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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Hoje foi o exame de Português. Começava às duas da tarde e acabava às quatro mas tinha mais meia hora de tolerância. Se temos na sala um aluno/a com necessidades especiais é mais outra hora de tolerância. Como temos que estar na sala três quartos de hora antes do início do exame, na prática, entramos na sala às 13.15 e saímos de lá às dezassete. São quatro horas de seca...
Enfim, este ano, os cabeçalhos das folhas de resposta, para além de terem um espaço para o aluno indicar o número de páginas que utilizou, têm também um espaço para indicar o número de folhas utilizadas. Só que, segundo ordens (calculo que do ministério), uma folha tem quatro páginas! Confuso? Pois é. Alguém se lembrou de chamar a um caderno de folhas... 'uma folha'. Eu bem sei que agora o ministério põe a Matemática à frente de tudo mas não era preciso este equívoco de linguagem. É que existe um termo para designar esses conjuntos de folhas: 'caderno'.
Os alunos acabam o teste e ao preencher o espaço das páginas e folhas, não percebem -o que é natural, pois sabem algo da Língua Portuguesa- e perguntam espantados, 'Mas professora, eu utilizei quatro páginas. Isso não são duas folhas?' Pois não são. Segundo novas ordens, cada quatro páginas é uma folha. Podiam ter-lhe chamado, 'Maria' ou 'Coisa'; assim, cada Maria, ou 'Coisa', teria quatro páginas, duas folhas. Agora, cada folha ter quatro páginas... enfim, outro nível de eduquês...
De resto, os alunos acharam o exame muito acessível. Eu achei-o pequenino. Umas perguntinhas, uma escolha múltipla, um texto de jornal com umas perguntinhas e uma questão de desenvolvimento para duzentas palavras (acho, já não lembro...).
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