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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O indivíduo ter-se suicidado dizendo que não aguentava a pressão do ambiente (indisciplina dos alunos com a -implícita- cumplicidade da direcção da escola), não foi considerado um facto relevante. As queixas, participações, empurrões e outros factos terão, portanto, sido considerados não-factos. Esta semana um professor dessa escola foi suspenso porque uma aluna o acusou de assédio sexual. Os colegas do professor dizem que é uma vingança por ele ter levado avante uma queixa contra alunos apesar da direcção se opôr e estar sempre contra os professores e a favor dos alunos (os tais que são malcriados, empurram, etc.?). O inquérito diz que devem todas as queixas ter sempre seguimento. Pelo que se sabe nunca têm. Mas isso deve ser um não-facto. Diz que a direcção deve manter o bom ambiente. O ambiente é péssimo. Mas deve ser outro não facto...
Vendo bem, vendo bem, aquela escola deve ser alucinante: uma escola onde os factos não são factos, será uma escola de não-alunos com não-professores a dar não-aulas?
Compreende-se a moda: afinal, temos uma não-ministra, a fazer um não-trabalho, num ministério de não-educação, de um não-governo.
Sócrates considera que casamento homossexual torna a sociedade «melhor» SOL
É horrível quando de repente damos por nós a estar de acordo com uma opinião deste indivíduo. Nunca tinha acontecido.
Isto hoje foi uma maratona de corrigir trabalhos. E está longe de estar acabado. Tenho uma aluna moldava que chegou a Portugal em Agosto passado e que começou o ano sem perceber o que eu dizia: acabo de ver o trabalho dela, um texto de apreciação estética de uma escultura, um busto, que fez na aula. Escreveu perfeitamente e com um vocabulário já desenvolvido - com expressões como 'as linhas que se observam na testa revelam tensão e preocupação que contrasta com o sorriso'.
Escreve melhor que muitos alunos portugueses.
Isto mostra bem como o estudo resulta quando há vontade e determinação.
As pessoas julgam muito os outros pelas aparências e tomando-se a si próprias como referência única. Parece-lhes que aquilo que fazem e o modo como o fazem deve ser o normal e ajuízam os outros armados únicamente com esses instrumentos. E não estou a falar de miúdos, mesmo adolescentes que olham para as pessoas e se as vêem a rir interiorizam que a pessoa anda feliz. Falo de adultos. Uma pessoa pode, por razões que não interessam a ninguém, ter o hábito de não mostrar na cara ou até no comportamento o que lhe vai na alma. Mas isso parece que ofende os outros, o facto de não andarmos com os sentimentos pregados ao peito como medalhas de que nos orgulhamos. Assumem logo que não os temos. Ou assumem que temos muita sorte na vida e que tudo corre sempre bem. Ou que tudo é fácil. E ressentem-se connosco, não pelo que verdadeiramente somos mas pelos juízos que fazem de nós...
Estamos como em 1960... Só para quem não anda nas escolas a trabalhar é que esta notícia surpreende. Se as pessoas que governam a pasta da educação de há uma dúzia de anos para cá tivessem algum conhecimento acerca de educação e da realidade das escolas (e se fossem pessoas sérias - e isto é muito importante, porque na educação nada se faz sem seriedade) talvez não estivéssemos tão mal.
Quem trabalha nas escolas, e basta andar aí pelos blogues de professores (falo dos que efectivamente dão aulas) concerteza nota que as opiniões são quase unanimes sobre assuntos chave da educação. E em geral os professores que escrevem blogues são, notoriamente, pessoas sérias, com graus académicos verdadeiros, pessoas cultas, actualizadas, activas, preocupadas e interessadas nos seus alunos e escolas. Por contraste, os que nos governam são, não raras vezes, o oposto.
Ainda esta semana que passou li num jornal que tinham andado a perguntar a ex-ministros (acho piada que ex-ministros que ajudaram a pôr o país neste estado passados 5 anos passem à categoria de 'sábios' - ainda havemos de ver o Sócrates fazer parte duma comissão qualquer de 'sábios') quem eram os grandes ministros desta República, ao que pelo menos dois citaram o nome da ex-ministra da educação, a Lurdes Rodrigues, que foi uma ministra que destruiu tudo em que mexeu. Ora, é esta gente que continua a decidir, de modo que 'Alea Jacta Est' em direcção ao abismo.
A ministra do Trabalho e da Segurança Social afirmou que o Governo reconhece "o direito constitucional à manifestação", mas que "Portugal precisa mais concertação e menos contestação" e apelou a uma postura de diálogo.
Uma pessoa lê e não acredita que responsáveis ministeriais dum governo que aumenta as despesas dos ministérios, rouba os trabalhadores com impostos retroactivos ao mesmo tempo que deixa os 'amigos' apropriarem-se de dinheiros públicos com manigâncias (como o caso do Magalhães, por ex.) e meterem o dinheiro do país em contas no estrangeiro; que mentem descaradamente, tentam eles próprios enganar o fisco, e um rôr de outras coisas que não há blogue que chegue para enumerar, venha depois criticar a contestação e apelar ao diálogo!!!!!?????
Diálogo? Que diálogo? Com quem? Com quem garante à segunda e à terça faz exactamente o contrário do que garantiu? Com quem aumenta os apoios à banca ao mesmo tempo que retira os apoios aos desempregados?
Porque é que o primeiro ministro, que ama tanto o ditador Chavez, não fica por lá pela Venezuela? Abra uma 'franschising' de Magalhães e fique por lá a vendê-los, por exemplo. Leve o Santos Silva que não tem nenhum tipo de utilidade e só sabe é gastar dinheiro. Acompanhe-se do Costa que é outro que tal e de todos os outros que desde o 25 de Abril se arrastam como as preguiças pelos cargos do poder sem préstimo nem valor. E levem os amigos: o clone, o sucateiro, o vara, o 'venham todos' e etc. A sonsinha também, não se esqueçam dela.
Um filme belo de Bronwen Hughes. Não é um filme sobre crianças apenas para crianças. É um filme para adultos também. É um filme sobre a vida, a verdade, a beleza, a fidelidade a si próprio, a importância dos amigos. O filme é lindo.
A Rosie O'Donnell, que faz o papel de Golly, a ama de Harriet, mostra na perfeição o papel inestimável de um educador no desenvolvimento e vida de uma criança. O filme é lindo.
Esta cena sintetiza em duas linhas de um poema de Keats e na conversa entre Harriet e Golly as coisas importantes da vida humana e ilustra um daqueles momentos da vida de uma pessoa em que se resolve e ultrapassa uma crise - um momento de crescimento interior. Belo, muito belo.
Menos 10% na despesa de ministérios evitava cortes no subsídio de desemprego
Verdi, Un ballo In Maschera
Ainda não percebi bem o que é isto dos mega-agrupamentos mas parece-me uma maneira do ministério controlar completamente os professores e as escolas e poder despedir mais pessoas.
Não vejo ninguém dos sindicatos a lutar contra isto ou sequer a esclarecer a situação. As coisas verdadeiramente importantes deixam-nas passar até ser tarde demais.
... o fóssil de uma fêmea cuja descoberta alargou a ancestralidade do Homem para lá de 4 milhões de anos, foi contestada por especialistas, que alegam que esta nunca foi uma percursora da espécie humana.
Em Outro de 2009, a equipa da Universidade de Berkeley, na Califórnia, liderada por Tim White, anunciou na prestigiada publicação científica "Science" os resultados das análises feitas a um esqueleto parcial fossilizado de uma fêmea, encontrada após 17 anos de escavações no deserto de Afar, na Etiópia.
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Mata...
. do verbo matar
. destruir
. acabar
. aniquilar
. esmagar
. impedir
. nome do secretário de estado da educação
. acabar com as escolas com menos de 20 alunos
. acabar com a educação
. acabar com o interior
. acabar com a cultura
. acabar com a autonomia
. acabar com a qualidade das escolas
Comissão de Inquérito (Magalhães) diz que fundação foi um "filtro", e que assim se "mascarou uma iniciativa claramente pública" DN
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Certas entidades empestam o ar por onde passam. Só cometem ilegalidades mas têm o desplante de se substituirem aos tribunais cuja função desvalorizam por não se coadunar com a sua sede desmesurada de poder.
Amanhã não se pode ir à baixa de Setúbal que vai estar sob uma núvem com cheiro que deve demorar um mês a sair.
Organizaram uma sardinhada no no Parque das Escolas para ver se entram para o Guiness: vão servir, de borla, 6 toneladas de sardinhas. Esperam 10.000 pessoas.
Pessoalmente vou fechar as janelas da casa e afastar-me da baixa...
Hoje entrei na aula do 12º ano e diz-me uma aluna, 'a professora pintou o cabelo de ruivo!?'.
- 'De ruivo!!???,' perguntei eu - 'está a falar a sério? Estou ruiva? É que não era para estar!!'.
- Como assim?, perguntou ela - a professora não está com o cabelo louro, está com o cabelo ruivo.
- 'Não me diga. Bem, é que este fim de semana não tive tempo de ir ao cabeleireiro e comprei uma cena no supermercado assim à pressa, mas pareceu-me da cor do meu cabelo'.
(Tudo a rir)
- 'Nop. Está arruivada. Deixe lá que não fica mal e é para variar.'
Que 'grossen barraken'! Ando arruivada desde sábado e ainda não tinha dado por isso. Se não fosse ridículo era patético.
Gostava de ter a sabedoria das aves
que chegam com o sol e o bom tempo
e partem antes das primeiras neves
vivem a vida na liberdade do vento
não criam raízes, viajam leves.
Gostava de ser pico dos Himalaias
impávida, fria, gelada, indiferente
imóvel e alta e nunca impotente
paisagem plácida imperturbada
cristal do mais puro, perfeição do nada.
bja
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