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Desemprego e mentalidades

por beatriz j a, em 07.10.12

 

 

 

 

A CNN está a dar um programa do género 'grande reportagem' sobre países com baixa taxa de desemprego como a Alemanha (onde as empresas têm um programa de treino-às suas custas- de empregados que depois aproveitam),  a Dinamarca e a Holanda.

A Holanda tem um programa de flexibilidade e segurança no emprego em que obriga as empresas a terem uma rede de informação sobre os empregados, de modo que, quando uma delas deixa de precisar de um empregado, põe o seu perfil nessa rede para lhe encontrar outra firma onde as suas competências possam ser aproveitadas e, se não o fizer terá que pagar-lhe 18 meses de compensações. Isto faz com que os empregadores tenham algum cuidado antes de despedir empregados pois pode sair-lhes caro. Um indivíduo entrevistado dizia o seguinte, 'Nós somos um país pequeno e, se queremos ser competitivos, não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar capital humano de pessoas treinadas e competentes no trabalho'.

Era bom que os nossos políticos, que dizem à boca cheia coisas como, 'É evidente que vamos continuar a despedir pessoas' ou, 'O melhor que têm a fazer é emigrar', desperdiçando um capital humano competente que custou muito a formar, pusessem os olhos nestas políticas de emprego. É claro que os nossos empresários teriam de mudar de mentalidade e assumir responsabilidade pelos seus empregados, em vez de quererem que o Estado os 'suborne' pelo favor que fazem em ter empregados. Também era preciso que o nosso primeiro ministro, o ministro das finanças e outros deixassem de ver os trabalhadores como lixo descartável (com excepção dos seus assessores e motoristas e outros que acumulam excepções) que só serve para pagar impostos e passasse a vê-los como capital humano que não pode ser desperdiçado e deve ser aproveitado.

 

publicado às 11:39


2 comentários

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De P a 07.10.2012 às 12:43

Já estou a ver a rede de apetites que se digladiariam para controlar uma rede semelhante que fosse criada em Portugal. E às trapalhadas a que se prestaria. Portugal é uma arena de egos insuflados incapazes de cooperar para um fim comum com outro, baseados por exemplo, em coisas tão fundamentais como a origem social. Portugal entre as outras maleitas sofre do síndrome do "direito de admissão".
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De beatriz j a a 07.10.2012 às 12:57

Pois, mas é preciso dar passos para que as coisas mudem e não ficar apenas pelo desejo que mudem. Atirar pessoas para o desemprego sem mais é um desperdício e ter empresários que só empregam se os empregados forem ao mesmo tempo excelentes e escravos e a quem atiram para a rua quando já não querem, não pode ser. Tem que haver um sistema que aproveite as capacidades e experiência dessas pessoas.
Tenho uma amiga que acabou o curso com grandes notas e foi estagiar. Nenhuma das firmas em que esteve lhe deu um tostão. Fartava-se de trabalhar e nem os transportes lhe pagavam! Entretanto acabou o mestrado, com grandes notas também e, a firma onde estava já há seis meses, continuou no mesmo esquema de exploração. Só agora ao fim de um ano de exploração é que começaram a pagar-lhe salário. Isto não pode ser.

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