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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
" Heaven’s not beyond the clouds, it’s just beyond the fear. "
Garth Brooks
Bom para ir ao cinema. Acho que vou ver isto. Cheira-me que deve ter piada :)
I'm booked!
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O director executivo da Associação Empresarial dos Sectores Eléctrico, Electrodoméstico, Fotográfico e Electrónico considerou, esta terça-feira, que a nova proposta de lei para a cópia privada, em discussão no Parlamento, é "inoportuna e ilegal".
Como diz o Manel, isto é uma espécie de pagar a taxa do pecado original pois que pagamos a possibilidade de podermos, eventualmente, um dia, vir a fazer alguma cópia ilegal. Já agora, diz ele, porque não pagar uma taxa pelos vasos das plantas na assunção de que é possível, um dia, usarmo-los para plantar marijuana ilegalmente...
Mais um artigo de um condutor de domingo da educação. Mais um que acredita mesmo que cem mil pessoas são marionetas de sindicalistas. Mais um que trata os professores com a condescendência com que se tratam os putos... não há pachorra para esta gente. Porque é que não se dedica a falar de penteados da moda ou dos capítulos da telenovela que, com certeza, segue?
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Jan van Huysum (1682-1749)
Dissoância cognitiva é uma teoria da Psicologia da autoria de Leon Festinger acerca da nossa necessidade de consistência relativamente ao que pensamos, acreditamos e fazemos. Desse modo, sempre que estes elementos se contradizem -por exemplo, acreditar que fumar é um estúpido hábito e continuar a fazê-lo- a pessoa entra numa situação de desconforto que pode causar vergonha, embaraço, pode incluir racionalizações (por exemplo, dizer a si mesmo, 'que interessa não fumar e ser saudável se morremos todos?', etc.) ou pode levar à negação do que se sabe para atenuar o desconforto da contradição.
Seja como for, enquanto existir contradição entre estes termos a pessoa está, incomodamente, em dissonância cognitiva. É assim que eu estou em relação às corridas de touros.
O problema não são os argumentos a favor e contra (ambas as partes se ofendem uma à outra e se desconhecem; cada uma parte do princípio que a outra é cruel e aberrante ou ignorante e idiota, conforme o lado que defendem) que me põem nesta dissonância. Nenhum argumento, a favor ou contra, como é próprio duma argumentação sobre valores, é definitivo e, a discussão está muito longe de estar fechada.
O que me incomoda é que compreendo perfeitamente os dois lados da discussão.
Por um lado, gosto de ver corridas como outros gostam de ver futebol e, portanto, sei que uma corrida de touros é mais que espetar animais, como alguns dizem, assim como um jogo de futebol é mais que onze palermas de cada lado a tentar enfiar a bola num buraco, como outros dizem.
Também percebo os que reduzem as corridas a espetar animais, assim como percebo os que reduzem o futebol a um jogo idiota e de escapatória de frustrações (só um aparte, li que durante o jogo Alemanha-Portugal a audiência dos sites de pornografia, em ambos os países, baixou 30% e, depois do jogo, voltou ao normal na Alemanha mas, em Portugal, a audiência subiu 10% acima do normal, o que é muito interessante para pensar sobre a relação entre pornografia e futebol. Mas isso não vem agora ao caso).
Cresci nesse meio dos cavalos e touros, vejo corridas desde miúda, tenho uma visão das corridas um bocado Heraclitiana - o combate, a luta...- e vejo toda a beleza envolvida nesse fatal (geralmente, apenas para o touro) confronto entre um animal com aquelas características e um homem com um pano. Aprecio a estratégia e a psicologia, tanto do homem como do animal.
Por outro lado, vejo bem que é um espectáculo digno do circo romano, um espectáculo com sangue e morte e violência. Não compatível com uma sociedade que quer caminhar e educar para a não-violência. É como o boxe. Eu também gosto de ver boxe, a estratégia e a psicologia dos lutadores mas, também acho um espectáculo de circo romano que educa para a violência. As crianças que assistem a combates de boxe e a corridas de touros absorvem o ambiente de violência e agressão como uma coisa normal, pois que os adultos estão entusiasmados a assistir àquelas descargas de violência.
Enfim, o que quero dizer é que a corrida de touros já não é compatível com muitas das minhas próprias convicções. No entanto, gosto de vê-la. Daí a minha dissonância cognitiva. Não há racionalização possível que atenue a contradição destes elementos e não sei bem qual é a saída desta situação.
Pois, à frente dos hospitais estão gestores não interessados em medicina mas em poupar dinheiro e à frente do governo estão pessoas que dedicam os dinheiros públicos a 'dar liquidez' a bancos e banqueiros. Os altos funcionários públicos, enquanto em funções, deviam ser obrigados a frequentar, exclusivamente, serviços públicos - hospitais e escolas públicas [os filhos] - acabavam-se logo estas situações. Mas como só frequentam instituições privadas estão-se nas tintas para os serviços públicos.
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É que explicam imediatamente muita coisa...
O banco central deu apoios de liquidez ao BES durante as semanas de instabilidade que decorreram entre a renúncia de Ricardo Salgado e a entrada de Vítor Bento. Nos primeiros três meses do ano, o BES já tinha aumentado a exposição ao BCE.
'Apoios de liquidez'...lol Gosto desta maneira português suave de dizer que deu ao banco milhões. Milhões que terá ido buscar aos funcionários públicos, por exemplo, ou aos reformados... porque cair das núvens não caem...
Entreguei os exames, acabei o que tinha a fazer, disse adeus e boas férias ao pessoal e agora... férias :))) que este ano foi excelente no que respeita aos alunos e mau para (não)esquecer no que respeita ao resto.
Prominent Jews and Palestinians and others stand for Palestine in this heartbreaking video.
"And even if the Jews were to win the war, its end would find the unique possibilities and the unique achievements of Zionism in Palestine destroyed. The land that would come into being would be something quite other than the dream of world Jewry, Zionist and non-Zionist. The ‘victorious’ Jews would live surrounded by an entirely hostile Arab population, secluded into ever-threatened borders, absorbed with physical self-defense to a degree that would submerge all other interests and acitvities. The growth of a Jewish culture would cease to be the concern of the whole people; social experiments would have to be discarded as impractical luxuries; political thought would center around military strategy…. And all this would be the fate of a nation that — no matter how many immigrants it could still absorb and how far it extended its boundaries (the whole of Palestine and Transjordan is the insane Revisionist demand) — would still remain a very small people greatly outnumbered by hostile neighbors."- From To Save the Jewish Homeland, 1948
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