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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
gregory kurasov
Está um tipo (um tal José Bento dos Santos) na SIC notícias a defender que o ministro da educação deve pôr os professores a ensinar os alunos que os produtos alimentares portugueses são bons e sabem bem. E diz o Mário Crespo, 'mas as cozinhas das escolas estão cheias de fritos e gorduras saturadas'. Responde o indivíduo, 'Há que ver que estamos em dificuldades, e depois, os alunos têm sempre um fruta, uma sopa'...incrível. Pois os alunos devem aprender a gostar dos produtos portugueses mas... contentar-se com uma sopinha e fritos...
Diz ele que o peixe português custa uma fortuna e todo o mundo o quer. É o peixe, são os legumes, a carne...pois...é por isso que os alunos vão ao MacDonalds...
Quando as pessoas certas saem da nossa vida coisas erradas acontecem...
sandra bierman
Toda a força bem direcionada pode ser uma força de mudança, por mais pequeno que seja o seu poder inicial. Neste vídeo que roubei ao Galrinho via FB vê-se que a realidade é muitas vezes contra-intuitiva. Por isso, o otimismo é possível, mesmo quando os contextos são extremamente negativos e poderosos.
Um homem, de 50 anos, residente na Chamusca, que ao longo de quatro anos espancou a mulher, obrigando--a a dar-lhe o dinheiro que ganhava e a dormir ao relento, na tentativa de escapar à violência, foi condenado a dois anos e quatro meses de cadeia, suspensa, pelo Tribunal da Golegã.
A pena deixou satisfeito o seu advogado, Domingos Mota Vieira.
Não havia o advogado de ficar satisfeito? Quatro anos a espancar e a roubar a mulher e é condenado a....levar um raspanete e ir embora à sua vidinha de violência. Aqui quem é condenada é a mulher que, depois de ter sido agredida e roubada durante quatro anos vê o agressor ir para casa na boa.
Grande mensagem que se envia a todos os tipos que andam para aí a aterrorizar diariamente as mulheres, às vezes até à morte. O terrorismo, se for de muçulmanos contra cristãos é uma coisa gravíssima! Mas se for de homens contra mulheres é uma coisa apenas doméstica... estes casos deixam-me sempre a pensar se quem julga é o juíz ou o homem por detrás dele...
A um psiquiatra ou a um psicólogo não lhes basta serem tecnicamente bons. Não são como um otorrino que só precisa de saber da mecânica do ouvido e da garganta ou como o cardiologista que só precisa de saber da mecânica do coração e afins. Estes são técnicos. É certo que têm que ter competências de relações públicas pois atendem doentes e têm, ou devem, criar empatia com eles mas, o essencial do seu trabalho é técnico.
Um psiquiatra ou um psicólogo, no entanto, não podem ser apenas técnicos. Uma vez que todo o tratamento dos doentes se joga na palavra e a na linguagem do labirinto interior da pessoa, têm que ter ferramentas para entrar no universo, isto é, na linguagem, dos pacientes. Para serem bons profissionais têm que ser pessoas cultas, capazes de entrar na linguagem do artista, do engenheiro, do camionista e por aí fora.
É por isso que muitos destes profissionais não são bons. Ou percebem imediatamente o problema da pessoa e receitam-lhe medicamentos para tratamento ou, se é uma doença não imediatamente evidente, se é uma variação de uma outra doença difícil de detetar ou se é uma doença sem outro tratamento que não a linguagem, revelam-se muito incompetentes, porque, penso, não são capazes de chegar ao interior da pessoa: falta-lhes a linguagem que permite entrar no universo da pessoa.
Talvez por isso os psiquiatras tenham tendência para receitar medicamentos sem mesmo falar com a pessoa e os psicólogos tenham a tendência para diagnosticar as pessoas com a última doença da moda: ontem era a depressão hoje é a outra coisa qualquer, ontem era a hiperatividade hoje é a disléxia... despacham as pessoas com uma conversa inútil, como dizer a alguém que está num estado suicida, 'Vá arranjar um objetivo de vida'(?) que é justamente o que as pessoas não são capazes de fazer e razão pela qual estão naquele estado...
Ultimamente tenho contactado, indiretamente, com psicólogos e psiquiatras daqueles muito reputados e muitíssimo caros e tenho ficado estupefacta com a atitude 'blazé' dos indivíduos que despacham as pessoas com uma incompetência que me parece derivar, sobretudo, duma falta de cultura que possibilite abranger vários universos de linguagem.
A psicologia e a psiquiatria são ciências extremamente importantes porque permitem aliviar o sofrimento das pessoas que sofrem de patologias e daquelas a quem faltam recursos interiores para lutarem contra o peso e as contrariedades da vida. É uma pena, por isso, que os psicólogos e psiquiatras não tenham uma formação mais cuidada.
Roy Chapman Andrews (26/1/1884 - 11/3/1960) foi um naturalista, zoólogo, cientista, explorador e escritor americano. Fez uma viagem de exploração ao Alasca em 1908. Em 1911-12 explorou o norte da Coreia. Ensinou a si próprio taxidermia, especializou-se no estudo das baleias e outros animais aquáticos, mas foi a descoberta dos primeiros ovos fósseis de dinossauros que lhe trouxe maior fama. Foi um dos melhores e mais valiosos exploradores do Museu de História Natural de Nova Iorque.
Segundo consta é nele que se baseia a personagem do Indiana Jones.
O Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros os diplomas de um novo e mais simples modelo de avaliação de professores, bem como a sua adaptação ao estatuto da carreira docente.
Os ciclos de avaliação passam a ter quatro anos, coincidindo com os escalões da carreira (a excepção é o 5º escalão, que tem apenas dois anos); as quotas para aceder às classificações mais elevadas mantêm-se;
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, afirmou ontem que com ciclos de avaliação maiores haverá "maior tranquilidade" na vida das escolas.
Quer dizer, dantes havia oito escalões e cada ciclo de avaliação com progressão durava três anos (com uma ou outra exceção) o que significa que toda a gente, desde que tivesse boa avaliação e trabalhasse os anos necessários, poderia chegar ao topo da carreira; agora há dez escalões e cada ciclo dura quatro anos o que significa que mesmo que não houvesse quotas e mesmo que se tivesse sempre boa avaliação e se cumprisse todos os anos, ninguém ou quase ninguém poderá chegar ao topo da carreira por impossibilidade cronológica. E, face a esta evidência, o que diz o ministro? Que o mérito dos ciclos de quatro anos é o de levar tranquilidade às escolas... isto eu chamo gozar com a nossa cara...
Que tenha sido absolvido da violação é uma decisão que envergonha a justiça portuguesa mas ao menos a Ordem compreende a falha ética grave que um comportamento destes representa e a incompatibilidade com o exercício duma profissão que assenta na confiança entre o médico e o paciente.
Dante e Virgílio no primeiro círculo do Inferno conversando com filósofos gregos entre os quais Platão, Sócrates, Heraclito e Empédocles que, embora virtuosos, são condenados ao Limbo porque não foram batizados (por Gustave Doré).
A mim preocupa-me o destino dos clássicos. Acredito com profunda convicção que o saber e a sabedoria são intemporais ou, melhor dizendo, supra-temporais e que, em todas as épocas existem pessoas cujo pensamento e obra se mantêm válidos e tão importantes como quando eram vivos.
Vejo a História como uma colaboração entre pessoas para o bem comum onde os melhores deles são uma referência para qualquer época. Qual seria o sentido de progredir no saber, de estudar, de investigar e produzir obra de grande valor se depois os descendentes as deitassem para o lixo como se nada valessem? É como se Vivaldi ou Mozart perdessem a validade pelo facto de já se terem 'inventado' outros estilos completamente diferentes. O que se ganha com a música de Mozart não é substituível com os novos estilos de música. Estes convocam outras emoções, igualmente válidas, mas não subsituem o valor das outras antigas.
É por isso que me preocupa o destino dos clássicos. Estamos a entrar numa época de desprezo pela cultura e racionalidade, de desprezo pela liberdade e autonomia do pensar. Como se as invenções contemporâneas tornassem caducas as ideias dos antepassados. Já hoje se despreza o estudo das Humanidades; amanhã, como será? Entender-se-à como desperdício o investimento na formação de especialistas que possam ler, traduzir e interpretar os autores gregos, latinos clássicos e outros? Como é que alguém como eu que não lê as línguas 'mortas' poderá, no futuro, ler e aprender com a sabedoria dos clássicos?
Preocupa-me o fim duma civilização iluminada, livre, autónoma e otimista que não despreze o passado, antes o aproveite para se melhorar.
Cada um tem a sua pancada. Eu tenho esta dos dicionários - entre outras... Hoje deu-me paa contar os dicionários que tenho. São 72: desde dicionários de línguas, termos militares, de arte, de épocas históricas, de religiões, de santos e igrejas, de dialétos, de revoluções...até tenho o Dicionário do Diabo. O mais estranho que tenho é Dicionário de Vozes de Animais e o mais recente é o do Camões.
Se alguém tiver um dicionário a mais que não queira ou souber de um dicionário interessante algures à venda...eu estou sempre interessada.
Mice are far more sentient than we thought. They sing complex, personalised love songs to each other that get more complex over time. Singing of any kind is a rare behaviour among mammals, previously known only to occur in whales, bats and humans.
Previously it was shown that male mice, when they encounter female mice or their pheromones, emit ultrasonic vocalizations with frequencies ranging over 30–110 kHz. Here, we show that these vocalizations have the characteristics of song, consisting of several different syllable types, whose temporal sequencing includes the utterance of repeated phrases. Individual males produce songs with characteristic syllabic and temporal structure. This study provides a quantitative initial description of male mouse songs, and opens the possibility of studying song production and perception in an established genetic model organism.
(é claro que, se estas canções são padrões genéticos determinados não deveriam chamar-se 'canções de amor', sob pena das 'canções de amor' humanas perderem o fator de liberdade que as torna humanas ou, termos que passar a ver o ser humano numa lógica estritamente mecânico-evolucionista, perspetiva que repugna à razão educada.)
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