Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Há coisa de uma semana e meia vi, na BBC News, uma entrevista ao António Guterres e a mais duas mulheres, uma delas uma herdeira bilionária que defende que esta crise tem como principal origem a ganância de alguns e que criou um programa de auxílio a crianças pobres - acho... já não lembro ao certo, que não vi a entrevista toda até ao fim.
O primeiro entrevistado foi o Guterres e falou sobre os refugiados, os problemas das populações dos países em guerra, a questão da ajuda internacional e da falta de solidariedade e crescentes nacionalismos europeus. Ele falou muito bem. O que me impressionou foi ver a convicção e dedicação dele à causa. Fez-me lembrar um apontamento do Derek Sivers sobre o prazer que dá ver alguém trabalhar naquilo para o qual nasceu, por assim dizer. Ora, era exactamente isso que se percebia na entrevista: que o Guterres encontrou a sua vocação neste trabalho que faz. Fiquei a pensar que é bom que ele tenha encontrado a sua vocação e que esteja a fazer um bom trabalho mas que é pena que não a tenha encontrado há mais tempo, antes de ter sido primeiro ministro. Ele não foi um bom primeiro ministro. Gastou o que não era dele como se não houvesse futuro e comprometeu-nos. Trouxe para o governo, promovendo-os, o Sócrates e outras alimárias...
Ouvi-o, nesta entrevista, falar com pena da situação que o país atravessa. Pareceu-me uma pessoa à procura de redenção...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.