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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Hoje a insónia pôs-me a ver um programa do Dr. Phill. Sobre mães adolescentes.
Uma miúda de 16 anos, grávida, foi ao programa com a mãe. A garota está apaixonada pelo pai da criança que fugiu assim que soube da gravidez. a miúda está em sofrimento. Vê-se. Mas, quer ser responsável, quer muito ficar com o bebé e a mãe está decidida a ajudá-la nessa decisão.
O indivíduo esteve meia hora a tentar convencê-la, agressivamente, de que é incompetente para ter um bebé, a mostrar-lhe estatísticas sobre a pobreza das mães adolescentes e seus filhos, a dizer-lhe que estará a prejudicar o bebé e que ter-lhe amor seria dá-lo... mas a miúda não quer dar o filho nem por nada.
Faz pena ver o desânimo dela à medida que lhe pintam a realidade negra. Dou por mim do lado dela e a achar um bocadinho imoral a intimidação a que o indivíduo a sujeita.
O indivíduo leva lá outras mães adolescentes para assustarem ainda mais a rapariga com as dificuldades e custos de ficar com o bebé. No entanto, não conseguiu levar lá nenhuma adolescente que tivesse dado o filho e estivesse contente com essa decisão...
Até que ponto podemos obrigar uma mãe, sobretudo nesta idade em que não conseguem ainda projectar no futuro as consequências dos actos, a rejeitar um filho? Qualquer coisa ali no programa não está correcta apesar daquilo que ele diz ser verdade.
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