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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Afinal, quem financia quem?
publicado por albertino, no blog Renascer
da net
Os pombos distinguem um Monet de um Picasso? Quantos seres humanos são capazes do mesmo? Pois é... le-pigeon-amateur-d-art.…
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No comunicado da Fenprof, citando a decisão judicial, pode ler-se que o tribunal decidiu que o Ministério da Educação e Ciência está impedido de praticar qualquer acção que leve à concretização da prova.
"Nestes termos, e pelas razões vindas de aduzir, julgo a presente providência cautelar procedente e íntimo a entidade requerida a abster-se de praticar qualquer acto conducente à realização da prova de avaliação de conhecimentos", lê-se no comunicado da federação, que cita a decisão do Tribunal.
When others are more wicked.
(Bad people start to look better in comparison with worse people.)
Man’s life’s as cheap as beast’s.
(If you allow people no more than what they absolutely need to survive, then a human life is no better than an animal’s.)
Taiwan, estação de metro
foto da net
O caso, de acordo com a Xinhua, envolve 512 dos 527 deputados do hemiciclo da cidade de Hengyang que terão sido subornados com um montante de 110 milhões de yuan (cerca de 13,2 milhões de euros) para escolherem 56 dos seus elementos para a assembleia legislativa provincial, o órgão imediatamente superior na hierarquia comunista.
O Presidente chinês Xi Jinping assumiu que o combate à corrupção seria uma das bandeiras do seu Governo, tendo já sido condenados a penas de prisão perpétua nomes como Bo Xilai, antigo ministro do Comércio, e Liu Zhijun, líder do influente Ministério dos Transportes Ferroviários.
Xi Jinping fez saber que a luta contra a corrupção é dirigida a todos, "os tigres e as moscas", metáfora utilizada para salientar que todos os casos sejam investigados da mesma forma, sejam altos cargos ou simples funcionários.
Não ligo nenhuma ao Ano Novo de Janeiro. Enquanto der aulas o meu 'ano novo' é Setembro e a passagem de ano é o mês de Agosto. Agora, vou a meio do ano e da lista de objectivos. Em Julho logo faço o balanço.
Onde o interesse ou o investimento público se retiram há sempre forças, privadas, que invadem o terreno que vêm vazio e ao abandono para levar a cabo as suas agendas pessoais.
É assim no caso da educação, é assim no caso da saúde, é assim no caso da economia, é assim no caso das bolsas de doutoramento e de investigação.
É sabido que as ideologias económicas -parece-me que têm que ser assim chamadas pois, como tal, são implementadas e defendidas- que nos (des)governam foram o fruto de teses de doutoramento pagas com bolsas de estudo da Goldman Sachs e outras companhias do género, que se chegaram à frente, não para custear investigação isenta ou de interesse público mas, para desenvolver projectos com intenções financeiras privadas, calculadas. Vem isto a propósito de hoje ter lido que a investigação dos antibióticos está em queda livre (com tudo o que isso implica de custos para a saúde humana), pelo facto das companhias farmacêuticas, que são quem financia as teses de doutoramento e as bolsas de investigação científica, desde que os Estados se demitiram desse serviço público, terem interesse na investigação dos "fármacos para as doenças crónicas que são os que rendem muito".
Na educação é o mesmo. Desde que o Estado se retirou ou está a retirar do terreno e a abandonar um projecto de educação pública, as instituições privadas avançam na oferta de serviços educativos, não para prestar um serviço público mas para levar a cabo uma agenda de interesses próprios, privados, que nada têm que ver com liberdade de escolha.
Isto merece uma reflexão profunda em volta das consequências deste abandono de território por parte do Estado, desde logo, do ponto de vista dos próprios princípios republicanos e laicos com que queremos (?) governar-nos. Porque, é isso e não a liberdade de escolha de serviços competentes que está aqui em causa.
A educação pública não é uma questão de escolha. Não se escolhe ter um Estado repúblicano, laico e, democrático, porque isso já foi objecto de escolha, de modo que a educação pública, submissa a esses princípios que tanto nos custaram a conseguir, é uma obrigação que temos para com as gerações futuras. Não cabe ao Estado dizer aos cidadãos que, se quiserem, podem antes escolher escolas privadas. Cabe ao Estado assegurar uma rede de escolas públicas que funcionem bem. Mais nada. Quem quiser ter escolas privadas ou, pôr os seus filhos em escolas privadas, que os ponha. É justamente para isso que o Estado, que somos nós, tem que assegurar, não como uma escolha, a continuação, idealmente imarcescível, dos princípios da res publica e democrática numa escola pública de qualidade.
Porquê o discurso de ódio aos ricos, só por serem ricos? à parte a inveja, talvez seja proferido por ter, implicíto, um contrário, amor aos pobres, que fica no ar. Mas, na verdade, um não implica outro.
... nas notícias que metem mosquitos, gafanhotos e outros insectos à mistura. A natureza foi inteligente quando nos fez os olhos como lentes sem zoom, de maneira que vemos sempre os pormenores fisiológicos desses seres em tamanho muito reduzido e, portanto, incapazes somos de distinguir os seus contornos mais repelentes. Ora bem, a seguir vêem os jornalistas e aumentam as fotografias dos mesmos insectos a um ponto em que a cabeça e corpo dos mesmos parecem ter tamanho humano, ficando à plena vista todos aqueles traços fisionómicos mais repelentes e, às vezes, até assustadores. Não percebo porque não seguem a inteligência da mãe natureza e nos obrigam a ver em tamanho macro aquilo que até em tamanho micro é repulsivo.
Benagil, Algarve foto montagem
We live on 'play'... there's no 'repeat', there's no 'pause'. We live on 'play', either we want it or not...
A bird doesn't sing because it has an answer, it sings because it has a song.
(Maya Angelou)
25/12/2013
Por Redação, com agências internacionais - de Estocolmo
Quando uma das maiores empresas privadas de educação da Suécia faliu, alguns meses atrás, deixou 11 mil alunos desamparados e fez com que o governo repensasse a reforma neoliberal da educação, feita nos moldes da privataria com o Estado financiando a entrega dos serviços públicos aos oligopólios capitalistas e assim causando graves prejuízos para os trabalhadores e a população.
No país de crescimento mais acelerado da desigualdade econômica entre todos os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os aspectos básicos do mercado escolar desregulamentado estão agora sendo reconsiderados, levantando interrogações sobre o envolvimento do setor privado em outras áreas, como a de saúde.
Duas décadas após o início de seu experimento de livre mercado na educação, cerca de 25% dos alunos do ensino médio da Suécia frequentam agora escolas financiadas com recursos públicos, mas administradas pela iniciativa privada. Essa proporção é quase o dobro da média mundial. Quase metade desses alunos estudam em escolas parcial ou totalmente controladas por empresas que compram participações em outras empresas.
Na expectativa das eleições do ano que vem, políticos de todos os matizes estão questionando o papel dessas empresas, acusadas de privilegiar o lucro em detrimento da educação, com práticas como deixar alunos decidirem quando aprenderam o suficiente para passar e não manter registro de notas.
A Suécia substituiu um dos sistemas escolares mais rigidamente regulamentados do mundo por um dos mais desregulamentados, o que levou a escândalos como um caso de 2011 em que um pedófilo condenado pôde abrir várias escolas de forma absolutamente legal.
As escolas privadas introduziram muitas práticas antes exclusivas do mundo corporativo, como bônus por desempenho para funcionários e divulgação de anúncios no sistema de metrô de Estocolmo. Ao mesmo tempo, a concorrência pôs os professores sob pressão para dar notas mais altas e fazer marketing de suas escolas.
No início, disseram que a participação privada na educação se daria por meio de escolas geridas individualmente e em nível local. Poucos vislumbraram que haveria empresas e grandes corporações administrando centenas de unidades.
O fechamento de escolas e a piora dos resultados tiraram o brilho de um modelo de educação admirado e imitado em todo o mundo pelos mesmos privatistas e neoliberais que propagandeiam o mercado capitalista como uma espécie de solução milagrosa para todos problemas da sociedade, quando na verdade é o capitalismo quem gera todos os problemas e desigualdades sociais ao concentrar toda a riqueza, poder e oportunidades nas mãos de uma classe dominante privilegiada, as custas da miséria, exploração e exclusão de grande parte da humanidade e do empobrecimento crescente dos povos.
E andam a implementar o sistema sueco cá no rectângulo...
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