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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Um amigo está a trabalhar num projecto de uma Universidade constituído em ONG que consiste em formar diplomatas de países em vias de desenvolvimento para que possam trabalhar com os diplomatas dos países ocidentais em instituições como a ONU e outras semelhantes sem que haja um fosso muito grande no que respeita à formação e conhecimentos entre eles. A formação é gratuita, obviamente.
Ele estava a contar-me isto e eu estava a pensar que aqui em Portugal também acontecia dantes as licenciaturas serem praticamente gratuitas (uma pessoa pagava o custo do papel selado que eram trinta escudos ou assim, por disciplina) o que beneficiou milhares de estudantes que de outro modo não poderiam ter estudado e essa aposta na educação beneficiou o país. Havia de facto meritocracia. Agora o que há é pessoas que podem pagar propinas e outros custos associados ao estudo e pessoas que não o podem pagar e até acontece as licenciaturas terem sido reduzidas em anos e qualidade para obrigar os alunos a pagarem caríssimo o resto da formação em forma de mestrado.
A grande maioria dos políticos que têm andado pelo poder e que tomaram estas decisões de pôr a Universidade a custar imenso dinheiro e a limitar as bolsas de estudo nunca teriam estudado se a universidade custasse o que custa hoje. Eu talvez não tivesse tirado um curso porque entrei para a Universidade no ano a seguir ao meu pai morrer e à minha mãe ter ficado sozinha a sustentar sete filhos todos em idade de estudar.
Hoje em dia é necessário grandes financiamentos e ONGs para que pessoas sem possibilidades económicas tenham acesso a uma formação superior. É triste este retrocesso que castiga os que menos têm e que nos prejudica a todos.
I like to have white or ambient noise playing while I study, so I thought I’d share a list of my favourite websites in case anyone else was interested.
An ambient noise reference for those of you who like to listen to white noise when you study…
I’m a big fan of rainymood with music at the same time for hardcore study sessions.
(via studying-hard)
Estudantes do ensino superior devem mais de 200 milhões de euros aos bancos
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Sistema de garantia mútua lançado há seis anos chegou ate agora a 20 mil alunos, um terço dos quais é simultaneamente bolseiro.Valor dos empréstimos em incumprimento é de 8,5 milhões de euros. Estudantes queixam-se que é cada vez mais difícil pagar o crédito.
Há uma data que não sai da cabeça de Sofia: Outubro de 2014. É nessa altura que começa a pagar ao banco o empréstimo que pediu para estudar. A partir de então, terá que encontrar 300 euros mensais para devolver os 20 mil euros que lhe foram disponibilizados para conseguir concluir o seu curso (...)
“Encaro essa data com pânico”, confessa. Tem 31 anos, terminou o curso no final do ano passado, e ainda não consegue encontrar emprego na sua área de formação.
Num país em que a taxa de desemprego jovem não tem parado de aumentar – 35,4%, a terceira taxa mais alta da OCDE (…) os jovens portugueses devem mais de 200 milhões de euros à banca.
O PÚBLICO lançou esta semana um apelo aos seus leitores, tentando encontrar casos de pessoas que tenham recorrido a estes empréstimos para completar uma formação no ensino superior. Nas primeiras 24 horas, chegaram ao jornal cerca de 200 contributos de estudantes. Depois disso, os e-mails continuaram a entrar. Entre eles, uma questão-chave: a dificuldade que têm em encontrar meios para pagar de volta aquilo que receberam.
É o caso de Cláudia Duro, 25 anos. Formou-se em enfermagem e para pagar o empréstimo pedido em 2008 teve que encontrar um emprego. O melhor que conseguiu foi um part-time de quatro horas diárias num hipermercado. Ricardo Rocha, 27 anos, licenciado em Psicologia Aplicada, tem que trabalhar em dois empregos, num total de 11 horas por dias. Entra às 8h30 no trabalho a full time e só sai às 21h00 do part-time. “Praticamente deixei de ter vida própria”, diz.
Há outra expressão que se repete entre as centenas de contributos recebidos nos últimos dias: emigrar.
Dantes o Estado financiava directamente os estudantes que necessitavam agora financia os bancos para que estes emprestem dinheiro a juros aos estudantes... para que estes fiquem presos a uma dívida à banca? Estamos a desperdiçar uma geração de pessoas com cursos superiores e vontade de trabalhar porque em vez de se investir neles e na educação investe-se na banca.
Volta e meia ajudo alguém da família a ultrapassar dificuldades na disciplina de Filosofia. Constato que na maior parte das vezes o problema está em que não sabem como estudar. Nunca percebi bem aquela disciplina de estudo acompanhado porque penso que é dever de todo o professor ensinar os alunos as metodologias e modos de estudo da sua disciplina. Parece-me óbvio. É assim como ir aprender o ofício de carpinteiro e o mestre ficar à espera que cada um dos aprendizes descubra sózinho como se usam as ferramentas. Compreendo um tempo, na escola, para alguns alunos fazerem os deveres, os trabalhos de casa, se em casa não podem ter esse acompanhamento, mas não uma disciplina onde se ensine aquilo que faz parte da orgânica da aula.
Na crise em que estamos todos os problemas da educação se irão agravar: turmas maiores, professores com mais horas e turmas...é uma pena porque a aposta na educação é a aposta no país. Isso viu-se claramente no modo como nestes últimos anos se investiu massivamente na investigação científica e em pouco anos estamos no topo da investigação em várias áreas...mas, porque houve um investimento muito grande em recursos, físicos e humanos. Sem investimento não há educação de qualidade.
Uns estudaram e passaram exames. Os resultados estão à vista.
outros jogaram nas novas oportunidades'. Os resultados estão à vista...
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