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Um protector apoiante de pedófilos... é o novo representante da Santa Sé no país. E o que é que isto diz acerca do que a Santa Sé pensa do País...? Que aqui não se levantam ondas...

 

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publicado às 11:10

 

 

 

Woody Allen's adopted daughter Dylan Farrow alleges she was sexually abused in open letter to @nytimes

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Uma rapariga faz uma acusação, a mãe defende-a e pede uma investigação mas, o pai é uma figura conhecida, amiga da maior parte das pessoas conhecidas e é popular, de modo que se abafa o caso, dá-se a entender que a rapariga estará a mentir apesar de se saber que os casos de abuso sexual são muito comuns, apesar de raramente as queixas serem falsas (as falsas queixas são uma décima de gota num oceano de crimes) e, sobretudo, apesar da Mia Farrow, que era mulher dele, ter afirmado a verdade da queixa e ter-se imediatamente separado dele assim que a garota fez a queixa há uns anos.

A presunção de inocência dele sem ao menos haver uma investigação à queixa dela, afirma a presunção de mentira da rapariga, o que representa o total desprezo pelos seus direitos. Alguém faz uma queixa e nem se dão ao trabalho de responder como se a rapariga fosse, ela mesma, a criminosa. A arbitrariedade de quem pode e o reforço da sociedade sexista.

Eu gosto dos filmes do Woody Allen mas, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa...

 

Este fim de semana estive a ver uma série americana que está a passar nos EUA e que todos diziam ser muito boa, com os actores Matthew McConaughey e Woody Harrelson, da HBO, chamada True Detective. Vi os três episódios que já saíram. A série está feita com bom gosto, bons diálogos e muito boas representações mas depois, o que estragou aquilo, para mim, é que todas as mulheres que aparecem, ou são prostitutas ou esposas sem identidade e vida própria, ou empregadas dos homens. Pior, de 20 em vinte minutos há uma cena metida a martelo com uma mulher a despir-se e a fazer sexo com alguém... para mim a série morreu ali... como não havemos de viver numa sociedade que tolera muito bem a violência sexual sobre as mulheres se toda a Tv e os media em geral são de uma ofensa e de uma violência constantes contra as mulheres, nomeadamente naquilo que chamo a 'pornificação' da imagem das mulheres.

 

 

publicado às 16:13


fortes indícios

por beatriz j a, em 19.06.10

 

 

 

Caso Casa Pia

Tribunal considerou que prisão preventiva de Paulo Pedroso não foi ilegal

A Relação entendeu que, no caso do ex-dirigente socialista, a prisão preventiva foi decretada “por um juiz competente [Rui Teixeira] com fundamento em fortes indícios do mesmo ter praticado vários crimes de abuso sexual de crianças” e que “sendo esses crimes puníveis com pena de prisão de máximo superior a três anos (...) pode afirmar-se ser legal a prisão preventiva”.

 

 

Mais outro que se queixou de injustiça e de danos e que viu o protesto negado. Uma quantidade de gente que nos governa-directa ou indirectamente- foi acusada de pedofilia.

publicado às 11:07


pedofilia não é uma coisa rara

por beatriz j a, em 26.04.10

 

 

Santarém

“Sinto desejo irresistível por crianças”

Ex-chefe de secretaria de escola de Alcanede confessa abuso sexual de alunos menores.

 

Que os pedófilos escolham profissões onde possam ter acesso fácil a crianças não me espanta. O que me espanta é a quantidade de pedófilos que existe. Eu sei que a pedofilia está classificada como uma perversão sexual - parafilia, como se diz, hoje em dia- mas não me parece ser a mesma coisa que gostar de fétiches ou de levar palmadas. É uma coisa de outra ordem muito diferente. É da ordem do crime, e do crime hediondo.

Comecei a aperceber-me da quantidade de pedófilos que existem, aquando do caso Dutroux, o serial kiler belga que raptava, molestava e matava crianças.

Nessa altura estava a viver em Bruxelas e não se falava de outra coisa porque Dutroux confessou fazer parte duma rede de pedófilos que ocupavam cargos na polícia, nos tribunais e no governo belga. Houve pressões superiores e tentativas de sabotar as investigações. O que acabámos por perceber é que a pedofilia não é, como eu pensava, uma coisa rara. Pelo contrário, é mais comum do que parece e isso levanta questões perturbadoras acerca do ser humano.

O Freud ligava estas coisas a experiências de sexualidade traumatizantes da infância mas punha tudo no mesmo saco. A mim parece-me que tem de se distinguir umas perversões de outras. A maior parte das perversões, sejam classificadas como patologias ou meros desvios à norma, não são imorais. São jogos, mais ou menos compulsivos, mais ou menos violentos, mas controlados, entre adultos, onde não há crime nem ofensa contra ninguém. Tudo é pedido e consentido. No entanto, há perversões que já são de outra categoria francamente imoral e criminosa, como é o caso da pedofilia, que não pode, penso eu, ser vista como 'apenas' mais uma perversão ou desvio.

Dizer, como se tem ouvido muito nestes dias, por causa da igreja, que o celibato leva à pedofilia, por questões de tentação, etc., parece-me um grande erro de perspectiva. O celibato (que poderá ser ele próprio uma perversão) não causa tentações pedófilas porque a pedofilia não é uma tentação. Tentação é comer chocolates, ou fumar um cigarro. O impulso sexual não é dirigido, naturalmente, para crianças; logo, estas não são objecto de tentação a não ser para uma mente criminosa e imoral. Ou amoral. enfim, há qualquer coisa muito avariada (não sei se com possibilidade de reparação) nessas pessoas.


 

publicado às 12:59

 

 

 

Declarações de Tarcisio Bertone Santiago do Chile

“Número dois” do Vaticano relaciona pedofilia com a homossexualidade

“Muitos psicólogos e psiquiatras demonstraram que não há relação entre o celibato dos padres e a pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e disseram-me recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia”, afirmou Bertone.

 

Agora não é possível ler um jornal sem deparar com uma pérolazinha de sabedoria (não se sabe se de inspiração divina?) sobre pedofilia por parte, não dum qualquer zé-ninguém, mas do número dois, ou número três, ou algo do género, da Igreja. Desta vez para dizer que a culpa é dos homossexuais.

Quem também culpava muito os homossexuais disto e daquilo eram os nazis, que como se sabe acabaram a queimá-los no forno. Os muçulmanos também os matam.

Aqui no Ocidente gostávamos de nos gabar de sermos mais civilizados, e de dizer que isso se via no modo como tratávamos o nosso semelhante. Pois a Igreja, primeiro esconde os criminosos e até os pões perto de novas vítimas, e depois diz que a culpa é dos homossexuais. Sim, senhor! Grandes modelos de comportamento moral!

 


publicado às 18:53


os lobos a guardar o rebanho?

por beatriz j a, em 12.04.10

 

 

 

Padres eram apenas transferidos

Igreja belga não deu seguimento a 300 denúncias de pedofilia

“Os padres postos em causa mais vezes foram transferidos, mas nunca houve sanções”, conta Devillé, lamentando a falta de apoio da hierarquia católica belga. “Foram muito poucos os padres que nos ajudaram.” Na maioria dos casos, explica, foi dito às vítimas que os seus casos tinham “infelizmente prescrito”. Houve até vítimas que acabaram acusadas de difamação.

“Tivemos o caso de um padre acusado três vezes de abusos e que de cada vez era transferido para um local onde não fosse conhecido, onde continuava a abusar”, conta o padre Devillé.

 

Quem é que precisa de uma instituição religiosa onde se pratica o crime sem pudor? Quantas centenas de vidas não teriam sido poupadas à destruição se estes indivíduos tivessem imediatamente entregue os criminosos à justiça? Quantas crianças inocentes são agora, também elas, pedófilas, por causa das acções da igreja? Quantas vidas têm estes tipos às costas?

Os pais a entregarem os filhos nas mãos de padres, nos colégios, nas catequeses, nos grupos de jovens, etc., sem saberem que estavam a pôr os cordeiros no covil dos lobos...

Quam precisa duma instituição destas? Os mesmos padres que acobertam crimes repugnantes entram depois no confessionário para absolver(!) os pecados dos outros, mandá-los fazer penitência, pregar-lhes sermões sobre inocência e bondade.

Os lugares mais altos da hierarquia da igreja estão pejados de lobos de pele de cordeiro. A metáfora do rebanho que tanto gostam é correcta, só a do pastor é que não: na verdade quem guarda o rebanho são os lobos.

A arrogância maldosa dos homens em todo o seu esplendor. Quem precisa disto?

 


publicado às 12:26


UAU! Grande lider espiritual!

por beatriz j a, em 10.04.10

 

 

 

Pedofilia na Igreja   SOL
Bispo do Tenerife afirma que «há menores que provocam o abuso» sexual
O bispo do Tenerife, Bernardo Alvarez, a autoridade religiosa máxima nessa região espanhola assegurou numa entrevista ao diário local La Opinión que «há menores que desejam o abuso e que o provocam»
Mais à frente o bispo comparou a homossexualidade com os abusos, apesar de assegurar que existe uma diferença clara entre os dois questionando: «Porque é que o abusador de menores é considerado doente?»

publicado às 10:54


está tudo doido

por beatriz j a, em 09.04.10

 

 

Papa quer encontrar-se com vítimas de pedofilia

“Todos devemos aprender com o Papa Ratzinger”, diz Lombardi. O porta-voz do Vaticano assegura que o Papa demonstra uma atitude muito coerente ao responder pacientemente “ao fluxo interminável” de revelações que querem “arruinar a credibilidade” do Papa e da instituição Igreja.
Lombardi assume a necessidade da formação concreta dos futuros sacerdotes, no que envolve a sexualidade, como medida preventiva de possíveis abusos sexuais futuros.

 

 

Inacreditável. As revelações dos casos de crimes por parte de padres são para arruinar o Papa? Quer dizer que os padres abusaram das crianças com o intuito de arruinar o Papa? Formação concreta para evitar crimes sexuais? Isto é a sério? Acções de formação de prevenção de pedofilia? Teologia e oração contra tendências pedófilas? Esta gente é doida!

 

publicado às 22:59


coisas que nos deixam doentes

por beatriz j a, em 09.04.10

 

 

Iémen: Lesões genitais matam noiva de 13 anos

Uma menina de 13 anos morreu no Iémen devido a uma hemorragia provocada por ferimentos nos órgãos genitais quatro dias depois de ser forçada pela família a casar-se com um homem mais velho. A denúncia partiu de uma organização dedicada à defesa dos Direitos Humanos no país islâmico.

A vítima de 13 anos morreu a 2 de Abril numa localidade da província de Hajja e o seu marido de 23 anos foi detido pelas autoridades. O relatório da autópsia indica que sangrou até à morte devido às lesões que sofreu ao ter relações sexuais.

Segundo o Fórum das Irmãs Árabes para os Direitos Humanos, o casamento deveu-se a um acordo entre dois homens que ofereceram um ao outro as respectivas irmãs para evitar o pagamento de um dote.

 

O Islão pratica alegremente a violação de menores - a pedofília, que apesar de tudo faz escândalo no Ocidente, como se vê pelo que está a acontecer na Igreja cristã, é prática institucionalizada pela religião do Islão, onde as mulheres são tratadas como nem os animais se tratam.

É difícil não se ficar doente. A semana passada li um artigo no site http://brasil.indymedia.org/es/blue/2007/11/401938.shtml sobre o Feminicídio no Congo, por Eve Ensler. é inacreditável a frequência com que a Humanidade cai nas trevas. Na realidade, há pequenas bolsas de ar respirável na História. Muito pequenas. Duram pouco tempo e são restritas a uma ou outra zona do planeta. Depois, cai-se outra vez na barbárie. O que não entendo é como é que essas pessoas não entendem que o que destrói uma parte se reflecte na saúde do todo.

 

Este é parte do testemunho da Eve Ensler:

 

Volto do inferno. Procuro desesperadamente uma maneira para lhes contar o que vi e ouvi na República Democrática do Congo. Procuro uma maneira para lhes narrar as histórias e as atrocidades, e, ao mesmo tempo, evitar que fiquem abatidos, chocados ou afetados mentalmente. Procuro uma maneira de lhes transmitir o meu testemunho sem gritar, sem me imolar ou sem procurar uma AK 47.

 

Não sou a primeira pessoa que denuncia as violações, as mutilações e as desfigurações das mulheres do Congo. Existem relatórios a respeito deste problema desde 2000. Não sou a primeira que conta essas histórias, mas, como escritora e militante contra a violência sexual contra as mulheres, vivo no mundo da violação. Passei dez anos a ouvir as histórias de mulheres violadas, torturadas, queimadas e mutiladas na Bósnia, Kosovo, Estados Unidos, Cidade Juárez (México), Quênia, Paquistão, Haiti, Filipinas, Iraque e Afeganistão. E, apesar de saber que é perigoso comparar atrocidades e sofrimentos, nada do que eu tinha escutado até agora foi tão horrível e aterrorizador como a destruição da espécie feminina no Congo.

 

A situação não é mais do que um feminicídio, e temos que a reconhecer e analisar como tal. É um estado de emergência. As mulheres são violadas e assassinadas a toda hora. Os crimes contra o corpo da mulher já são horríveis por si. No entanto, há que acrescentar o seguinte: por causa de uma superstição que diz que, se um homem viola mulheres muito jovens ou muito idosas, obtém poderes especiais, meninas de menos de doze anos de idade e mulheres de mais de oitenta anos são vítimas de violação.

 

Também é necessário acrescentar as violações das mulheres em frente de seus maridos e filhos. Mas a maior crueldade é a seguinte: soldados seropositivos organizam comandos nas aldeias para violar as mulheres, mutilá-las. Há relatos de centenas de casos de fístulas na vagina e no recto causadas pela introdução de paus, armas ou violações colectivas. Essas mulheres já não conseguem controlar a urina ou as fezes. Depois de serem violadas, as mulheres são também abandonadas por sua família e sua comunidade.

 

No entanto, o crime mais terrível é a passividade da comunidade internacional, das instituições governamentais, dos meios de comunicação... a indiferença total do mundo perante tal extermínio.

(...)

No leste do Congo existe um clima de violência. Nesta zona as violações tornaram-se, tal como me disse uma sobrevivente, um "esporte nacional". As mulheres são menos do que cidadãs de segunda classe. Os animais são mais bem tratados. Parece que todas as tropas estão implicadas nas violações: as FDLR, as Interahamwe, o exército congolês e até as Forças de Paz da ONU. A falta de prevenção, de proteção e a ausência de sanções são alarmantes.

 

Passei uma semana no Hospital de Panzi, vivendo em uma aldeia de mulheres violadas e torturadas. Era como uma cena de um filme de terror futurista. Ouvi histórias de mulheres que viram os seus filhos serem brutal e cinicamente assassinados. Mulheres que foram forçadas, sob a ameaça de armas, a ingerir excrementos, a beber urina ou a comer bebês mortos. Mulheres que foram testemunhas da mutilação genital dos seus maridos ou, durante semanas, violadas por grupos de homens. Essas mulheres faziam fila para me contar as suas histórias. Os traumas eram enormes e o sofrimento extremamente profundo. ...

 


publicado às 19:10


confissões

por beatriz j a, em 08.04.10

 

 

Bispo norueguês confessa ter abusado sexualmente de menor há 20 anos

Igreja católica da Noruega "está em estado de choque", depois do bispo Georg Mueller se ter assumido culpado de abuso sexual contra um menor.

Na igreja católica acham que tudo se resolve com uma confissão. 'Pois, opá, fui eu, sim, desculpa lá. Vou rezar um terço e duas avé marias. Ciao'. E pronto, está o assunto arrumado.

 


publicado às 08:16


breviário

por beatriz j a, em 04.04.10

 

 

 

Parece que há um grupo de homens de apoio ao violador de telheiras que tem vindo a crescer no facebook. Apoio às vítimas desse criminoso, nada. Também há um grupo de apoio aos padres pedófilos, dentro da Igreja, a começar pelo Papa e mais altos responsáveis. Apoio às vítimas, nada. O exorcista mor do Vaticano -Gabriele Amorth- diz que as críticas à Igreja são obra do Diabo. Como diz uma cronista do NYT, o que a Igreja precisa não é de um exorcista, mas dum 'sexorcista'.

Estamos na semana da Páscoa, a mais importante do calendário católico. Nesta semana é obrigatório a confissão dos pecados e o arrependimento, mas a Igreja só se preocupa em acusar os outros e não mostra sinais de arrependimento. Não é que haja mais pedófilos entre os padres do que entre outros. Não é que acreditemos que a Igreja é imune aos crimes dos homens, mas acreditávamos que a Igreja fosse uma instituição do lado do bem, do lado da humildade, do lado da verdade, do arrependimento, da compaixão pelas crianças, do lado da justiça. Mas não é.

Dos argumentos usa sempre o que lhe interessa mais: os padres são criminosos? É porque a Igreja é constituída por homens, não santos. Os padres criminosos não são entregues à justiça? É porque a Igreja é uma instituição divina que está acima dos homens e não lhes deve explicações!

A quantidade de casos de pedofilia entre padres que surgem por todo o lado é chocante, sobretudo pelo encobrimento que tiveram, que custou mais milhares de vítimas que poderiam, e deveriam, ter sido evitadas se, em vez de encobrir e tranferir padres de paróquia em paróquia, os tivessem denunciado e entregue à justiça. Porque o que este encobrimento diz é que a aparência de respeitabilidade pesou mais que a vida e o sofrimento das crianças. Ou seja, a questão foi ponderada e puseram num dos pratos da balança, a destruição da vida de crianças e no outro a aparência de respeitabilidade moral da Igreja e, o que mais pesou, foi esta última. Este 'comércio' com a vida e sofrimento das crianças é que é completamente imoral e inaceitável da parte duma instituição religiosa. Segundo os padrões da própria Igreja Católica, este não é um pecado venial, e as pessoas que o cometeram fizeram-no na plena consciência dos seus actos.

Quem é que acredita no Papa ou outros quando vêm agora dizer que não sabiam de nada quando houve danças de padres entre paróquias, documentos a defender o secretismo do assunto, etc?

A Igreja católica começa a parecer-se, demasiadamente, com a Muçulmana, no desprezo pela vida, sobretudo das crianças e das mulheres, e na luta pelo poder, a qualquer custo.

publicado às 08:47


hipócritas que desprezam as mulheres

por beatriz j a, em 02.04.10

 

 

Áustria: Escândalos de pedofilia

Igreja admite que ocultou

As palavras de Schoenborn, próximo de Bento XVI, surgem numa altura em que se multiplicam denúncias de abusos cometidos por padres. Ontem soube-se que a Justiça francesa está a investigar um padre, director da Rádio Cristã, por antigos crimes contra um menor.

Durante a homilia da missa crismal de ontem, que deu início às celebrações da Páscoa, o Papa não se referiu aos abusos, mas afirmou que os cristãos não devem aceitar leis injustas como o aborto. “Também hoje, é importante para os cristãos seguir o direito, que é o fundamento da paz. Também hoje, é importante para os cristãos não aceitar uma injustiça que é elevada a direito – por exemplo, quando se trata do assassinato de crianças inocentes ainda por nascer.”

 

A Igreja está cheia de pedófilos cujos crimes são acobertados, e até alimentados, uma vez que em muitos casos transferiam os padres de uma paróquia para outra, onde recomeçavam com outras crianças - mas o Papa, na homilía, só se lembra de chamar assassinas às mulheres...

 


publicado às 10:52


isto é grave

por beatriz j a, em 25.03.10

 

 

Igreja concentrou-se em evitar o escândalo e não nas vítimas P

Vaticano não agiu contra padre americano que abusou de 200 rapazes

Altos responsáveis do Vaticano – incluindo o Papa Bento XVI – não tomaram medidas contra um padre que abusou de mais de 200 rapazes, noticia o “The New York Times”.

 

Isto é mesmo grave. É que não se trata de um ou outro padre pedófilos. Trata-se do Arcebispos e outros Bispos que, ao ocultarem uma série de crimes durante anos a fio, não só são cúmplice desses crimes (o Papa é uma dessas pessoas que encobriram milhares de crimes) como são traidores de tudo aquilo que representam e defendem, porque defendem, acima de tudo, uma ética, uma moral e uma virtude cristãs.

É muito diferente, no que respeita a este caso, serem talhantes ou médicos, por exemplo, do que serem padres, porque estes se assumem como modelos sociais do que deve ser o homem - sem complacências, já que ameaçam com o Inferno e a Eterna Danação. As pessoas ouvem o que eles dizem, fazem o que eles fazem. São guias espirituais e de conduta de milhares. São pessoas que julgam os seus semelhantes e, por isso, se põem acima deles em termos morais.

Acho isto mesmo grave e se essas pessoas tivessem de facto uma moral cristã coerente e vivida, abandonavam os cargos e iam fazer penitência paraqualquer sítio.

 


publicado às 14:34

 

 

 

Casa Pia SOL
Tribunal arquiva processo interposto por Pedroso
Paulo Pedroso, ex-deputado e ex-dirigente do PS, teve mais uma derrota em tribunal. O terceiro processo por difamação – contra os jovens da Casa Pia que o acusaram de pedofilia – foi arquivado hoje, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TICL)

 

 

publicado às 19:42


encobrimentos perversos

por beatriz j a, em 28.11.09

 

 

Um explosivo relatório de 700 páginas
Arcebispos da Irlanda esconderam durante décadas abusos sexuais
  PÚBLICO
 
O cardeal Desmond Connell, que foi primaz da Igreja Católica na Irlanda, e mais três arcebispos do país são apontados num demolidor relatório de 700 páginas como tendo encoberto durante décadas o abuso sexual de crianças por sacerdotes de Dublin.

A não comunicação de crimes à polícia, de modo a proteger o bom nome da Igreja, é uma das faltas apontadas neste trabalho aos quatro arcebispos, segundo conta hoje o jornal britânico "The Daily Telegraph".

Trata-se do segundo relatório que nestes últimos seis meses vem falar de abusos de crianças em instituições católicas da República da Irlanda, depois daquele que em Maio falou de décadas de flagelações, de trabalho escravo e de violações colectivas em grande parte do antigo sistema de escolas e reformatórios.

"Vai ser uma leitura de horrores. Não só as vítimas ficarão chocadas, como os paroquianos irão ficar chocados e questionarão a sua fé", comentou a associação The Irish Survivors of Child Abuse, a propósito deste relatório a divulgar oficialmente hoje pelo Ministério irlandês da Justiça.

Neste trabalho destaca-se a normalidade de a hierarquia transferir os abusadores de uma paróquia para outra, em vez de enfrentar frontalmente o problema.

Em especial, destaca-se o comportamento negativo do cardeal Connell e dos arcebispos John Charles McQuaid,  Dermot Ryan, e Kevin McNamara todos eles encobridores dos delitos cometidos por sacerdotes da arquidiocese de Dublin.

O arcebispo Martin, que sucedeu ao cardeal Connell, hoje com 83 anos, chegou à conclusão de que, desde 1940, mais de 400 crianças contaram ter sido abusadas por pelo menos 152 sacerdotes, só na área da capital irlandesa.

São ao todo cinco volumes de horrores, que levaram nove anos a compilar, para se mostrar como muitos orfanatos e escolas industriais da católica Irlanda do século XX eram lugares de medo, de negligência e de abuso sexual sistemático.

 

 A banalidade com que a pedofilia é encarada pela Igreja Católica é chocante, mas não surpreendente, se pensarmos na sua frequência.

A Igreja é uma instituição que instiga o desprezo pelas mulheres e obriga ao celibato, por medo das mulheres, e proibe hipocritamente a homossexualidade, embora saiba que é prática corrente no seu seio.

Obrigados a uma anormal repressão da líbido e cheios de ideias de pecado e culpa e recalcamentos acabam por fertilizar o terreno das perversões. E quem atacam? Os mais vulneráveis, claro: as crianças.

Tudo isto é vergonhoso por parte duma instituição que prega o bem e o amor às crianças, e é indesculpável porque era evitável.

O encobrimento banal destes crimes pela hierarquia é revelador da mentalidade perversa da Igreja em tudo o que diz respeito ao sexo.

Cada vez é mais evidente que a Igreja condena muitas pessoas à neurose e a vidas de fingimento, repressão, recalcamento e perversão.

Esta semana é notícia cá no país um padre ter fugido com uma rapariga por quem se apaixonou: good for them!

 

 

 

publicado às 06:29


Isto mete nojo!

por beatriz j a, em 09.10.09

 

 

 
Caso Casa Pia
Ferro Rodrigues perde recurso contra casapiano
Ferro Rodrigues perdeu, no Tribunal da Relação de Lisboa, o recurso em que contestava o arquivamento da queixa-crime contra o aluno da Casa Pia que o acusou de participar em orgias e de fazer parte de uma lista de clientes de Carlos Silvino, avança a edição do SOL desta sexta-feira.

O antigo líder socialista pretendia que o jovem – referido no processo Casa Pia como o braço-direito de Silvino – fosse julgado por difamação. Por acórdão de 24 de Setembro, a Relação de Lisboa decidiu arquivar a queixa.

 

Depois de o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TIC) ter decidido não pronunciar o menor e de o Ministério Público ter arquivado o inquérito por eventual crime de falsidade de declaração, Ferro Rodrigues avançou com uma acusação particular.

O TIC, porém, considerou que o antigo casapiano não tinha mentido, pelo que não foi pronunciado. Agora, a Relação vem confirmar essa decisão, deixando Ferro Rodrigues sem possibilidade de novo recurso.

 

Outra vez! Quantas vezes é que estes tipos acusados de coisas infâmes (o Paulo Pedroso, o Ferro Rodrigues) já tentaram acusar os miúdos, vítimas de terríveis sevícias? E quantas vezes é que perderam tendo de todas as vezes os tribunais respectivos declarado, explicitamente, que os miúdos não mentiram?

Se os miúdos não mentiram é porque disseram a verdade.

Porque razão estes indivíduos continuam na vida política, apadrinhados por primeiros ministros e ex-presidentes da República?

Não basta sermos governados tantas vezes por corruptos, ainda teremos que ser também por gajos acusados  de crimes odiosos?

Tudo isto mete nojo!

 

 

publicado às 21:51


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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