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coisas tristes que dão que pensar

por beatriz j a, em 13.07.11

 

 

 

Uma pessoa nasce e começa logo a ser medida e comparada com as medidas dos outros. Daí em diante andamos sempre a ser avaliados, medidos, comparados, numa vida inteira de stress, ansiedade, de competição...no fim morre-se... tudo por conta da sociedade viver obcecada em medir e avaliar e comparar tudo até à destruição.

Algumas ideias científicas, sendo muito boas em certos campos, desvirtuam-se quando se alargam a outros a que não deviam aplicar-se, pois é como tentar medir qual das mães tem mais amor pelos filhos a partir dos batimentos cardíacos ou outra coisa qualquer mensurável e daí retirar uma conclusão sobre o mérito de se ser mãe...

O Darwinismo aplicado à sociedade e ao trabalho indiscriminadamente é uma perversidade e tem sido causa de grandes males e ineficiências. Onde se devia estar a promover a cooperação promove-se a competição malsã, desvirtuam-se as relações entre as pessoas que deviam colaborar e é claro que isso destrói o processo e os resultados do trabalho.

As pessoas, na sua maioria, gostam de trabalhar bem e de se sentir úteis e competentes no trabalho. Aliás, quando não se sentem competentes entram em depressão com ansiedades, etc. O que me custa a entender é que as pessoas que estão à frente dos cargos e influenciam os processos sejam tão ignorantes e cegas que não vejam que um trabalhador cujo trabalho está mal enquadrado e mal orientado não consegue trabalhar.

O que reparo é que, sempre que um chefe tem a inteligência de enquadrar correctamente o trabalho dos seus subordinados eles começam a produzir e a progredir e têm satisfação nisso. É triste. As pessoas querem trabalhar, querem ser boas no trabalho e atam-lhes as mãos. Avaliação não é isto. É outra coisa inteiramente diferente.

É uma pena que a maior parte dos chefes seja gente 'sem umas tintas de filosofia' como dizia o Descartes... e fazem todos a mesma coisa...

Outro dia que andava com a Cecília numa caminhada na Serra e reparei num rebanho de ovelhas que saiam do curral para ir pastar. Iam em fila indiana. Não que não tivessem espaço para espalhar-se, mas porque seguiam a que ia à frente. Quando esta parava paravam todas atrás dela...isto dá que pensar.

 

publicado às 21:04



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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