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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
5 golos? E ainda vai no intervalo...
Estou com pena do V.Setúbal.
jornal i
Esta última é favorecida pela crescente municipalização do ensino público no nosso país. A escola tenderá a ficar refém de directores pouco escrutinados e da lógica clientelar de muitos municípios. Em conjunto, terão, no futuro, poder para contratar e despedir pessoal docente e não-docente cada vez mais precário. Juntem a isto o crescente peso do ensino privado, promovido pelo escandaloso aumento do financiamento público directo (que passou de 30 milhões de euros em 2000 para 221 milhões em 2007) e pelos regressivos benefícios fiscais às despesas privadas em educação, ou os pouco informativos rankings de escolas que, apesar de se prestarem a todas as manipulações, captaram o imaginário social.
Estão assim reunidos alguns dos ingredientes para uma receita de desastre feita de incentivos à selecção e exclusão dos alunos pelas escolas públicas, imitando as práticas das escolas privadas, de acordo com o capital económico e cultural das famílias, determinante no sucesso escolar, ou com as necessidades dos alunos. O reforço da uniformização das escolas - escolas para ricos e escolas para pobres -, num país desigual e com taxas recorde de pobreza infantil, será imparável. A qualidade do ensino e dos desempenhos degradar-se-á à medida que as relações cooperativas se tornarem mais difíceis numa escola obcecada pelo controlo, pela mensuração intrinsecamente redutora e pela concorrência.
A esquerda que defende a escola pública democrática, exigente e de qualidade terá de ser capaz de reverter este processo. Podemos começar com simplicidade: acabar com o financiamento directo e indirecto ao ensino privado.
Economista e co-autor do blogue Ladrões de Bicicletas
É isto que ele diz,sem pôr nem tirar. Mas impressiona ver a injecção de milhões no ensino privado em simultâneo com o desinvestimento no ensino público - e, claro, as consequências que estão à vista de todos que não são 'burriciegos' como se diz na gíria taurina.
Estes 4 anos de Sócrates e Mª Lurdes Rodrigues foram um crime no que respeita à educação - o maior desrespeito pelo direito à educação, pelo direito à oportunidade duma vida melhor. A indiferença pelo destino dos outros.
Mete nojo, isto.
As meninas/senhoras dos CTT da Loja do Cidadão aqui de Setúbal são impecáveis. De todas as vezes que lá fui tive essa experiência positiva.
Hoje fui lá comprar selos para selar uma carta para uma amiga estrangeira que fiz nos anos em que vivi fora do país. Como ela faz colecção de selos faço os possíveis por enviar a carta com o maior número possível de selos. Ela faz-me o mesmo porque eu tenho a mania que também faço colecção de selos (é mesmo só mania, o que gosto é de espalhá-los pelos livros para depois os 'descobrir' quando viro a página do livro).
A rapariga que me atendeu teve a maior paciência (é certo que não havia fila de espera) em mostrar-me as várias combinações possíveis.
Como já não é a primeira vez que faço isto tenho observado os selos portugueses. Temos selos muito bonitos e em colecções muito variadas, como se vê aí nessa imagem.
Hoje escolhi selos duma colecção da Madeira - esterlícias, pássaros, engenhos de cana de açúcar. Mesmo bonitos.
Texturas, relevos, ondas
volutas de fumo cinza
traços do andar na areia
cornucópias de veios de seiva
paisagem de foto aérea
picos de dunas desertas
serpentes de bela medusa
cabelos crespos do vento.
Arte
alento
alimento
deixa-me a pensar....invento.
beatriz j.a.
jornal i
"Temos uma abertura de ano lectivo com gripe A. É sempre exigente e este ano é particularmente exigente, porque além da gripe temos as eleições, que vão coincidir com a semana de abertura de aulas", salienta. "É necessário estar atento porque tudo será aproveitado para o combate político e as escolas estão mal protegidas, no geral, dessa instrumentalização"
A mulher faz tudo para dar nas vistas. Fala como se estivéssemos em epidemia declarada com mortos e feridos todos os dias...
Depois, entra pelos olhos a dentro que ela gostaria de ter posto ainda mais grades nas escolas e de ter substituído todos os professores por gente apalermada que ela pudesse 'proteger' das outras facções políticas.
Proteger???!!! Como se os professores fossem os seus alunozinhos infantis da escola primária que tem de proteger dos bandidos, isto é, dos outros partidos da vida democrática. É nestas coisas que se vê o espírito anti-democrático e megalómano da mulher. Ridículo, também.
Deve custar-lhe muito ver que apesar das mordaças, das chantagens, da miséria em que lançou milhares de professores, dos subornos encapotados em títulos e prémios etc., os professores não se vergam à tirania dos fracos de espírito como ela.
Deve custar-lhe porque salta à vista que a mulher não tem noção nenhuma das suas limitações (tal como o primeiro ministro, que acha que tem grande sentido do ridículo e depois faz aqueles discursos ridículos em inglês 'independentemente' técnico) e se acha muito à frente, inteligente e extraordinária.
«É outra das questões graves, este problema do desemprego enorme que existe na classe docente. Enquanto a taxa de desemprego na população portuguesa trabalhadora anda nos 10 por cento, na Educação ultrapassa já os 20 por cento», sublinhou. «Houve aqui durante todo este tempo uma política de poupança, uma visão economicista de encarar a Educação, a agravar-se muito o desemprego na população docente», declarou.
A taxa de desemprego entre o professores já ultrapassa os 20%????!!!
Quer dizer, andam os professores a abarrotar de turmas, as turmas a abarrotar de alunos de tal modo que não se consegue fazer um trabalho de qualidade; andam com excesso de serviço de reuniões e de papelada, e de serviço extra-curricular, etc., sem tempo para o real trabalho para depois haver este nível de desemprego entre os professores??!!
Foi para isto que trabalharam o Sócrates e a amiga: destruir, destruir, destruir; inventar números para ficarem bem na foto e aumentarem os seus dividendos próprios?
Enquanto usam uma mão para se encherem, a outra entretem-se a criar a pobreza, o engano e o desemprego?
O blog do MUP tem um artigo de Carlos Fiolhais que saiu no Público sobre um estudo inglês acerca da Desigualdade Social (mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2009/08/portugal-desigual.html). Não é que o estudo diga algo que não soubéssemos, mas uma coisa é saber, sem dados, outra é saber com factos e dados objectivos a fundamentar.
Li nesse artigo que Portugal está no topo da desigualdade entre a Inglaterra e os EUA e que existe um padrão de correlação entre a desigualdade social e diversos problemas: insucesso escolar, criminalidade, gravidezes na adolescência, etc.
Pela mesma ordem de ideias mas na razão inversa, existe um padrão de correlação entre uma fraca desigualdade social e a baixa frequência desses mesmos problemas.
Uma das armas, talvez a mais importante, contra a desigualdade social, como é sabido, é a educação como oportunidade de ascenção social/cultural.
Para que essa arma funcione, é necessário que os governantes olhem para o problema com honestidade e seriedade, o que significa perceber que a educação é um campo que não se presta a resultados estatísticos miraculosos e rápidos.
Neste país com pouca tradição de formação académica, quando os governantes têm excesso de poder e ficam lá muito tempo ficam tão absortos naquilo que o Mário Crespo chama, com humor, a Taxa de Roubo, que esquecem tudo o mais. Ora, a educação e a formação das pessoas são coisas frágeis que requerem atenção permanente.
É por isso que acho a alternância democrática a maior invenção da democracia. É que os que estão no poder têm tantos esquemas montados que pelo menos, enquanto os seguintes não nadam à vontade no sistema para montarem, por sua vez, os seus esquemas, nós sempre respiramos um pouco.
A questão pois é a de saber em quem votar para alternar. Eu, pessoalmente, se a Manela esclarecer, muito bem esclarecido, o que vai fazer à gestão escolar (os directores) e à divisão dos professores, é nela que voto para que se inverta este caminhar para o precipício a que nos obrigaram o senhor Sousa e a ministra salazarenta.
Se a Manela não deixar tudo esclarecido vou dar o meu voto a um desses movimentos que representam uma voz da sociedade não partidarizada. Se se não puder votar para mudar as políticas desastrosas destes tipos ao menos contribuo para que a Assembleia da República venha a ter maior representatividade, que bem precisa.
Os sindicatos dos professores chegam ao fim da legislatura com balanços negativos da actuação do Governo, que acusam de transformar a escola numa linha de montagem e de falta de diálogo com os docentes.
"A questão central que norteou a actuação deste Governo foi transformar a escola numa espécie de linha de montagem, em que os professores passariam a ser os simples operadores", considera Abel Macedo, dirigente da Federação Nacional de Professores (FENPROF).
O grande desafio que antevê para o próximo Governo é "a pacificação" e abertura para rever os problemas relacionados com a carreira e a avaliação de professores.
Então e a questão da gestão democrática ter sido atirada para o caixote do lixo? Dos directores nomeados politicamente e carregados de poder unilateral?
Que interessa mudar a avaliação ou o Estatuto da Carreira se depois temos de obedecer carneiramente a um Director que, por sua vez, obedece subservientemente ao poder, local e central? Nem uma palavra acerca disso? Não interessa falar disso? Porquê? Os cargos já estao distribuidinhos?
Os meus sapatos caminhantes que me têm carregado nestes últimos anos.
Já andaram no deserto do Sahara, nas margens do Nilo, nas ruas do Cairo, na floresta Negra, na serra da Arrábida...
Nesse dia estavam à espera do barco para passar o canal do Pico para o Faial.
Também os tinha nessa foto a seguir, no jardim da dona Beatriz de Aranel, na ilha de s. Miguel. Um jardim fantástico, duma casa privada, mas aberto (felizmente) ao público. Demos com ele por acaso enquanto andávamos a fazer tempo para ir comer o cozido das Furnas.
Estou com a minha sobrinha nesse cenário exótico que, por acaso, tem o meu nome.
R - O que é isso?
C - É uma coisa que mandei publicar no jornal de amanhã.
F - Mas é o quê?
C - É um artigo que eu próprio escrevi como se fosse de um jornal inglês daqueles memo com classe.
R - Não me digas que escreveste em inglês!?
C- Não comeces que sei bem o que faço. Não há ninguém que tenha mais sentido do ridículo que eu. É um artigo em que um inglês diz que eu me visto muito melhor que a Manela.
R - Pff..és mesmo palerma. Que é que isso interessa?
C - Tás é com inveja porque vestes-tes muita mal! Pergunta lá ao F se não é verdade?
F - Cala-te. Ela tem razão. Que interessa isso? Vais perder as eleições.
C - Isso é o que tu pensas. O dog disse-me que desde o marquês de Pombal que não havia um primeiro ministro tão bom. E sabes porquê? É a minha mundivisão!
F - O quê? Que é isso?
C - Ó pá isso não sei. Mas é importante porque o dog mandou-me repetir isso muitas vezes.
R - São mesmo ignorantes, vocês!
F - Ah pois! Porque tu fizeste um grande serviço! Mais de cem mil professores nem te podem ver. Cada vez que apanham uma fotografia tua enfeitam-na logo com extensões ósseas pontiagudas...
R - Porque são todos uns ignorantes ordinários que não reconhecem o meu génio. Odeio-os, odeio-os! Achincalharem-me! A mim, que vou ficar para a história como a maior ministra que este país já teve!
C - O maior sou eu, ingrata! Por causa de ti riram-se do Magalhães, chamaram-me nomes, perdi milhares de votos. Mas na faz mal que eu agora atiro-lhes com a mundivisão! Olha lá, ó F, achasque isto tem a ver com a revista Visão? Achas que o dog me consegue por na capa? É que fico memo bem num fundo encarnado com o meu corte de cabelo grisalho e o fato Armani.
R - Cala-te! Só pensas nisso.
C - Tás é com inveja porque és feia e não tens mundivisão! Eheh.
abola.pt
Redacção
Francisco Louçã assume a ambição de levar o Bloco de Esquerda (BE) à dimensão de partido maioritário e garante o seu «objectivo é disputar a liderança política nacional com o PS e o PSD».
A ambição foi confessada em entrevista ao ‘Expresso’ e o líder do BE defende que a fasquia não está demasiado elevada:
«Desde o princípio até agora, o Bloco multiplicou por seis os seus resultados eleitorais. Se assim continuar, o problema fica resolvido em pouco tempo», argumenta.
Relativamente à estratégia de curto-prazo do BE, Louçã volta a rejeitar qualquer hipótese de coligação com o PS: «Não faço parte desse Governo, nem o apoio ou aprovo as suas políticas. Não participamos num governo com o qual estamos totalmente em desacordo em questões estruturantes da política», garante.
Para Louçã, «o PSD não ganhará claramente as eleições. O PS pode ganhá-las mas é absolutamente certo que perderá a maioria absoluta».
Um prognóstico que atribui, em parte, à sua acção política: «Sócrates perdeu muito a meu favor», assegura.
Ó pá! Espero que não, que isso seria sair da lama para cair no atoleiro.
Confesso que o Louçã me faz sempre lembrar um padre na homilia. Acho que é sobretudo pelo tom de voz e pelo modo como fala, com aquelas tiradas politico-morais do género, 'não participaremos porque estamos em desacordo em questões estruturantes da política'.
Eu confesso a minha ignorância, mas não faço a mínima ideia, nem sabia que o BE tinha uma estruturação política própria.
São de proveniência ou inspiração trotskista, isto sabemos; estão sem discurso político para os dias de hoje, também sabemos, e que querem substituir esses termos do antigamente, porque estão esvaziados de sentido e porque o pessoal abaixo dos 30 anos, salvo raras excepções, nem sabe do que é que eles estão a falar; dedicaram-se a causas: a eutanásia, o aborto, os homossexuais, etc. (ultimamente também à avaliação dos professores e nesse aspecto com boa prestação, diga-se de passagem).
Mas, que eu saiba, não há ali ideologia estruturadora duma política própria, identitária.
Aliás, sei que, pelo menos nestes últimos meses - provavelmente porque perceberam que estavam a subir nas sondagens e que teriam de ter, justamente, algum discurso político coerente e diferenciado do PS e do PCP e dos PCPTs e MRPPs- têm tentado recrutar em algumas faculdades estudantes universitários com algum pendor para a reflexão política numa tentativa de arranjar futuros 'ideólogos' ou, pelo menos, perspectivas ideológicas que possam apresentar ao eleitorado na hora de dizer: 'nós defendemos este ou aquele modelo de sociedade'. Ou seja, parece que estão a precisar, com urgência, de uma ideologia política a tempo das eleições.
Ao que sei, essas sessões tipo 'brainstorming' nem sempre correm bem.
Pessoalmente, acho que é um excelente partido para ter na oposição. Fazem crítica cerrada e mantém os governos alerta.
Ora, se é nisso que são bons, é deixá-los nesse posto...
Sous le dôme épais
Où le blanc jasmin
À la rose s’assemble
Sur la rive en fleurs,
Riant au matin
Viens, descendons ensemble.
Doucement glissons de son flot charmant
Suivons le courant fuyant
Dans l’onde frémissante
D’une main nonchalante
Viens, gagnons le bord,
Où la source dort et
L’oiseau, l’oiseau chante.
Sous le dôme épais
Où le blanc jasmin,
Ah! descendons
Ensemble!
Sous le dôme épais
Où le blanc jasmin
À la rose s’assemble
Sur la rive en fleurs,
Riant au matin
Viens, descendons ensemble.
Doucement glissons de son flot charmant
Suivons le courant fuyant
Dans l’onde frémissante
D’une main nonchalante
Viens, gagnons le bord,
Où la source dort et
L’oiseau, l’oiseau chante.
Sous le dôme épais
Où le blanc jasmin,
Ah! descendons
Ensemble!
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