Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
A CNN está a dar um programa do género 'grande reportagem' sobre países com baixa taxa de desemprego como a Alemanha (onde as empresas têm um programa de treino-às suas custas- de empregados que depois aproveitam), a Dinamarca e a Holanda.
A Holanda tem um programa de flexibilidade e segurança no emprego em que obriga as empresas a terem uma rede de informação sobre os empregados, de modo que, quando uma delas deixa de precisar de um empregado, põe o seu perfil nessa rede para lhe encontrar outra firma onde as suas competências possam ser aproveitadas e, se não o fizer terá que pagar-lhe 18 meses de compensações. Isto faz com que os empregadores tenham algum cuidado antes de despedir empregados pois pode sair-lhes caro. Um indivíduo entrevistado dizia o seguinte, 'Nós somos um país pequeno e, se queremos ser competitivos, não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar capital humano de pessoas treinadas e competentes no trabalho'.
Era bom que os nossos políticos, que dizem à boca cheia coisas como, 'É evidente que vamos continuar a despedir pessoas' ou, 'O melhor que têm a fazer é emigrar', desperdiçando um capital humano competente que custou muito a formar, pusessem os olhos nestas políticas de emprego. É claro que os nossos empresários teriam de mudar de mentalidade e assumir responsabilidade pelos seus empregados, em vez de quererem que o Estado os 'suborne' pelo favor que fazem em ter empregados. Também era preciso que o nosso primeiro ministro, o ministro das finanças e outros deixassem de ver os trabalhadores como lixo descartável (com excepção dos seus assessores e motoristas e outros que acumulam excepções) que só serve para pagar impostos e passasse a vê-los como capital humano que não pode ser desperdiçado e deve ser aproveitado.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.