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despedidas

por beatriz j a, em 25.02.11

 

 

 

 

Hoje é dia de despedida da escola como está. Ontem já me despedi de algumas salas e vistas. Segunda passamos a entrar pelo portão do campo de jogos, que fica no extremo oposto deste, onde estão os contentores. Os contentores só têm quadros brancos. Ontem as canetas já estavam esgotadas. Diz-se que o quadro da escola não aguenta o ar condicionado dos contentores. Espero que seja só boato porque senão vamos morrer ali no verão...

 

publicado às 08:17


games

por beatriz j a, em 25.02.11

 

 

 

jacques poirier

 

 

strange games pull me in

stupidity drives me out

 

publicado às 07:45


the sea in a rope

por beatriz j a, em 25.02.11

 

 

 

brian McCarthy

 

 

publicado às 07:23


sobre o teste intermédio de filosofia

por beatriz j a, em 24.02.11

 

 

 

* Testa, em Fevereiro, a matéria, praticamente do ano todo: estamos longe de a ter já dado;

* Tem questões de resposta obrigatória sobre autores não obrigatórios;

* Tem um grupo de questões de escolha múltipla que, embora fáceis, desvirtuam o propósito da filosofia;

* Tem critérios de correcção anti-filosóficos na medida em que, em vez de promoverem a autonomia do pensar, o alargamento de horizontes, a criatividade e a ruptura com o comum, fazem o contrário: promovem a normalização, que confundem com objectividade.

A Filosofia, diferentemente da Matemática ou da Biologia, não é uma ciência de respostas únicas e fechadas. Pelo contrário. Estes critérios de correcção fazem dos professores bonecos acéfalos.

Para dar um exemplo, imagine-se que o exame tinha uma questão em que se pedia aos alunos para produzirem um texto sobre a importância, no âmbito da Estética filosófica, do artista saber olhar o mundo, etc. Agora suponhamos que o aluno era o Fernando Pessoa e respondia com aquele poema que começa assim:

 

Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...

 

Bem, seria a resposta ideal e perfeita porque não apenas mostraria que o aluno compreendeu absolutamente a importância do olhar 'despido' como ainda por cima faria uma criação estética para o demonstrar. Pois...só que com estes descritores estaria errado e levaria zero, porque os descritores não têm lugar para os excelentes alunos, nem sequer os bons, só os que papagueiam argumentos decorados. Como também não tem lugar para professores que pensam e ajuízam: não senhor, o professor só teria que contar se o aluno utilizou esta e aquela palavra ou este e aquele argumento. Se utilizou tem 5, ou 10 ou seja o que for; se não utilizou, tem 0.

Ora, isto não é objectividade, é ignorância acerca da própria questão da objectividade nas várias ciências, é submissão redutora (portanto anti-filosófica) ao método das ciências matemáticas e experimentais. É uma asneira monumental que contraria o propósito da Filosofia e do seu ensino nas escolas. O intuito da Filosofia é problematizador não é confinador. A Filosofia é ponto de interrogação e não ponto final ou exclamação.

 

Aliás, eu sou contra os testes intermédios na Filosofia, que dos outros não falo. São um absurdo que contribui para o insucesso dos alunos e retiram autonomia ao professor. Não passam de meios de controlo do ME que não confia que os professores façam o seu trabalho. Mas sobre esta questão não falo agora que estou com pressa. Fica para logo, ou amanhã.

 

publicado às 08:37


os olhos do artista

por beatriz j a, em 23.02.11

 

 

 

 

publicado às 06:28

 

 

 

Louçã critica contratação de 8 directores na REN

O BE tem-se oposto à privatização desta empresa, muito em especial, é uma empresa que dá lucro e a sua privatização quer dizer maior prejuízo para o Estado, maior défice para o Estado, mas chamamos também a atenção para a forma como os cortes salariais estão a ser feitos, nesta empresa foram admitidos oito novos diretores, num dos casos com um salário acima de 8 mil euros por mês, já em fevereiro, quando já estão em vigor os cortes salariais para tantos trabalhadores", disse.

 

É por estas coisas que a despesa está a aumentar em vez de diminuir, apesar de cada vez contribuirmos mais com receita para os cofres do Estado. 

 


publicado às 19:58


esta notícia achei interessante...

por beatriz j a, em 22.02.11

 

 

 

Carvalhas: habitantes fazem vigília para impedir entrega de criança ao pai

 

 Tribunal de Barcelos deu a guarda da menor ao progenitor, mas os habitantes da freguesia de Carvalhas não querem facilitar a entrega da menina, por suspeitarem que é "vítima de abuso sexual".

 

Um grupo de cidadãos agiu, de modo pacífico e ordeiro, em defesa de uma criança. Dantes as pessoas fechavam os olhos e nunca se metiam, agora há quem tenha desenvolvido uma consciência cívica e, mais ainda, uma consciência de dever de intervenção, porque em certas situações, não agir é compactuar.

Se esta consciência existisse a nível mundial nunca os países assistiriam impávidos e serenos aos horrores que certos líderes infundem nos seus povos.

Eu sei muito bem que as relações internacionais são complicadas e delicadas mas há valores, universais, que têm primazia sobre as culturas locais, e que foram assumidos na Carta dos Direitos Humanos. Com essa Carta na mão todos os povos deveriam ter a iniciativa que tiveram aqueles habitantes da aldeia, de cada vez que suspeitassem que no país do lado andassem a abusar das pessoas. É claro que teriam primeiro de dar o exemplo e ser um modelo de respeito pelos tais direitos...

 


publicado às 16:35


muito sinceramente...

por beatriz j a, em 22.02.11

 

 

 

...não vejo grande mérito na acção de fazer greve às horas extra ou entregar queixas ao Director sobre a redução de salários. No primeiro caso, não tem grande impacto, no segundo ainda menos porque não está na mão dele essa decisão. Conta como acção simbólica, como aquela iniciativa de mandar postais para Assembleia. Só que a mim sabe-me a pouco, porque há anos que os sindicatos andam metidos em reuniões com o ME e só saem depois estas coisinhas sem grande interesse...

 

publicado às 16:29


expanding life in freedom

por beatriz j a, em 22.02.11

 

 

 

Para ouvir alto.

 

 

 

 

 

publicado às 14:23

 

 

 

O meu dever é falar, para não ser tomado por cúmplice

in Público, 19/01/2011 Santana Castilho *

"Que patifes, as pessoas honestas" é uma citação atribuída ao escritor francês Émile Zola, que me revisita sempre que vejo os políticos justificarem com o manto diáfano da legalidade comportamentos que a ética e a moral rejeitam. E é ainda Zola que volta quando a incoerência desperta o meu desejo de falar, para não ser tomado por cúmplice. : :
Foi duplamente incoerente o apelo ao respeito e à valorização dos professores que Cavaco Silva fez há dias em Paredes de Coura. Incoerente quando confrontado com o passado recente e incoerente face ao que tem acontecido no decurso da própria campanha eleitoral. Em 2008 e 2009, os professores foram continuamente vexados sem que o Presidente da República usasse a decantada magistratura de influência para temperar o destempero. E foi directa e repetidas vezes solicitado a fazê-lo. Por omissão e acção suportou e promoveu políticas que desvalorizaram e desrespeitaram como nunca os professores e promulgou sem titubear legislação injusta e perniciosa para a educação dos jovens portugueses. Alguma ridícula e imprópria de um país civilizado, como aqui denunciei em artigo de 11.9.06. Já em plena campanha, Cavaco Silva disse num dia que jamais o viram ou veriam intrometer-se no que só ao Governo competia para, dias volvidos, aí intervir, com uma contundência surpreendente, a propósito dos cortes impostos ao ensino privado. Mas voltou a esconder-se atrás do silêncio conivente, agora que é a escola pública o alvo de acometidas sem critério e os professores voltam a ser tratados, aos milhares, como simples trastes descartáveis.
: : :
Imaginemos que o modelo surreal para avaliar professores se estendia a outras profissões da esfera pública. Que diria Cavaco Silva? Teríamos, por exemplo, juízes relatores a assistirem a três julgamentos por ano de juízes não relatores, com verificação de todos os passos processuais conducentes à sentença e análise detalhada do acórdão que a suportou. Teríamos médicos relatores a assistirem a três consultas por ano dos médicos de família não relatores; a verificarem todos os diagnósticos, todas as estratégias terapêuticas e todas as prescrições feitas a todos os doentes. Imaginemos que os juízes teriam que estabelecer, ano após ano, objectivos, tipo: número de arguidos a julgar, percentagem a condenar e contingente a inocentar. O mesmo para os médicos: doentes a ver, a declarar não doentes, a tratar directamente ou a enviar para outras especialidades, devidamente seriadas e previstas antes do decurso das observações clínicas. Imaginemos que o retorno ao crime por parte dos criminosos já julgados penalizaria os juízes; que a morte dos pacientes penalizaria os médicos, mesmo que a doença não tivesse cura. : : : : : : : : : :
  • Imaginemos, ainda, que o modelo se mantinha o mesmo para os juízes dos tribunais cíveis, criminais, fiscais ou de família e indistinto para os otorrinolaringologistas, neurologistas ou ortopedistas. Imaginemos, agora, que um psiquiatra podia ser o relator e observador para fins classificativos do estomatologista ou do cirurgião cardíaco. Imaginemos, por fim, que os prémios prometidos para os melhores assim encontrados estavam suspensos por falta de meios e as progressões nas respectivas carreiras congeladas. Imaginemos que toda esta loucura kafkiana deixava milhares de doentes por curar (missão dos médicos) e muitos cidadãos por julgar (missão dos juízes). A sociedade revoltava-se e os profissionais não cumpririam. Mas este modelo, aplicado aos professores, está a deixá-los sem tempo para ensinar os alunos (missão dos professores), com a complacência de parte da sociedade e o aplauso de outra parte. E os professores cumprem. E Cavaco Silva sempre calou.
: :
Ultrapassámos os limites do tolerável e do suportável. Ontem, o estudo acompanhado e a área-projecto eram indispensáveis e causa de sucesso. Hoje acabaram. Ontem, exigiram-se às escolas planos de acção. Hoje ordenam que os atirem ao lixo. Ontem Sócrates elogiou os directores. Hoje reduz-lhe o salário e esfrangalha-lhes as equipas e os propósitos com que se candidataram e foram eleitos. Ontem puseram dois professores nas aulas de EVT em nome da segurança e da pedagogia activa. Hoje dizem que tais conceitos são impróprios. Ontem sacralizava-se a escola a tempo inteiro. Hoje assinam o óbito do desporto escolar e exterminam as actividades extracurriculares. Ontem criaram a Parque Escolar para banquetear clientelas e desorçamentar 3 mil milhões de dívidas. Hoje deixaram as escolas sem dinheiro para manter o luxo pacóvio das construções ou sequer pagar as rendas aos novos senhores feudais. Ontem pagaram a formação de milhares de professores. Hoje despedem-nos sem critério, igualmente aos milhares.
: :
Os portugueses politicamente mais esclarecidos poderão divergir na especialidade, mas certamente acordarão na generalidade: os 36 anos da escola democrática são marcados pela permanente instabilidade e pelo infeliz desconcerto político sobre o que é verdadeiramente importante num sistema de ensino. Durante estes 36 anos vivemos em constante cortejo de reformas e mudanças, ao sabor dos improvisos de dezenas de ministros, quando deveríamos ter sido capazes de estabelecer um pacto mínimo nacional de entendimento acerca do que é estruturante e incontornável para formar cidadãos livres. Sobre tudo isto, o silêncio de Cavaco Silva é preocupante e obviamente cúmplice.

publicado às 14:12


A caminho dos contentores...

por beatriz j a, em 22.02.11

 

 

 

A escola já começa a parecer um estaleiro de obras. Retroescavadoras, machados e grades. Hoje pus-me a observar um tipo no intervalo: dava três cavadelas com uma enxada, parava e puxava as calças, mais três cavadelas, parava, puxava as calças, mais três outras e parava para fumar um cigarro...à portuguesa...

O campo de jogos já lá tem todos os contentores. Hoje andavam a instalar cablagem. Para a semana Lá estaremos. Depois conto, o dia a dia nos contentores, ou ...somos umas sardinhas...

 

publicado às 14:00


caminhos navegáveis

por beatriz j a, em 22.02.11

 

 

 

stephanie tabram

 

publicado às 05:54

 

 

 

 

publicado às 20:56


pedagogias modernas...

por beatriz j a, em 21.02.11

 

 

 

Ensino Superior

Agressão entre dois professores no Politécnico da Guarda participada ao Ministério Público


publicado às 20:54


LLOOOL

por beatriz j a, em 21.02.11

 

 

 

 

 

 

publicado às 12:05


definição de democracia

por beatriz j a, em 21.02.11

 

 

 

Filho de Kadhafi promete reformas mas ameaça com guerra civil

 

Vocês podem pedir democracia e direitos, nós podemos falar sobre isso e devíamos ter falado sobre esse assunto há mais tempo» disse Saif, «mas ou é desta forma ou é a guerra, e em vez de chorarmos 200 mortes, iremos chorar centenas de milhares de baixas».

 

Se se puserem de joelhos e pedirem desculpa damos-vos a democracia. Caso contrário vai tudo corrido à bala.

 

publicado às 10:44

 

 

 

Muammar Kadhafi saiu da Líbia

A notícia da fuga de Kadhafi surge numa altura em que os protestos contra o regime líbio se alastram à capital do país, Tripoli.

O presidente da Líbia terá deixado o país rumo à Venezuela, avançou ontem à noite a agência de notícias chinesa Xinhua, citando a televisão Al-Jazira.

Porém, o filho de Kadhafi garantiu, em entrevista à televisão estatal da Líbia, transmitida em simultâneo pela Al-Jazira, que o pai continua no país.

Frisando que "a Líbia não é igual à Tunísia ou ao Egipto", Saif al-Islam Kadhafi avisou que o regime irá "lutar até ao último minuto, até à última bala".

Tudo isto num dia em que os confrontos na segunda maior cidade da Líbia, Benghazi, onde durante a manhã forças leais a Kadhafi abriram fogo com armas pesadas sobre uma multidão de 100.000 pessoas que havia comparecido aos funerais das vítimas do dia anterior.

 

 

...mas Kadafi matará todos até à última bala. Que um terço do planeta seja governada por ditadores assassinos e outro terço por corruptos ignorantes não augura nada de bom para o futuro.

 

publicado às 10:07


tristes

por beatriz j a, em 21.02.11

 

 

 

 

 

Tristes

As vidas não vividas

por medos e preconceitos

as amizades perdidas

como se fossem defeitos.

 

(...)

bja

 

 

publicado às 08:37


breakfest

por beatriz j a, em 21.02.11

 

 

 

Cora Ogden

 

publicado às 08:24


palavras de neruda

por beatriz j a, em 20.02.11

 

 

 

“Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade.”

 

Pablo Neruda

 

publicado às 21:13



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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