ao patrão “Estado”, representado pelos Diretores de Escola, condicionar a matéria que os trabalhadores, que se candidatem às facilidades de horário para ir a exames e aulas, escolhem estudar.
Com a introdução de alterações, operada por iniciativa da nossa velha e prevaricadora amiga Lurdes e do muito assíduo compagnon Walter Lemos, passou a constar da lei, nos termos do que se dispõe no art.º 101.º/1 do ECD, que o Estatuto de trabalhador-estudante só pode ser atribuído aos docentes que frequentam o ensino superior com vista a obter grau académico ou pós graduação destinada ao desenvolvimento profissional da docência, isto é, “com vista a melhorar o seu desempenho enquanto docente” (na interpretação do Ministério).
Estatuto de trabalhador estudante: como funciona para os outros trabalhadores?
Imaginemos que sou funcionário de um café e decido estudar Ciências da Educação. O meu patrão nada tem a ver com isso. Desde que cumpra os requisitos gerais tem de me permitir usar o Estatuto de Trabalhador Estudante, dentro das regras gerais dos restantes trabalhadores. Desde que cumpra as regras e os critérios de assiduidade e horários não tem qualquer patrão o direito de interferir com a minha escolha do que vou estudar. Pode limitar até a concessão dos direitos do Estatuto, se houver muita gente a querer estudar ao mesmo tempo, mas não pode dizer: “tu não tens direito porque estudas algo que acho inútil para o trabalho que fazes!” (chama-se a isso liberdade de aprender e é um direito constitucional).
Se for um funcionário das Finanças, trabalhador em funções públicas, como também são os professores, e se quiser estudar agricultura ou teologia, como a lei que se lhe aplica remete para o Código de Trabalho, em nenhum ponto alguém lhe vai perguntar se o seu exercício do direito de estudar e beneficiar do Estatuto, previsto nesse Código, é útil para o serviço ou desenvolvimento profissional nas Finanças.
Contudo, um professor de Inglês do 2º ciclo que decida, na sua liberdade de aprender, estudar Filosofia, Artes ou História da Música pode não beneficiar do Estatuto e dos direitos que este consigna aos cidadãos. Basta, para isso, que o diretor da sua escola embirre com ele e decida que, como ensina Inglês, o grego Aristóteles ou o alemão Kant ou os espanhóis Goya ou Picasso não interessam nada e os Rolling Stones tanto podiam cantar em chinês como em Inglês, isto é, que estudar o curso que o cidadão escolheu não se “destina ao desenvolvimento profissional da docência”.
Isto é, o Estatuto do Trabalhador Estudante, que visava proteger a liberdade de aprender dos cidadãos que trabalham passou a ser, no caso dos professores, atribuído em função dos interesses do empregador público (para os comuns mortais, o patrão).
Naturalmente que esse conceito de “se destinar ao desenvolvimento profissional da docência” é geral e indeterminado e pode gerar todo o tipo de arbitrariedades que ficam na mão dos diretores.
ler o resto aqui
posted by Luís Braga @ quarta-feira, junho 24, 2015 0 comments
Quem devia ficar na política sai porque não está agarrado ao poder e quem devia sair por estar agarrado ao poder pelo poder não arreda pé.
Dir-me-ão que um paradoxo, por definição, não tem solução... pois... então é preciso conseguir que aqueles que querem o poder pelo poder, aqueles que se embebedam com o poder ou aqueles que usam mal o poder não possam lá ficar sem arredar pé... podemos começar por ter deputados nominais, eleitos directamente pelas populações que defendem e tendo que responder, não ao líder do partido, mas a essas mesmas populações.
Personalidades das áreas da política, artes, cultura e académicos estão a recolher assinaturas para um referendo ao Acordo Ortográfico e querem questionar sobre a matéria os candidatos a cargos políticos nas próximas eleições.
De acordo com um comunicado dos promotores da iniciativa de referendo ao Acordo Ortográfico de 1990 pretende-se permitir que "finalmente os cidadãos se pronunciem sobre um assunto que sempre foi decidido e imposto sem a sua participação".
Aqui: Referendo ao acordo ortográfico de 1990
Apelamos a cada Português para que assine esta Iniciativa de Referendo; e, na medida do possível, pedimos que angarie assinaturas (dentro do seu meio, da sua família, do seu círculo social; ou até, mais latamente, de forma pública).
Faça a transferência do folheto de assinaturas aqui.
(Ou em formato horizontal aqui.)
Após o folheto ser impresso, preenchido e assinado, tais subscrições deverão ser digitalizadas (em frente e verso) e enviadas para o email:
referendoao90@gmail.com.
Em alternativa, o folheto — devidamente impresso, preenchido e assinado — poderá ser enviado por Correio, para um de dois endereços postais:
1) Centro de Estudos Clássicos
ao cuidado de Maria Cristina Pimentel
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Alameda da Universidade
O segredo da troika José Ribeiro e Castro
Esta constatação ajuda-nos a situar o cancro da nossa democracia. Nós, cidadãos, entregamos ao Estado muito mais dinheiro do que a troika. _A troika emprestou-nos muito dinheiro: 78 mil milhões de euros! Mas nós, cidadãos, entregamos muito mais. Nos três anos de programa da troika, os contribuintes portugueses pagaram ao Estado, em impostos e contribuições sociais, mais do dobro: 168 mil milhões de euros! E nos anos da legislatura (2011 a 2015) pagámos ao Estado quase 230 mil milhões de euros, o triplo da troika.
Onde está o dinheiro? O que fizeram com ele? Não foi para fomentar o emprego, dados os números do mito urbano, não foi para a Educação que tem sofridos cortes atrás de cortes, não foi para nos descongelarem a carreira (andamos há anos a trabalhar com a carreira congelada e cortes nos salários), não foi para o SNS que está no estado lamentável que se sabe (ainda ontem o ministro veio dizer que tem que subir os impostos...), não foi para a Agricultura que está no estado lamentável que se vê... onde está o dinheiro? O que lhe fizeram? Entregram aos bancos? Ficaram com ele? Quantas pessoas enriqueceram 900% como o outro senhor, desde que entrou na política?
Para onde foram tantos biliões e como é que a nossa dívida continua a subir?
Quem é responsável pelos dinheiros que responda.
Como se consegue uma licenciatura neste país...
O fadista e ex-deputado eleito nas listas do PSD, Nuno da Câmara Pereira, corre o risco de perder a licenciatura em Engenharia do Ambiente. É um dos alunos que beneficiou de equivalências que foram declaradas nulas pela Inspeção-geral da Educação e Ciência (IGEC). Tal como Miguel Relvas ou como outros 150 alunos, Câmara Pereira tirou o curso na Universidade Lusófona, mas a tutela entende que o processo não foi rigoroso e não cumpriu as todas regras. Isso mesmo pode ler-se no relatório da IGEC, consultado pelo Observador.
Para perceber todos os contornos da formação académica do fadista é preciso recuar até 1975, ano em que concluiu o curso de regente agrícola (equiparado a bacharel) em Évora. Em 2008, um diploma assinado pelo então ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago, reconheceu aos equiparados a bacharéis o “direito ao prosseguimento de estudos e ainda à creditação da sua formação profissional”.
Nesse ano, Nuno da Câmara Pereira decidiu candidatar-se à licenciatura em Engenharia do Ambiente e foi-lhe proposto pela instituição que frequentasse um Curso de Especialização em Ciências do Ambiente para Regentes Agrícolas, criado precisamente para pessoas com essas habilitações. Ao todo, inscreveram-se 15 alunos, “homens maduros”, conta o fadista.
É aqui que as coisas se começam a complicar. Depois de terminar a especialização em 2011, Nuno da Câmara Pereira inscreveu-se na licenciatura de Engenharia do Ambiente em fevereiro de 2012, curso que terminou em novembro do mesmo ano, ao abrigo das equivalências que lhe foram atribuídas: 60 créditos pelo Curso de Especialização, 27 pelo percurso profissional e 103 pelo currículo académico anterior, totalizando 190 créditos – que correspondiam a todas as “cadeiras” da licenciatura. Na prática, Nuno da Câmara Pereira não teve de fazer qualquer avaliação no âmbito da licenciatura em Engenharia do Ambiente.
Ora, o problema é que por decreto-lei a Universidade Lusófona só estava autorizada a atribuir, “no limite”, 125 créditos por equivalência (27 pelo percurso profissional e 98 pelo currículo académico) e não 190 como atribuiu a Nuno da Câmara Pereira. Em 2008, a Comissão Científica do Curso de Engenharia do Ambiente ainda tentou aumentar o limite de créditos atribuíveis e enviou ao reitor da Universidade uma proposta de alteração nesse sentido. Proposta, essa, que nunca foi autorizada pelo reitor daquela instituição, diz o relatório do IGEC.
Também o percurso profissional do fadista foi tido em conta neste processo. A equivalência à cadeira de Microbiologia I, por exemplo, foi conseguida devido à experiência como vice-presidente da Cruz Vermelha Portuguesa e à direção técnica de obras de drenagem em instituição não especificada. Já a cadeira de Processos de Separação foi conseguida, por sua vez, devido a conhecimentos nas culturas de cana de açúcar na Companhia de Açúcar de Angola.
Delanceyplace.com faz dez anos. Um site que todos os dias nos envia para o email um excerto de um livro com um link para ler online ou comprar. Sempre boas e interessantes escolhas de excertos que se lêem em dois minutos e nos põem a pensar com proveito, logo pela manhã.
Today's encore selection -- from The Street Where I Live by Alan Jay Lerner. Alan Jay Lerner, partner and co-writer with Frederick Loewe of 'Camelot', 'My Fair Lady', 'Gigi' and other plays.
"He had just married an old friend of mine, Paulette Goddard, all woman, magnificently distributed, as feminine as she is female. One night when we were having dinner, I said to Erich [Maria Remarque, author of All Quiet on the Western Front] (not seriously): 'How do you get along with this wild woman?' He replied: 'Beautifully. There is never an argument.' 'Never an argument?' I asked incredulously. 'Never,' he replied. 'We will have an appointment one evening, and she charges into the room crying, 'Why aren't you ready? You always keep me waiting. Why do you ...?!' I look at her with astonishment and say, 'Paulette! Who did your hair? It's absolutely ravishing.' She says, 'Really? Do you really like it?' 'Like it?' I reply. 'You're a vision. Let me see the back.' By the time she has made a pirouette her fury is forgotten. Another time she turns on me in rage about something, and before a sentence is out of her mouth I stare at her and say breathlessly, 'My God! You're incredible. You get younger every day.' She says, 'Really, darling?' 'Tonight,' I say, 'you look eighteen years old.' And that is the end of her rage.'
"I was as amused as I was admiring and I said to him: 'Erich, one day I will have to write a song about that.' The song was 'How to Handle a Woman' which ends:
"The way to handle a woman is to love her,
Simply love her; merely love her,
Love her, love her."
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