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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Parece que se copiamno que há de pior.
Além disso, como o uso do Enem se presta ao sistema de propaganda das escolas particulares, o ranqueamento gera uma competição descabida no mercado educacional.
Uma busca que acaba por inverter o sentido da avaliação, já que o Enem deixa de ser o balanço do processo pedagógico e passa a reger o próprio funcionamento das escolas, muitas
delas movidas pelo treinamento para o exame.
No limite, o Enem é até motivo para a criação de "escolas-vitrine", com alunos selecionados para garantir o cobiçado e lucrativo topo da lista.
Quando os fins justificam os meios, o projeto de formação humana de cada escola corre o risco de perder a identidade, porque torna-se refém da própria avaliação. Uma educação elitista na contramão dos princípios democráticos.
SILVIA GASPARIAN COLELLO é professora da Faculdade de Educação da USP
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