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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Kir Royal
Óptimo como aperitivo :)
Champanhe (bem frio) 2/3
Créme de Cassis 1/3
(também pode fazer-se com um vinho branco Chardonney ou outro e então é só Kir)
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi passar os últimos dias do ano ao Rio de Janeiro, Brasil, e esteve num dos mais luxuosos hotéis da “Cidade Maravilhosa”, o emblemático Copacabana Palace.
Mas não foi o único. O ex-administrador do BPN – Banco Português de Negócios, Dias Loureiro, e o ex-ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, José Luís Arnaut, também lá estiveram.
Localizado na Praia de Copacabana, o hotel que Miguel Relvas escolheu para passar uns dias de descanso, e que pertence ao grupo Orient-Express, tem hospedado ao longo de décadas membros da realeza, estrelas de cinema, teatro e música, assim como políticos e empresários. Desde que Fred Astaire e Ginger Rogers dançaram juntos no filme Flying Down to Rio com o Copacabana Palace como cenário principal, o hotel tornou--se internacionalmente conhecido.
A diária no Copacabana Palace, que reabriu a 12 de Dezembro, depois de extensas obras num valor estimado superior a 10 milhões de euros, custa um mínimo de 600 euros e o preço médio por dormida é de 800 euros, sem incluir taxas de serviços de hotel ou pequeno-almoço – e a preços de balcão. Uma refeição no hotel pode custar bem mais que a pernoita e os preços sobem em época alta, como acontece nos períodos de Natal e Ano Novo.
O humor, quando é de qualidade, não ofende nem humilha. Brinca, caricatura, realça os defeitos mas não humilha. São os humoristas de baixo nível que vivem de explorar a humilhação eo sofrimento das pessoas. Os bons humoristas são como os antigos bobos das cortes: apontam a realidade e transformam. Um humorista faz parte do conjunto dos seres humanos e não pode pretender estar fora da humanidade e não ter, nas suas piadas, um ponto de vista, público, sobre os temas sobre os quais faz piadas.
Grandes bancos pagam milhares de milhões para escapar à justiça
O escândalo de manipulação da taxa interbancária Libor é o que mais bancos atinge. HSBC, Royal Bank of Scotland e Barclays do Reino Unido, Citigroup e JP Morgan dos Estados Unidos, Deutsche Bank da Alemanha e UBS da Suíça, entre outros, são suspeitos de apresentarem estimativas artificialmente reduzidas dos juros que pagam para emprestarem dinheiro entre si, dados que são compilados pela Associação Britânica de Banqueiros (ABB) para estabelecer o valor da Libor, equivalente britânico da Euribor. Desta forma, tentaram apresentar uma falsa imagem de saúde financeira perante os nervosos mercados, mas o estratagema visava também um lucro rápido para os bancos e para vários dos seus administradores.
As investigações do Departamento de Justiça dos EUA e dos reguladores britânicos, suíços e nipónicos indicam pagamentos de subornos e falsificação de documentos. Até ao momento, UBS e Barclays são os bancos mais castigados. A instituição suíça aceitou pagar este mês uma multa recorde de 1,1 mil milhões de euros para arquivar o processo internacional de que é alvo. O Barclays pagou 340 milhões, foi penalizado pelas agências de rating e viu os seus CEO e chairman apresentarem a demissão e responderem perante o Parlamento britânico. Dois corretores britânicos implicados no caso, Tom Hayes e Roger Darin, poderão ainda responder em tribunal nos EUA, que requerem a sua extradição.
A Libor, a que estavam indexadas trocas globais de um total de 275 biliões de euros, perdeu o seu estatuto de taxa de referência e a ABB deixou de estar responsável pelo seu cálculo.
Na Europa Continental, as atenções viram-se agora para a Euribor. Segundo o Wall Street Journal, a Comissão Europeia investiga o lóbi bancário do Velho Continente por suspeitas de manipulação daquela taxa. Société Générale, Crédit Agricole, Deutsche Bank e HSBC são referidos como possíveis implicados. Na Ásia, os reguladores sul-coreanos, japoneses e singapurenses também investigam um caso similar ao que eclodiu na City londrina.
Terroristas e traficantes
O HSBC também protagonizou outro dos escândalos financeiros do ano. O banco britânico admitiu este mês que permitiu inadvertidamente que barões do narcotráfico mexicano depositassem e lavassem milhares de milhões de euros naquela instituição durante a década passada. Se tal resultou da ausência de mecanismos de controlo ou de conluio criminoso é algo que nunca se apurará cabalmente – o banco pagou 1,4 mil milhões de euros aos reguladores norte-americanos para encerrar o caso. No Reino Unido, o caso ganha especial relevância política, já que o actual ministro conservador para o Investimento e Comércio Stephen Green liderava o HSBC à altura dos factos.
Também o britânico Standard Chartered pagou 500 milhões nos EUA para arquivar um processo em que era suspeito de ter violado sanções internacionais através do financiamento de entidades iranianas.
Na Alemanha, os arranha-céus que albergam a sede do Deutsche Bank em Frankfurt foram visitados duas vezes este mês por centenas de agentes da polícia e de inspectores do fisco germânico. Numa das rusgas às torres gémeas, quatro pessoas foram detidas por eliminar milhares de emails e registos requeridos pela justiça. São vários os escândalos que abalam o maior banco privado alemão. Três antigos funcionários declararam recentemente aos reguladores norte-americanos que a instituição escondeu perdas de 9,2 mil milhões de euros para escapar a um resgate estatal – o Deutsche Bank nega a alegação. As autoridades investigam ainda um esquema de fraude fiscal em carrossel que envolverá o banco e várias empresas através da troca de créditos de emissão de dióxido de carbono. O Estado germânico terá sido lesado em centenas de milhões de euros. Este mês, a justiça alemã condenou ainda o banco a indemnizar os herdeiros do falecido e falido magnata dos media Leo Kirch numa soma de até 1,5 mil milhões de euros pelo seu papel no colapso financeiro do grupo Kirch.
Acusando a pressão da polícia e do fisco, o co-presidente do banco, Jürgen Fitschen, telefonou ao primeiro-ministro do estado germânico de Hesse a condenar a actuação indiscreta das autoridades. A conversa terminou nas páginas da Der Spiegel, e agora é a classe política alemã que ataca a cúpula dirigente do Deutsche Bank.
Em Frankfurt, Londres ou Nova Iorque, os grandes banqueiros repetem mais uma vez promessas de uma reflexão sobre os erros cometidos, de colaboração com a justiça e de criação de novos mecanismos de controlo._Mas, e também mais uma vez, cidadãos, políticos e analistas dão pouco crédito às suas palavras.
As novas regras indicam que a revalidação é meramente administrativa aos 30 e 40 anos para os condutores de ligeiros e aos 25 anos para os motoristas de pesados.
Estado assumiu dívidas de 10 milhões de duas empresas de Baía ao BPN.
Isto é demais! Somos os palhaços que trabalhamos para a pagar as dívidas de gente horrível que possam andar por aí na boa. E os políticos que os aparam...e castigam o povo.
Working men have been surrendered, isolated and helpless, to the hard-heartedness of employers and the greed of unchecked competition…so that a small number of very rich men have been able to lay upon the teeming masses of the laboring poor a yoke little better than that of slavery.
Papa Leo XIII in Rerum novarum.
"Human law is law only by virtue of its accordance with right reason; (...) And in so far as it deviates from right reason it is called an unjust law; in such case it is no law at all, but rather a species of violence."
Thomas Aquinas, Summa theologiae, Ia-Ilae, q. xciii, art. 3, ad 2m.
Less, please. Capitalism and the good life.Gary Gutting
(...)
Let me suggest an alternative approach, one that is consistent with both the Skidelskys’ appeal to traditional values and modern liberalism’s emphasis on autonomy: a return to the weakened but still viable ideal of a liberal education.
We find enormous dissatisfaction with our educational system but there is still considerable respect for the idea that schooling should provide not so much vocational training as liberal learning. A liberal education forms citizens who have a broad understanding of the possibilities of human life as well as a critical ability to make informed choices among these possibilities. Such education will not necessarily inculcate the Skidelskys’—or any other—specific vision of the good life. But it will develop self-determining agents who can see through the blandishments of the market and insist that it provide what they have independently decided they need in order to lead a good life.
We cannot control the decisions of such agents, nor should we. They are free not only in the metaphysical sense of controlling their actions but also in the cultural sense of grasping, to some significant extent, the range of options available to them in their historical context. This latter freedom derives from access to our cultural history’s enduring and ever-increasing legacy of literary, philosophical, political, religious, and scientific achievements. These achievements underlie the specific institutions and practices that define a person’s world, but they also support radical critiques and alternatives to that world. Culture contains the seeds of revolution.
Here I am appealing to the same intellectual and moral heritage the Skidelskys draw on to formulate their conception of a good life. But they make the utopian (ultimately Platonic) mistake of thinking that we can transform our world by legislating values from above. Rather, the transformation must come from below, forged by the very people it is meant to benefit. The liberal education I advocate is not that of old-world hereditary elites, bringing their inherited wisdom to the masses. It is inspired by the new-world ideal of an education equally open to everyone, limited only by one’s ability and persistence. There is a risk that free citizens educated in this way will not arrive at the truth we have in mind. They may, free and informed, choose the material illusions of capitalism. But, in a democracy, an ideal of the good life has no force unless the people’s will sustains it. Liberally educated consumers—and voters—are our only hope of subordinating capitalism to a humane vision of the good life.
(...)
Por fim, ao nível da gestão escolar, a opção por continuar o processo de concentração em mega-agrupamentos cada vez maiores leva a que os centros de decisão, mesmo a nível local, se concentrem cada vez mais, tanto do ponto de vista administrativo como do ponto de vista pedagógico. A junção de escolas de diferentes níveis de ensino numa articulação vertical tem as suas vantagens, mas essas entram em colapso quando se força a junção de estabelecimentos de ensino com práticas e projectos diversos, com culturas de escola conflituantes, forçando a homogeneização do que era diverso e impondo um modelo único de gestão em que a direcção, o conselho pedagógico, o conselho geral e até os cargos de chefia intermédia como as coordenações de departamento estão cada vez mais distantes daqueles que devem acompanhar, orientar ou supervisionar. A concentração de cargos para mera poupança das horas de redução que lhes são atribuídas é profundamente negativa para práticas profissionais de trabalho conjunto e para a tomada de decisões de forma solidária e não hierárquica, sendo que a hierarquia é definida por nomeação e imposição e não por reconhecimento e aceitação pelos pares.
Se fosse poeta
passava os dias
a escrever poesia
de cada vez
cinco ou dez
poemas
e depois, então, dormia.
Que interessa a vida
sem poesia?
Hoje mesmo vi um homem
seriam umas dez da manhã
ir à sua mercearia
debruçava-se sem afã
sobre o primeiro lixo do dia
mesmo em frente ao talho
onde outros se aviam.
Digam-me agora, se podem
como aguentar a miséria,
a pobreza e a indiferença
dos políticos a letargia
sem amor à poesia?
Se fosse poeta escrevia,
escrevia, escrevia, escrevia,
uns dez poemas por dia
e depois
só depois,
então, dormia.
bja
Até quando teremos que pagar as dívidas de bandidos? Depois dizem que estamos assim porque o povo comeu muitos bifes e tem o topete de querer morar numa casa...
A investigadora defende que os portugueses pagam os direitos sociais nos impostos e que parte desse dinheiro é desviado
(...)
Fala de um processo de globalização. No seu entender ele é positivo ou negativo?
O processo de globalização que vivemos é um processo de globalização imperialista. Era bom que recuperássemos a esse respeito este conceito que os cientistas sociais têm tido medo de usar. Embora recentemente nas discussões de instituições internacionais como a OIT (Organização Internacional do Trabalho) haja alguns autores que recuperam estes conceitos. É óbvio que esta globalização nos trouxe coisa de que nós gostamos: conhecer os outros povos, a sua cultura, a sua comida, consumir os seus produtos, etc. Isto tem sido feito através de um processo muito desigual e que vai produzindo desigualdades. Ao mesmo tempo que aos trabalhadores chineses é entregue uma guia para trabalhar 16 horas por dia por dois dólares, sem que se lhes permita levar a família e sem assistência social – estou a citar números oficiais usados por um historiador chinês –, temos um dos maiores processos de acumulação de capital nos Estados Unidos devido a esta divisão de trabalho que torna a China a fábrica do mundo. Esta desigualdade não é aceitável. Estou convencida que um dos grande objectivos do programa da troika é aproximar-nos da China. O capitalismo chinês tem um problema imenso que deriva de viver da exploração da mais-valia absoluta, o que significa que um trabalhador chinês dá mais--valia devido ao aumento da exploração do trabalho. Para isso é necessário manter o elevado número de horas da jornada de trabalho. Enquanto um trabalhador americano rende pela mais-valia relativa. Ele trabalha meia hora para si e as outras sete horas e meia são para o capital, enquanto um trabalhador chinês é muito menos produtivo. Para acumular o mesmo capital na China é preciso muito mais trabalhadores. A jornada de trabalho é maior por causa disso. Com um aumento de salário na China de 10% deixa de compensar as empresas estrangeiras estarem lá. Esse aumento de salário tem um efeito muito maior na diminuição da acumulação de capital que um mesmo aumento num país com uma grande produtividade. Nos últimos anos tem havido aumentos salariais na China fruto das greves. É possível que a burguesia europeia pense que a forma de resolver esta crise é tentar fazer uma China aqui perto, contornando os problemas que têm tido no processo de acumulação chinês.
Isso significa o quê?
Diminuir o nível salarial dos trabalhadores europeus e reindustrializar a Europa. Quando a chanceler Angela Merkel falou na hipótese de reindustrializar Portugal era isso que estava a propor. Por um lado, a utilização dos países do Sul da Europa como uma espécie de nova China, por outro o roubo de cérebros e licenciados para os países do centro da Europa e a Alemanha.
Mas essa deslocação não enfrenta alguns constrangimentos, nomeadamente os linguísticos, que impedem essa flexibilidade do mercado de trabalho em termos europeus?
Nós temos hoje um milhão e trezentos mil licenciados em Portugal, e a mão- -de-obra na Europa é altamente qualificada. É tão proletarizada como era nas fábricas. Neste momento um investigador em Portugal ganha muito menos que um operário alemão. É um novo proletariado qualificado. É mais produtivo que o tradicional. O que eu faço hoje com um computador exigia há poucos anos dezenas de pessoas. Todo o processo de Bolonha visou criar as condições para a deslocação na Europa desta nova mão- -de-obra extraordinariamente produtiva. Cada vez mais a língua é o inglês, há cada vez mais empresas que não trabalham na sua língua nacional. Estão-se a criar condições para ter um mercado de trabalho à escala continental. É por isso que a nossa precarização vai ser o enterro dos direitos sociais dos trabalhadores alemães. O que se prepara é que de hoje para amanhã os trabalhadores qualificados do Sul ocupem por um salário muito mais baixo o lugar de um trabalhador alemão. É este o objectivo da política da troika.
Do Ártico a desaparecer, literalmente. Como é que os políticos de países supostamente 'avançados' na consciência dos problemas globais -EUA, Canadá, etc- continuam a virar costas ao problema como se não habitássemos todos o mesmo planeta e como se as suas decisões só a si mesmos dissessem respeito?
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