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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Primeiro dia. Este ano adivinha-se péssimo: um ano inteiro a dar aulas nos contentores -no ano passado fomos para lá depois das chuvas de Inverno- no meio da obra, sem casas de banho, provavelmente com mais alunos nas turmas, com os salários congelados...
Os professores servem para muita coisa e são usados conforme interessa.
Quanto ao Ensino Pré-Escolar, Básico e Secundário, em matérias relacionadas com questões curriculares e de qualificação será apresentado um conjunto de medidas com impacto significativo na redução da despesa pública – em particular, ao nível da necessidade de contratação de recursos humanos –, de entre as quais merecem referência especial as seguintes:
Rever os projectos e planos para a promoção do sucesso escolar e aumentar o número de alunos por turma. Quer dizer, sacrifica-se justamente aquilo que é o futuro: as pessoas que hão-de trabalhar e construir o Portugal do futuro. Não entendeo estas visões medíocres e pequeninas dos problemas. Afinal estamos a investir em quê? Em assessores?
(fui buscar isto ao blog do Umbigo)
A redução salarial na Função Pública?
Só que já se tinha percebido que o truque era renovar anualmente a não-inconstitucionalidade.
Agora aí está a confirmação na página 40 (42 do pdf) do documento sobre a estratégia orçamental até 2015:
A redução média em 5% dos salários do sector público ocorrida em 2011 irá manter-se em 2012, eventualmente com os aperfeiçoamentos considerados necessários.
Neste caso o Provedor não se pronuncia? Não é por falta de reclamações recebidas…
E ainda falam em 'aperfeiçoamentos necessários'...? Isto está muito mal parado.
Mas as avaliações e evidências e outras tangas continuam a todo o vapor!
O tão anunciado corte histórico eram mais impostos. Impostos, impostos, impostos. Subir os preços de tudo, subir o IVA e subir impostos.
Olha pá...assim...também eu...
Somos o que a nossa memória releva e destaca da nossa vivência. Se nos lembrássemos de outros momentos, outros acontecimentos, outros sentimentos, seríamos uma outra pessoa?
Tenho estado a ver este Sherlock Holmes da BBC, que tem a particularidade de ser passado nos dias de hoje. Alguém adaptou três casos para os dias de hoje. Está muito giro.
Normalmente não sou fã de adaptações em cenários contemporâneos de textos de época como esteve, e ainda está, muito na moda, fazer na ópera, com o pretexto das pessoas não se interessarem por contextos antigos. Não só me parece falso: toda a gente gosta de ver um cenário de época se for bem feito; como me parece importante, pedagogicamente falando, que as pessoas se apercebam que os problemas, os dramas, as situações e, sobretudo, as pessoas e o modo como pensam e resolvem os problemas e reagem às situações são os mesmos em qualquer época.
O que não gosto é da ideia que fica em quem só vê as coisas adaptadas aos tempos que correm que a inteligência, o engenho, a perícia, etc., são coisas que dantes não havia e só agora existem por causa da ciência. O que achava interessante era que percebessem que certo tipo de pessoas, de mentalidades, de inteligências não têm época, embora sejam de uma época, coisa que se percebe muito bem quando vemos filmes ou óperas ou o que seja, no seu contexto original.
Mas enfim, este Sherlock está muito bem conseguido. O próprio é um consultor e o Watson é um médico do exército que serviu no Afeganistão...
Está uma rapariga jornalista na RTPn a fazer uma entrevista muito interessante ao J. L. Peixoto. Uma coisa despretensiosa e inteligente. Nice.
O que me chateia nisto é o facto de pagar caríssimo por um serviço que não uso porque não o consigo ver sem desgosto e, às vezes, repugnância, mesmo. É como se me obrigassem a pagar a renda e as dívidas de uma propriedade onde não consigo entrar de tal modo o ar está empestado... se a RTP prestasse um serviço público de qualidade, parece-me que valeria o esforço, mas como não é o caso e se trata de uma estação com programação, na sua maioria, mediocre e anti-pedagógica, irrita-me ser obrigada a pagar aquilo.
Agora mesmo encontrei uma pessoa amiga que já não via há um par de meses. Disse-me que estou mais magra e com um ar abatido(?). Mau...ar abatido é no fim do ano lectivo, não no início...humm... não sei do que seja... coisas que abatem verdadeiramente já as fiz em julho: relatório da ADD, dizer o que tinha que ser dito a alguns... pois, deve ser do fim das férias.
Uma pessoa devia ter um ano de férias culturais de... digamos... 5 em 5 anos: viajar, ler, olhar para a Natureza, para as paredes, ver espectáculos, atirar-se para uma espreguiçadeira e deixar-se estar uma tarde inteira... I Wish...
Guido Reni
Quando eu me deixar cair
No sonho de adoecer para poder dormir,
Fere-me com a tua lança!
Reaviva em mim a dor, fonte de esperança.
Quando a verdade, que é nua,
Me cegar como um sol, e eu me voltar para onde há lua,
E procurar jardins convencionais e plácidos,
Queima-me com os teus olhos ácidos!
Quando me for mais fácil a verdade do que ter
Um papel de actor qualquer,
Como aos que assim se recreiam,
Faz-me exibir-me bobo ante os que aplaudem ou pateiam.
Quando eu julgar, falando, dizer tudo,
Faz ante mim sorrir teu lábio mudo!
Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
Quando eu tiver medo do Medo
E acender fósforos nos cantos rumorosos de segredo,
Arrasta-me pelos cabelos
Para entre os pesadelos!
Quando, a meio da noite e da ansiedade,
Eu me rojar por terra e te pedir piedade
Não me apareças nem me fales!
Deixa-me só com o meu cálix.
Quando eu te falsificar,
E alugar anjos de serrim em seus braços me embalar,
Derrete o chumbo das casas:
Leva-me no tufão das tuas asas!
Quando eu, enfim, não puder mais
Por tuas próprias mãos belíssimas e leais,
E sem caixões nem mortalhas,
Enterra-me na terra das batalhas.
Quando, depois de morto, a glória
Me levantar o seu jazigo e celebrar minha vitória,
Desvenda os alçapões dos meus escritos
E arranca à terra que me esconde
[os mais secretos dos meus gritos!
José Régio
Passos encostou Júlio Pereira à parede ao pedir inquérito "célere e profundo" ao novo caso.
Esta forma de humilhação pública antecede a sua demissão do SIRP. Mas Júlio Pereira não sairá sozinho. O i sabe que os directores do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e do SIED, respectivamente Antero Luís e José Casimiro Morgado, também vão ser exonerados.
Acho bem. Em primeiro lugar as secretas não existem para promover a vida dos espiões e amigos e em segundo lugar, são todos uns incompetentes: espiões que se deixam apanhar a espiar!!!!???? Uma espécie de camaleões de uma só cor...
eric white
Gostava de ter feito as viagens ao Magreb e ao Médio Oriente no final do século XIX ou até nas primeiras décadas do século XX. Há uma magia muito grande nesses sítios e de cada vez que leio relatos de viagens dessas épocas - como o da Gertrude Bell, o do Lawrence da Arábia ou o do Capitão James Riley, só para dar os exemplos mais impressionantes- vejo essa magia multiplicada por mil.
Não sei bem porquê mas acho que se deve ao facto de que, até à véspera da Segunda Grande Guerra, não só se vivia ainda antes da serpente e da maçã, numa inocência que essa guerra matou, como ainda se tinha os pés na Antiguidade. Quer dizer, o Renascimento da Antiguidade ainda estava muito presente. Havia o ideal da procura do saber guida pela visão inteligente dos clássicos e essas viagens eram acima de tudo uma procura de raízes das coisas. Eram ao mesmo tempo uma viagem no espaço e no tempo. As próprias coisas, monumentos e isso, ainda estavam num estado que considero 'poético'... naquele esplendor da imponência isolada, rodeados de nada, antes da comercialização, das multidões de turistas e da tecnologia.
Cada viagem dessas era uma viagem ao passado. Agora é mais difícil. Por exemplo, fui ao mercado das especiarias na Turquia e todos os vendedores tinham uma máquina para embalar as especiarias no vácuo...
No sul do Egipto e ao longo do Nilo ainda se sente a magia do passado porque os templos estão no deserto e não há nada à volta. A imponência de Abu Simbel ou de Karnak ou até das pirâmides, se as virmos do lado do deserto estão intactas. E há aldeias núbias milenares que continuam tal qual como eram.
Também na Túnisia ainda se sente a magia do Sahara e das grandes dunas. Mas andámos lá de 4x4 com ar condicionado... o que não tem magia nenhuma. Andei de camelo. Fizémos um passeio de umas horas e deu para ter a experiência e a intuição do que é uma viagem dessas naquele cenário absoluto.
Resta imaginar...
Parece que já toda a gente é avaliada.
Uma coisa a que vi referência e não sei o que é, é uma tal 'extensão do projecto docente...?' Não sei que é isto.
Era bom que mexessem nos Coordenadores serem nomeados em vez de eleitos. Isso e um limite de mandatos das pessoas da Direcção. É uma vergonha o que se passa. Estão as escolas pejadas de Albertos Joões Jardins e Nogueiras nas Direcções e Coordenações... uma vergonha que muito prejudica o trabalho e a autonomia dos professores.
Uma dúvida que tenho: o Nogueira está no cargo há mais tempo que o João Jardim ou é da mesma altura? Alguém sabe responder?
...da ADD que baralha e volta a dar tudo no mesmo ponha o braço no ar.
Ex-director-geral foi afastado devido a acusação de violação
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