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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Aproveitei a manhã de hoje para ler este livro.
Stefan Zweig olha para a História e escolhe catorze momentos que considera terem sido pontos de viragem no decorrer dos acontecimentos. Vê-os dum ponto de vista duplo: o do interveniente que os provocou numa 'fuga para a imortalidade' como lhes chama e o da própria História por ele, para sempre, marcada.
É evidente que Zweig, um austríaco que vive ao lado da Alemanha nazi, vê os homens individuais como forjadores do sentido da História humana e, em última análise, da sua possibilidade redentora. É por isso que releva estes momentos fundadores da mudança: porque é consciente das implicações para o destino da Humanidade que lhes estão subjacentes.
Uma pessoa desta natureza vê os acontecimentos como sinais do que aí vem e, necessariamente, vê-se a si mesmo e às outras pessoas como instrumentos ao serviço dum todo Humano, sem o qual o individual perde também o sentido.
Talvez por isso se tenha suicidado,mais a mulher, no Brasil, para onde tinham ido quando os nazis subiram ao poder: teria perdido a fé no futuro da Humanidade e, num arremesso, no sentido da sua própria existência como parte desse todo não-Humano.
Compreendo-o perfeitamente.
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