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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O FMI disse-me que se livraram dele [António Borges] porque não estava à altura do trabalho e agora chego a Lisboa e descubro que está à frente do processo de privatização. Há perguntas que têm de ser feitas”, defende o correspondente financeiro do “Le Monde” em Londres, em entrevista à Renascença.
Marc Roche é o autor de um livro, já premiado, que conta a história da Goldman Sachs e de como este banco dirige o mundo. Na obra são denunciadas as estreitas relações entre a banca e o poder. O correspondente diz que António Borges, ex-quadro da Goldman Sachs e ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, surge neste tabuleiro como um peixe pequeno, mas que levanta sérias reservas tendo em conta a tarefa que tem agora em mãos.
Acho piada ao facebook. Não que eu seja activa. Pelo contrário, sou muito mais passiva. Leio muito e posto pouco. Mas aquilo dá jeito. Em primeiro lugar agrega os sites que gosto. Bastou pôr uns 'like' nos sites e agora quando entro no facebook tenho destaques diários dos sites que gosto de visitar todos agregados num sítio só. É como ter um 'cliping' diário, não do Carvalho mas de sites com notícias verdadeiramente interessantes..
Em segundo lugar, uma pessoa não só pode manter contacto com quem está longe de um modo quase diário como encontra lá gente que não via há muito tempo e que de outro modo talvez nunca mais voltasse a ver. Agora mesmo um ex-aluno de há dez anos ou um pouco mais, duma turma que foi especial, veio dar comigo através de outra professora e estivémos um bocadinho a matar saudades. Já combinou um jantar com a outra professora e outros da turma que era a dele. É giro.
Eu vejo mais potencial positivo que negativo nas redes sociais e na internet em geral. É um instrumento de grandes oportunidades.
As representatives of the so-called EU-ECB-IMF troika of international lenders continue their fourth assessment of Portugal’s bailout programme, Moody’s said that perspectives are bright for the country according to the budgetary execution data released last week by the government.
Há pessoas tão pequeninas no trabalho... Mesquinhas. O que fazem é sobretudo fogo de vista sem grande substância mas promovem-se como se fossem extraordinárias e desvalorizam subrepticiamente o trabalho de outros que são o oposto para que ninguém as ofusque. E uma pessoa assiste a isto e percebe as intenções que se escondem como se elas estivessem pregadas na testa à vista de todos. E não dizemos nada porque o assunto não nos diz minimamente respeito mas incomoda muito e fica-se com um desprezo por essas pessoas difícil de retroverter. Como é que se 'des-vê' o que se viu, 'des-percebe' o que se percebeu...?
"Friendship makes prosperity more shining and lessens adversity by dividing and sharing it."
Cicero, 44 B.C.
O Slash voltou a tocar com gozo :)
kimberly applegate
Em declarações ao PÚBLICO, Filipe Coelho salienta que a relação do aumento do número de horas com a diminuição do bem-estar é “igual para toda a gente, mas para as mulheres é mais negativo, pois têm conjugar o trabalho pago com o trabalho em casa e muitas vezes a maternidade”.
Diversos estudos salientavam já que o aumento do número de horas de trabalho está associado a “cansaço físico e mental, estilos de vida menos saudáveis, acidentes no trabalho, stress e, por vezes, má produtividade, além de tornar mais difícil o equilíbrio entre trabalho e família”, conclui.
Tudo isto é sabido mas, no entanto, continua-se a aumentar o horário de trabalho das pessoas até à exaustão e a dizer qua a improdutividade se deve aos feriados e poucas horas de trabalho...
...que começo a embirrar com a cara do nosso ministro.Acho uma cara fechada de quem sabe o mal que anda a fazer mas vai em frente. Não consigo olhar.
Este é o título de um artigo de hoje no Público a propósito do livro da Isabel do Carmo acerca do Partido Revolucionário do Proletariado – Brigadas Revolucionárias (PRP-BR).
A meio do artigo faz-se a ligação entre estas brigadas e o feminismo e usam-se frases como, 'as mulheres que ousaram pôr bombas como os homens'.
Acho todo o artigo duma tristeza imensa. Uma coisa é o interesse pela história, nomeadamente revelada por alguém que a viveu por dentro e terá muito para contar. De resto, a Isabel do Carmo foi julgada e hoje em dia vive uma vida não violenta.
Agora, outra coisa muito diferente é fazer uma espécie de apologia da luta armada -hoje chamamos-lhe terrorismo- e, sobretudo, associá-la à defesa da igualdade de direitos de homens e mulheres.
Como se pôr bombas fosse um feito heróico, só por tradicionalmente ser uma ocupação masculina. Mas que ideia tão triste!
Uma pessoa até percebe que no contexto da época se deixassem influenciar pelos discursos que então fervilhavam de resistência, luta contra o fascismo e os lacaios do capitalismo e isso (agora é que eles são aos milhões, mas enfim...). Só que, já passaram muitos anos, já não estamos no mesmo contexto de modo que torna-se incompreensível esta apologia da violência e este elogio das mulheres terroristas.
Até percebo quem defende que o terrorismo, como dizia o Sartre, é a úncia arma do povo oprimido. Mas defendê-lo como um avanço nos direitos das mulheres? Francamente! Passaram-se!
Então se os terroristas forem homens é mau mas se forem mulheres é giro, ousado, tipo romântico?
Aditamento tardio: o livro não é da Isabel do Carmo mas da Isabel Lindim, como se pode perceber lendo o artigo.
O Roberto Patinsão está em Portugal.
E ai do professor que não esteja plenamente consciente desse facto: passa-lhe completamente ao lado o motivo de tanto burburinho.
As pessoas que têm boa disposição, energia, vontade, inteligência e espírito mas, apesar disso, têm uma má vida ou muito difícil porque tudo quanto é má sorte lhes acontece. É o maior contra-argumento da filosofia existencialista.
Há duas semanas que não leio nada. Nada. Só testes e trabalhos, textos para a escola e artigos de jornais e revistas.
Christine Lagarde causou polémica ao dizer que os gregos deviam pagar os seus impostos, mas a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) tem um salário de 372.300 mil euros por ano, a que se juntam outros 66.640 mil de despesas de representação, totalmente livres de impostos, diz o jornal inglês "The Guardian".
Acabo de ler que esta biografia do Pessoa que saiu há pouco tempo conclui, entre outras coisas, que o Pessoa, afinal, não tinha imaginação. E isto porquê? Porque as coisas, sítios e objectos de que fala existiram mesmo, não foram inventadas. Por exemplo, a tabacaria da Tabacaria existia mesmo. ??? E então??
Vamos lá pensar um pouco. A tabacaria da Tabacaria não é uma tabacaria, é um símbolo que contrasta, na sua concretude, com a angústia da existência que se desvela na reflexão introspectiva. Tal como a rapariga que se lambúza com os chocolates (e que se calhar foi mesmo vista) e ainda não se interroga sobre o sentido da sua existência. O próprio Álvaro de Campos da Tabacaria não é apenas um eu no seu sofrimento subjectivo imerso em crise existencial: não, ele é toda a Humanidade na luta por se construir existente e dar sentido à finitude.
Quer dizer, o Byron viajou pela Europa para arranjar inspiração, o Hemingway fez caçadas, foi para a guerra para que a vida vivida intensamente lhe desse alimento para a escrita. A maior parte dos poetas, pintores, escultores e outros artistas lutam toda a vida para terem inspiração e buscam, nas viagens ou até na droga alimento para a sua inspiração e é o Pessoa quem não tem imaginação? Pois ao Pessoa bastava-lhe sair de casa e passar pela tabacaria do bairro, ou olhar para os pássaros enquanto estava no café, ou para o Tejo desde o Paço ou, até, nem sequer sair de casa e divertir-se a olhar para as volutas do cigarro. Tudo era motivo e pretexto de escrita, tal era o veio de criatividade que o indivíduo tinha. Qualquer coisa e tudo o inspirava. As coisas, para outros, banais, eram para ele simbolo de qualquer coisa que vivia por dentro e transbordava para o papel. Nada era o que é, tudo era alguma coisa com um sentido e um propósito poético. E este senhor diz que ele não tem imaginação?
Eu, pessoalmente, quando penso no Pessoa vejo um indivíduo que vivia em carne viva.
Não admira que hajam apenas três biografias dele. É que o mais interessante do Pessoa não foi a vida exterior na rotina do escritório, ou até os amores com a Ofélia (tinha que ter este nome...) mas a vida interior, a turbulência que se passava no seu interior.
O Pessoa não tinha imaginação? Não inventou nada? O homem iluminou os estados de alma mais recônditos do ser que somos, traduziu-os em palavras e deu-nos como espelhos para que nos possamos reconhecer.
Não tinha o quê?
Em Janeiro o governo anunciou que ia reduzir o “Estado paralelo”. Fixou prazos e ameaçou.
Fundações e PPPs são intocáveis. Já os salários e os subsídios até se tiram antes do prazo.O apoio à cultura? Nicles. Educação? Corta e despede. Centros de Saúde? Fecha. Fundações? Ah, nisso não se toca porque são muito importantes para cumprir a promessa eleitoral de reduzir despesas em vez de esmifrar as pessoas.
Na óptica do primiero ministro a fome será uma oportunidade para as pessoas se santificarem pelo jejum?
Esta política mete nojo. Esta é a realidade independentemente das desculpas que o ministro vier agora apresentar.
No 'i' de hoje, em destaque de primeira página (net) um artigo intitulado, 'Vale a pena apostar no ensino privado em tempos de crise', não aborda minimamente o assunto, antes trata de fazer publicidade ao colégio Saint Dominic’s. Desde as condições, às propinas, aos acordos e por aí fora. Uma página inteira como se fosse um artigo de opinião objectiva. Uma vergonha. Já vale tudo?
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