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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
imagem da net
roubada do jornal i
A visão da Terra, vista do espaço é de cortar a respiração! O pulcro azul dos oceanos no fundo negro do espaço polvilhado de pontos de luz... como é que é possível olhar-se este cenário sem espanto, sem filosofia? O mistério da causa de todas as coisas... porque existem coisas? Porque existem coisas tão belas? Porque somos capazes de vê-la, de apreciar a beleza? Porque é que a visão da beleza causa emoção? Porque é possível ficarmos a contemplá-la sem cansaço? Porque nos emocionam as cores? O que se passa nos confins do Universo? Estamos sozinhos? E, se estamos, qual é o sentido disso? Porque é que existem coisas? E nós? Somos o quê ao certo? Porque não o nada? E, como é possível viver sem se andar preocupado com estas coisas e espantado com a sua existência?
Descartes dizia que a Filosofia é a ocupação mais importante de todas que existem:
É propriamente ter os olhos fechados, sem jamais tentar abri-los, viver sem filosofar; e o prazer de ver todas as coisas que a nossa visão descobre não é comparável à satisfação proporcionada pelo conhecimento daquelas que encontramos por meio da filosofia; e, finalmente, esse estudo é mais necessário para regrar os nossos costumes e conduzir-nos por essa vida do que o uso dos nossos olhos para orientar os nossos passos. Os brutos animais que apenas possuem o corpo para conservar, ocupam-se, continuamente, com procurar alimentá-lo; mas os homens, cuja parte principal é o espírito, deveriam primacialmente empregar o tempo na pesquisa da sabedoria, o seu verdadeiro alimento. (...)
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