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Coisas que me podiam ter dito aos 18 anos

por beatriz j a, em 31.03.12

 

 

 

 

1. Não corras senão quando dás por ti já estás a meio do caminho e não apreciaste nada.

 

2. Cuida bem dos dentes. Poupas muito sofrimento e dinheiro.

 

3. Procura dar-te com pessoas que te desafiam.

 

3. Faz jejum de vez em quando, só para provares a ti própria que és capaz.

 

4. Diversifica os interesses para encheres a tua vida de sentido e prazer.

 

5. Sonha acordado. É aí que se projecta o futuro.

 

6. Trata os amigos como porcelana. São poucos, não os queres quebrados.

 

7. Quando os instintos te falam alto e forte, segue-os.

 

8. Pratica a justiça. Torna-se um hábito.

 

9. Come doces. Ou outra coisa que gostes. São um dos prazeres da vida.

 

10. Cultiva o gosto pela arte. Eleva a vida, consola a alma.

 

11. Se odeias o trabalho despede-te e muda. É no trabalho que passas quase toda a tua vida.

 

12. Aprende a gostar do que fazes fazendo-o com convicção.

 

13. Pensa na Natureza como um espaço comum. Trata bem da divisão que te coube. Depois de partires alguém a ocupará.

 

14. Pratica o riso. Rejuvenesce.

 

15. Lê livros. Biografias de pessoas interessantes e inteligentes. É como ter acesso aos conselhos dos melhores.

 

16. Olha à tua volta. Há muita coisa interessante para aprender.

 

17. Não te incomodes se te sentires estúpida de vez em quando. É bom sinal. Quer dizer que te vigias.

 

18. Ama os filhos. És a pessoa mais importante para eles no período mais vulnerável da vida deles.

 

19. Evita a violência. Contribuis para a melhoria da Humanidade.

 

20. Conhece-te a ti mesmo. És a melhor fonte de conhecimento dos outros.

 

21. Ri-te de ti própria. Não te leves muito a sério.

 

22. Não deixes que te pisem enquanto estiveres deste lado da relva.

 

23. Patrica o tetrapharmakos epicurista.

 

24. Não acredites em tudo o que te dizem, em tudo o que vês ou ouves. O mundo é enganador.

 

25. Usa a imaginação. Expande o teu mundo.

 

26. Leva a sério o que fazes. É o que fica de ti.

 

27. Pratica o prazer. Tempera a vida.

 

28. Sê uma versão mais cool de ti própria.

 

29. Aprende a ouvir.

 

30. Aprende a falar.

 

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publicado às 23:57


Pressupostos

por beatriz j a, em 31.03.12

 

 

 

 

 

entrevista

As mulheres árabes não vão voltar para a cozinha

Se fosse preciso escolher "a" activista tunisina dos direitos humanos, dificilmente alguém se lembraria de outro nome. Souhayr Belhassen nasceu em Gabès, em 1943

 

excerto:

É a Tunísia que vai provar que democracia e islamismo são compatíveis?
Vejamos a Turquia.

Que são compatíveis no mundo árabe.
Também me interrogo. Temos de esperar para ver a evolução na Tunísia. Não podemos comparar-nos com a Turquia, um país laico, que se aproxima da Europa, que não tem pena de morte, não tem poligamia. Faz parte do mundo moderno. Mas a Tunísia é o mundo árabe e isso é mais complicado. Vamos lá chegar? É possível. A Tunísia pode ser surpreendente, tem parte de Oriente e aspectos do Ocidente. Essa mistura pode tornar possível uma modernização do islão, em vez de produzir uma islamização da modernidade.

 

A escolha é entre modernizar o islão ou islamizar a modernidade. Construir uma democracia sem o islão nem sequer é uma hipotética opção.

 

publicado às 21:50


educação...

por beatriz j a, em 31.03.12

 

 

 

 

 

gilbert garcin

 

 

publicado às 20:06


Quando a caliça...

por beatriz j a, em 31.03.12

 

 

 

 

max parish

 

 

Quando a caliça do mundo

se desprende e deixa a nú

a fealdade do fundo

plena-se a mente de um crú

olhar de defunto

que só a arte desmente.

 

bja

 

publicado às 19:45


True :)

por beatriz j a, em 31.03.12

 

 

 

 

inspirational-quotes-6

 

 

publicado às 12:49


stars for breakfast

por beatriz j a, em 31.03.12

 

 

 

 

 

foto

 

publicado às 10:37


Conhecimento e evolução

por beatriz j a, em 30.03.12

 

 

 

 

If you're teaching today what you were teaching five years ago, either the field is dead or you are. (Noam Chomsky)

 

Isto é válido para as ciências que investigam pormenores em profundidade, não para as que estabelecem contextos. Como disse alguém, quando a molécula é demasiado complexa o físico passa-a para o químico; mas se é demasidao complexa para o químico este passa-a para o biólogo, que por sua vez a passa, se a acha demasiado complexa, para o fisiólogo, que finalmente a passa para o historiador ou para o novelista.

Dizendo de outro modo, há ciências do conteúdo de pormenor e há ciências do contexto. As do conteúdo de pormenor movem-se rapidamente se lhes é dado um contexto, as outras são como elefantes que progridem muito lentamente.

É assim que nos últimos dez anos vi evoluir o programa e o manual de Psicologia do 12º ano de tal modo que há conteúdos que já nem consideramos propriamente psicologia que foram substituídos por outros como a neuropsicologia, o estudo da mente ou a psicologia do desenvolvimento. Já na Filosofia a evolução é muito lenta e, embora o programa vá incindindo sobre temas diferentes da filosofia, e usando filósofos diferentes, os conteúdos não são propriamente novos.

 

publicado às 20:00


Van Gogh nasceu neste dia

por beatriz j a, em 30.03.12

 

 

 

 

A matéria traz consigo a permanência das ideias e das pessoas que resistem ao roçar do tempo.

 

 

Pote de chá da autoria de Franz Collection inspirado na pintura 'Irís' de Van Gogh.

 

publicado às 14:16


O carteiro japonês

por beatriz j a, em 30.03.12

 

 

 

 

Do livro, 'Japan Described and Illustrated by the Japanese',  um livro que no final do século XIX reuniu fotogradias e ilustrações de japoneses sobre a sua própria cultura. Neste caso trata-se da fotografia de um carteiro, tal como costumava ser visto - embora, à data da publicação do livro talvez já não andassem assim. Leva ao ombro um pau de bambo onde está atado o correio.

 

 

 

 

publicado às 11:27


Neste dia

por beatriz j a, em 30.03.12

 

 

 

 

 

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publicado às 09:35


Paradise theme

por beatriz j a, em 29.03.12

 

 

 

 

Música triste, comovente e romântica, tudo ao mesmo tempo. Nostálgica. Bela.

 

 

 

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publicado às 22:50


Dança japonesa

por beatriz j a, em 29.03.12

 

 

 

 

Tamasaburo "Sagi Musume" 坂東玉三郎 「鷺娘」 - last section 

A dança é linda e ninguém acreditaria ser um homem a dançar. Ao vê-la percebemos uma rapariga a lutar contra um sofrimento intolerável, até à morte. Um narrador explica-nos que ela foi traída no amor e que como castigo de ter-se assim apegado a um amor terreno vai parar ao inferno onde é atormentada por demónios.

Nunca veria uma dimensão religiosa na dança. Interessante como os signos das culturas diferem tanto.

Vejo isto como uma metáfora do sofrimento infernal e insano que resulta dum coração quebrado/traído/abandonado.

 

 

publicado às 20:27


Tropecei nisto... e gostei

por beatriz j a, em 29.03.12

 

 

 

 

 

publicado às 18:55


Sugestões

por beatriz j a, em 29.03.12

 

 

 

 

... de tatuagens para o Papa :)

 

 

 

publicado às 18:52


Férias :)

por beatriz j a, em 29.03.12

 

 

 

 

Tenho tempo, fui almoçar com um amigo que não via há um certo tempo. Às vezes estamos um tempo sem ver as pessoas e não faz grande diferença porque não se passou nada de especial na vida delas, outras vezes parece que são outras pessoas de tal modo se modificaram porque quinhentas coisas se passaram na vida delas. Bem, falamos durante duas ou três horas sem parar e ficamos com a sensação de ter ficado muito por dizer.

Fiquei a saber que uma outra pessoa conhecida, que está a finalizar o mestrado dum curso de Humanidades que acabou com distinção e que foi contratada para trabalhar num sítio onde lhe reconheceram imediatamente o valor (o que se percebe pelo facto de começarem logo a dar-lhe trabalho com alguma responsabilidade), vai estar, pelo menos durante 4 meses sem receber... é que nem lhe pagam as despesas de deslocação! E porquê? Porque podem! Porque há muito desemprego entre os jovens e podem explorar assim as pessoas. É revoltante.

 

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publicado às 15:52


redundâncias

por beatriz j a, em 29.03.12

 

 

 

 

 

vida - selvagem

 

 

Nick Brandt

 

publicado às 08:30


Just beautiful

por beatriz j a, em 28.03.12

 

 

 

 

The Last Station soundtrack by Sergey Yevtushenko. Great film, beautiful music.

The last days of Tolstoi with his wife. Russia before red october when all the utopias were on the loose.

 

 

publicado às 23:46


Do Dicionário dos Nomes Estranhos

por beatriz j a, em 28.03.12

 

 

 

 

Ava Gina (em homenagem a Ava Gardner e Gina Lolobrigida)

 

Chevrolet da Silva Ford (afinidades estranhas?)

 

Hypotenusa Pereira (lindo!)

 

Ilegível Inilegível (uma questão de lógica...lol)

 

Gerunda Gerundina Pif Paf (brincando?)

 

Himineu Casamenticio das Dores Conjugais (não acredito neste... deve ser tanga...lol)

 

Manolo Porras y Porras (é caso para dizer.... porra!)

 

Produto do Amor de Mariana e Maribel (what? Isto é estúpido demais para ter sido inventado!)

 

Vivelinda Cabrita (ooops...)

 

publicado às 14:37


Nunca tinha reparado

por beatriz j a, em 28.03.12

 

 

 

 

Argentina - argentea... quer dizer que Argentina significa algo como a 'terra da prata'?

 

publicado às 14:34


'Culturomics'

por beatriz j a, em 28.03.12

 

 

 

 

É um novo campo científico que está a aparecer e consiste na aplicação de 'data-crunching' a campos normalmente das ciências humanas. Por exemplo, analisaram informaticamente o conteúdo de 5 milhões de livros do Google Books e 'descobriram' que há mais palavras na Língua Inglesa do que se pensava: cerca de 1 milhão, quando o dicionário que tem mais entradas se fica pelas cerca de 350.000; descobriram também que as palavras 'morrem', hoje em dia, mais rapidamente que dantes - há um século poderiam caiam em desudo ao fim de 40 anos, agora em apenas uma década.

Como dizem os próprios indivíduos do artigo (li isto num artigo), a rapidez com que as palavras caem em desudo pode dever-se ao mero facto de apenas não estarem em uso no Google Books porque, como sabemos, os livros antigos, são mais difíceis de digitalizar.

Em segundo lugar, digo eu, os dicionários de Língua Materna não contêm a maior parte do jargão específico das ciências, das profissões, das artes, hobbies, etc., de modo que é normal que o Google Books tenha mais palavras que um dicionário de Língua Inglesa.

Finalmente, o que me irrita é esta tendência evolucionista da moda assumir que medir as coisas, ou melhor, ter dados métricos das coisas, equivale a compreendê-las. O que não é verdade. Em última análise, defendem o fim das humanidades pela via da medição de toda a realidade. O que é abusivo porque as regularidades e os padrões que se observam com os números requerem interpretação, não valem por si.

Estas tendências evolucionistas que pretendem prescindir das Humanidades com o argumento de que a ciência por si só é suficiente, em virtude da superioridade objectiva da matemática, para dar conta de todos os problemas do real, faz-me sempre lembrar o teocentrismo medieval.

 

publicado às 14:06

Pág. 1/10



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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