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Este vídeo não é fácil de ver mas é necessário que seja visto. Deve haver muitas situações parecidas com esta dentro das salas de aula. Porque é que esta monitora não mandou parar o autocarro junto de uma esquadra da polícia e se recusou a continuar viagem? Onde está o motorista do autocarro e porque não fez nada? Não é um adulto? Concerteza apercebeu-se da situação...
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isto para mim diz muito da aceitação que o bulllying aos professores tem tido por parte da sociedade, pese embora os discursos de indignação.
Os governos desautorizaram e degradaram a profissão de professor em praticamente todo o mundo ocidental, como meio de terem bodes espiatórios das suas insuficiências enquanto governantes. Os pais aproveitaram essa situação para pressionarem os professores a 'servirem' os filhos no modo como mais lhes convém. As direcções das escolas, em muitos casos, têm pavor dos pais e de darem nas vistas como escolas com problemas porque isso põe em causa a continuidade das equipas. Pressionam os professores para agradarem aos pais. Muitos professores têm medo dos pais e pressionam os colegas para que tudo façam, de modo a que nenhum pai se queixe de coisa alguma. No fim desta linha estão os alunos que vão crescendo para os adultos -professores e funcionários- à medida que verificam que os seus abusos não são travados e até são tolerados. Os alunos são especialistas em porem adultos, uns contra os outros...
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Os pais têm que compreender que são responsáveis pela educação dos seus filhos.
Entendo que o facto da educação ser obrigatória não implica que o Estado tenha que a providenciar independentemente de qualquer circunstância.
As crianças e jovens têm direito ao acesso a uma educação de qualidade dentro dum código de conduta de responsabilidade. Não está escrito em lado nenhum que o Estado tem o dever de financiar os estudos de jovens que se recusam a estudar e chumbam repetidamente ou que cometem crimes. Eu quero, enquanto contribuinte, participar na educação das gerações mais novas. Acredito que cada geração deve contribuir para a formação das gerações que se lhes seguem. Agora, não quero que os meus impostos sirvam para financiar os estudos de alunos que não estudam e chumbam ano após ano ou que cometem actos criminosos que ultrapassam os limites do razoável, mesmo tendo em conta a idade e o contexto de onde vêm. Acho um desperdício do dinheiro dos meus impostos, que me dá muito trabalho a ganhar.
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Se a um aluno são dadas oportunidades atrás de oportunidades e não as aproveita, chumbando repetidamente, então, se quer continuar a frequentar uma escola, que a pague (ou os pais) do seu bolso.
Se um aluno tem comportamentos criminosos como os que se vêem neste vídeo a escola deveria poder expulsá-lo. É das coisas mais destrutivas que existem, uma vítima ser obrigada a continuar a partilhar o mesmo espaço com o seu abusador. Ter que aturar a sua presença é uma constantes lembrança do acto de abuso em si mesmo. Sempre me escandalizaram os casos em que alunos abusaram violentamente de colegas e depois de um raspanete e/ou uns dias de suspensão voltam à mesma turma de tal modo que a vítima tem que sentar-se ao lado do abusador e conviver com ele. Acho chocante. Direitos que se concedem aos abusadores à custa da destruição continuada das vítimas. Uma menorização e desresponsabilização dos abusos e crimes.
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Entendo mesmo que em casos graves em que um aluno fosse expulso, nenhuma escola teria a obrigação de o aceitar como estudante, mesmo estando dentro da idade da escolaridade obrigatória. A que propósito os nossos impostos hão-de pagar a educação de alunos violentos e criminosos? E a que propósito alunos de outra escola terão de estar sujeitos à violência destes indivíduos que andam dumas escolas para outras? Não sabem estar civilizadamente entre outros seres humanos sem se comportarem como predadores, pois os pais que paguem a sua educação. Arranjem um colégio privado que os aceite.
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Sou a favor de se darem oportunidades às pessoas. Sou a favor de ter equipas para ajudar os alunos. Sou a favor dos institutos de reinserção social para lidar com casos de alunos de meios complicados que podem deixar marcas de agressividade e violência. Mas também sou a favor da responsabilidade. Onde não há responsabilidade não há liberdade e onde não há autoridade não há responsabilidade. Assim, onde não há autoridade, não há liberdade e, onde não há liberdade, uns são reféns de outros. Como se vê neste vídeo.

publicado às 13:49


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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