Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
wasbella102
MOSCOW, January 29 (RIA Novosti)
Um antigo professor foi preso, acusado de apunhalar até à morte um seu conhecido, numa disputa sobre géneros literários.
A vítima de 67 anos insistia que a 'única real literatura é a prosa' enquanto a vítima favorecia a poesia. A disputa acabou com o ex-professor a esfaquear o seu amigo até à morte.
Ambos os homens estavam bêbados na altura.
Um dia virás,
hora doce e calma
sem as espadas dolorosas
que me sangram a alma
quando cismo...
Eu que até nas rosas
procuro um abismo.
(Poesia II)
Vive em cada minuto
a tua eternidade
- sem luto
nem saudade.
Vive-a, pleno e forte,
num frenesim
de arremesso.
Para que a tua morte
seja sempre um fim
e nunca um começo.
(poesia II)
***
Que voz é essa
que vem da floresta
e não do meu coração?
Pois os pássaros não cantam apenas
na minha imaginação?
Existem em cor e penas
na realidade desta canção
de mim tão alheia?
Ó pássaro autêntico,
volta a ser ideia.
(Poesia II)
***
Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos
os amigos mais íntimos com um cartão de convite
para o ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje
às 9 horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimônia, viríamos todos assistir
a despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio.
"Adeus! Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento,
numa lassidão de arrancar raízes...
(primeiro, os olhos... em seguida, os lábios... depois os cabelos... )
a carne, em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se
em fumo... tão leve... tão sutil... tão pòlen...
como aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...
José Gomes Ferreira
... sendo que um dos argumentos para a abolição dos direitos dos judeus foi o de que era bom para a economia...
.
Desde a morte de Arturo Toscanini, o Teatro La Scala de Milão criou uma tradição - quando morre o Director, é interpretada a sua obra favorita. O momento, já de si emocionante, ganha outro peso porque a sala está vazia e as portas estão abertas.
Daniel Barenboim dirigiu ontem a marcha fúnebre da Sinfonia Heróica de Beethoven, obra de eleicção de Claudio Abbado. Eis a homenagem do teatro e do povo de Milão.
Dizer Não
Diz NÃO à liberdade que te oferecem, se ela é só a liberdade dos que ta querem oferecer. Porque a liberdade que é tua não passa pelo decreto arbitrário dos outros.
Diz NÃO à ordem das ruas, se ela é só a ordem do terror. Porque ela tem de nascer de ti, da paz da tua consciência, e não há ordem mais perfeita do que a ordem dos cemitérios.
Diz NÃO à cultura com que queiram promover-te, se a cultura for apenas um prolongamento da polícia. Porque a cultura não tem que ver com a ordem policial mas com a inteira liberdade de ti, não é um modo de se descer mas de se subir, não é um luxo de «elitismo», mas um modo de seres humano em toda a tua plenitude.
Diz NÃO até ao pão com que pretendem alimentar-te, se tiveres de pagá-lo com a renúncia de ti mesmo. Porque não há uma só forma de to negarem negando-to, mas infligindo-te como preço a tua humilhação.
Diz NÃO à justiça com que queiram redimir-te, se ela é apenas um modo de se redimir o redentor. Porque ela não passa nunca por um código, antes de passar pela certeza do que tu sabes ser justo.
Diz NÃO à verdade que te pregam, se ela é a mentira com que te ilude o pregador. Porque a verdade tem a face do Sol e não há noite nenhuma que prevaleça enfim contra ela.
Diz NÃO à unidade que te impõem, se ela é apenas essa imposição. Porque a unidade é apenas a necessidade irreprimível de nos reconhecermos irmãos.
Diz NÃO a todo o partido que te queiram pregar, se ele é apenas a promoção de uma ordem de rebanho. Porque sermos todos irmãos não é ordenanmo-nos em gado sob o comando de um pastor.
Diz NÃO ao ódio e à violência com que te queiram legitimar uma luta fratricida. Porque a justiça há-de nascer de uma consciência iluminada para a verdade e o amor, e o que se semeia no ódio é ódio até ao fim e só dá frutos de sangue.
Diz NÃO mesmo à igualdade, se ela é apenas um modo de te nivelarem pelo mais baixo e não pelo mais alto que existe também em ti. Porque ser igual na miséria e em toda a espécie de degradação não é ser promovido a homem mas despromovido a animal.
E é do NÃO ao que te limita e degrada que tu hás-de construir o SIM da tua dignidade.
Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente '
Se tivesse que levar uma destas pedras para casa qual escolheria e, mais importante ainda, porquê essa e não outra? (after The Morality of Choice by Deborah Stone)
O 'smartphone' dele. Podermos escolher uma voz e uma personalidade que vá ao encontro dos nossos desejos/fantasias e ter um 'alter ego' a fazer-nos companhia enquanto trata de nos ler os mails, arrumar os ficheiros, escolher a música do 'mood' do dia, comprar bilhetes para uma viagem e marcar o hotel, enfim, fazer de secretário pessoal e de cúmplice? How cool is that?
De resto, o filme tem bons desempenhos porque tem bons actores e mostra que o ser humano é tão desesperado por amor, por algo que lhe anule a solidão que até um Sistema Operativo é capaz de amar.
Um deputado holandês explica-nos tudo acerca de como abusam dos nossos dinheiros... como as eleições europeias estão perto, é ver, aprender e pensar muito bem no que se deve fazer porque isto é uma vergonha...
Defende a liberdade na internet, mas é diferente de uma figura como Julian Assange, contestatário do sistema capitalista. Como vê o estado do capitalismo no mundo, depois da crise financeira?
O valor fundamental do capitalismo é a ideia de que se tiveres um negócio honesto e um bom produto por um bom preço fazes dinheiro. Se tens uma boa invenção, uma inovação que transforma a vida das pessoas fazes dinheiro. Isso é bom. Queremos que grandes empresas sejam geridas por pessoas que queiram produzir bons produtos por bons preços. As experiências com o comunismo do último século mostram que a alternativa é brutal, totalitária e que é absolutamente não funcional combinar o uso do poder de negócios e o uso da força. É essa a diferença entre os dois poderes: o governo pode prender-te e usar força contra ti. Esses poderes devem estar separados.
Mas há sítios onde estamos a misturar as duas coisas. Uma delas é – e não para o bem do povo – na esfera bancária. Quando os bancos começaram a ficar em sarilhos, receberam dinheiro dos contribuintes, que não o deram voluntariamente, para se salvarem e pagar bónus enormes [aos gestores]. Isso não é capitalismo, isso não é a abordagem empreendedora em que começaste um negócio, ele não funcionou, logo faliste. As mesmas pessoas que dirigiam os bancos e pegaram no dinheiro dos impostos ainda gerem os bancos, o que significa que vão fazer a mesma coisa. É completamente ridículo. O capitalismo não é só algo que faz dinheiro: é algo que faz dinheiro sendo um negócio e não saqueando o erário público.
Dux de Coimbra -João Luís Jesus- defende que se fizeram cópias mal feitas daquilo que é a praxe
Em Coimbra, todo o estudante com cinco matrículas e que esteja a frequentar o mestrado é considerado veterano e pode participar no Conselho de Veteranos, sendo esse órgão o regulador da praxe e aquele que elege o Dux que, uma vez eleito, apenas abandona o cargo quando deixa de ser estudante, ou se demite ou é demitido pelo Conselho de Veteranos, explicou João Luís Jesus, estudante com 24 matrículas na UC.
Cada matrícula corresponde a um semestre (sim, porque um ano seria demais, quer dizer, seria mais velho que eu, mais coisa menos coisa...)? Será que o indivíduo -o Dux Veteranorum- anda lá há mais de dez anos a fazer o curso...? Isso explica muita coisa...
Entretanto o secretário de estado Emídio Guerreiro, também antigo presidente da Associação Académica de Coimbra, diz que , A praxe "não é aquilo, nem nunca o foi", sublinhando que aquilo que levou à morte dos seis estudantes da Universidade Lusófona são "actos ilícitos que devem ser punidos".
Em relação a esta notícia tenho umas questões: o secretário de estado também também foi 'dux whatever' que praxou caloiros? Será que pertence ao clube das 24 matrículas para fazer o curso? Finalmente, ao dizer que o que se passou no Meco não foram praxes e que os actos ilícitos têm que ser punidos, fala com conhecimento de causa sobre o que lá se passou? Já finalizaram o inquérito e ele sabe alguma coisa que não saibamos ou está só a espingardar do alto das suas eventuais 24 matrículas?
Imagens originais.
google-novamente-condenada-a-apagar-orgia-de-mosley
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.