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Jura???

por beatriz j a, em 15.03.16

 

 

Em Portugal, a falta de autonomia dos adolescentes “é algo assustadora"

 

Com se isto fosse uma novidade... a quantidade de alunos que tenho que nunca sairam de Setúbal ou que conhecem Lisboa desde a saída da ponte Vasco da Gama até ao estádio da Luz ou de Alvalade... os que ficam a estudar em Setúbal porque Lisboa é muito longe... para não falar em Porto ou Algarve ou Coimbra. Os que passam a passagem de ano em casa porque os pais acham que não é seguro sair com os amigos... mesmo que tenham 18 anos e andem em grupos... a quantidade de pais que vão à escola dizer que queriam que os professores acompanhassem os filhos à viagem de finalistas (é uma viagem particular que não tem nada a ver com a escola...)

Como se isto fosse pouco querem implantar -eu sei que disse implantar- a escola a tempo inteiro. Calculo que vedada com redes eléctricas.

 

 

publicado às 15:25


O ministro das 'coisas giras'

por beatriz j a, em 13.02.14

 

 

escolas-vao-poder-criar-disciplinas-ja-no-proximo-ano-letivo

 

"Queremos ir ainda mais longe, respondendo ao anseio de escolas, de alunos e de famílias que pretendem uma ainda maior liberdade curricular", declarou o ministro.

 

Os 'anseios' das escolas e famílias é ter uma escola que funcione com sentido, propósito e eficácia a vários níveis. Estas medidas fazem-me lembrar aquelas pessoas que, quando falam nas tarefas do DT realçam imenso a decoração dos dossiers com lacinhos e capinhas giras... porque, ou as escolas têm liberdade no crédito horário ou isto vai ser inútil. Pode até ser pior que inútil: pode ser prejudicial nas mãos de pessoas que entendam que umas horas por semana de 'práticas de passarinheiro' têm mais importância que as mesmas horas de Física e Química, por exemplo... enfim, [mais] um erro crato crasso.

Na realidade o que eu acho é que a autonomia das escolas é um instrumento meramente plítico com intenções políticas e que nada tem a ver com educação... e cá estaremos para ver se estou enganada...

publicado às 18:21


Damn right!

por beatriz j a, em 09.09.13

 

 

Secret Teacher: we need to practice what we teach

We teach pupils to be self-sufficient go-getters, but we're forced to toe the party line like over-qualified sheep, says Secret Teacher

 

 

A group of sheep
Teachers' autonomy has been eroded. Now we just toe the party line like over-qualified sheep, says Secret Teacher. Photograph: Jean-Paul Pelissier/Reuters

publicado às 20:50


A autonomia das escolas

por beatriz j a, em 17.07.12

 

 

 

Hoje uma colega que foi lá à escola (funciona lá o agrupamento de exames) contou-me que há tempos mandaram para a sua escola imenso equipamento informático (a escola não foi intervencionada). Tanto, que ficaram com material a mais. Como foram agrupados com uma escola básica, resolveram mandar para essa escola o equipamento excendente, pois essa escola tinha falta de material informático.

Acontece a inspecção ter ido à escola e perguntado pelo material informático que tinha sido enviado. A directora explicou o sucedido. Pois foi-lhes dito que o material estava afecto àquela escola e não tinham autorização para mandá-la para outra. Resultado: lá regressou o material informático a penates e agora está alegremente estacionado nuns armários a ganhar pó.

É isto a autonomia das escolas...

 

publicado às 18:38


autonomia para me obedecerem...

por beatriz j a, em 06.06.12

 

 

 

 

Resposta à Fenprof

Ministério diz que organização do ano lectivo "não é matéria de negociação sindical"

Independentemente do mérito ou demérito das medidas todas deste despacho feito pela calada fica o registo do ministro ao mais puro estilo rodriguista: nada é para negociar. Faça-se como eu digo, e pronto! Dou-vos toda a autonomia de me obedecerem sem negociações de coisa alguma.

Enfim, quem diria, ou melhor, quem esperaria? É por estas e por outras que umas democracias são umas coisas e outras são outras.

 


publicado às 18:08


Outra dúvida

por beatriz j a, em 11.03.12

 

 

 

 

"O facto de, no novo diploma que está em discussão, se prever que os coordenadores dos departamentos nas escolas sejam eleitos e não nomeados fragiliza a liderança dos diretores, que não podem sequer escolher a sua própria equipa", exemplifica.

 

Saiu alguma legislação que tivesse modificado as funções dos Coordenadores? É que os Coordenadores, por lei, são os representantes dos Departamentos no Conselho Pedagógico. A sua função é dar voz aos grupos disciplinares, nomeadamente quantos às necessidades e sensibilidades específicas das disciplinas existentes nas escolas, de modo a que a educação não aconteça à revelia e contra os interesses dos alunos por desprezo e ignorância das necessidades e modos de funcionamento dessas disciplinas. Como muitas vezes os interesses políticos ferem de morte os pedagógicos, a lei estabeleceu assim um modo das disciplinas não poderem ser completamente obliteradas das questões educativas. Ou seja, os Coordenadores nunca foram da equipa do Diretor. A equipa do Diretor é constituída pelo vice-diretor, mais os outros adjuntos. Portanto, ou a lei mudou -é essa a minha dúvida- o que seria mau e empobrecedor para a escola, ou não percebo estas declarações.

 

Uma das coisas que tem posto as escolas a funcionar muito mal é justamente o esvaziamento e a confusão relativamente às funções dos Coordenadores desde que passaram a ser nomedados pelos Diretores pois nem representam os colegas nem têm autonomia de maneira que desapareceu completamente a autonomia dos grupos disciplinares e, com ela, todo o trabalho que desenvolviam.

 

Eu já fui Coordenadora, nos anos em que, pela primeira vez se criaram estes mega-departamentos. Sabia muito bem quais eram as minhas funções: representar os colegas dos vários grupos disciplinares do Departamento e, ao mesmo tempo, tentar decidir sempre com uma visão global da escola e dos compromissos que por vezes são necessários. Não havia subserviência: por vezes tínhamos que ceder por interesses maiores da Presidente do Conselho Diretivo (na altura) e por vezes era ela que cedia se o interesse pedagógico fosse mais importante.

Agora, acontece frequentemente nem se saber no C. P. dos problemas das disciplinas e da escola porque, como os Coordenadores centram a sua acção em dar ordens e avaliar colegas, nem eles próprio, muitas vezes, sabem os problemas das disciplinas ou o que se passa na escola em geral. Há um divórcio muto grande que prejudica o trabalho.

 

É uma falta de educação democrática entender que ter que ouvir a voz dos outros constitui uma fragilização e perda de eficácia quando é justamente o oposto! Ouvir a voz dos outros aumenta a eficácia porque aumenta o conhecimento e a possibilidade de acção atempada, logo, eficaz, sobre os problemas. Diminui as tentações de abusos de poder e dá utilidade pedagógica aos Coordenadores.

 

 

publicado às 14:32


que autonomia?

por beatriz j a, em 14.02.11

 

 

 

Educação

Marçal Grilo defende autonomia imediata para escolas do ensino básico e secundário

Se essa autonomia não vier acompanhada de uma gestão democrática é areia atirada aos olhos, para cegar. Se o Ministério escolhe e nomeia que manda, onde está a autonomia? Se a avaliação é a dos pares, onde está a liberdade pedagógica, ou outra?

Ou é só autonomia para as escolas encontrarem quem as financie de modo a que o Estado se livre de encargos? Está a falar-se de quê, propriamente? Gostava de saber se há algo para além do slogan apelativo...

 

 


publicado às 19:24


cidadãos ou seres humanos?

por beatriz j a, em 04.02.11

 

 

 

 

 

Acabei de ler este livro que o André me emprestou. O livro consiste num conjunto de ensaios à roda de um mesmo interesse, escritos ao longo de vários anos. O interesse é, nas próprias palavras do autor, Os fios que ligam membros de comunidades políticas e, simultaneamente os separa do resto da raça humana. Especialmente no que respeita a comunidades que são um problema para si próprias... ... quando os esforços para proteger a sua segurança levam ao uso de excessiva força, a comportamentos cruéis e humilhantes, negligência e outros modos de infringir os princípios morais que asseguram a igualdade moral de todos os seres humanos. Interessam-se sobretudo pela relação entre, deveres que os indivíduos têm uns para com os outros enquanto cidadãos de estados separados e as obrigações que têm uns para com os outros enquanto pessoas como membros da humanidade.

 

O livro trata da dificíl conjugação entre o facto de sermos cidadãos de um estado (cultural, social, histórico, etc) e, simultaneamente, cidadãos do mundo (seres humanos). O autor aponta caminhos prudentemente optimistas no que respeita às relações entre povos e comunidades nesta era global.

É interessante fazer uma analogia com pequenas comunidades dentro de um estado. Por exemplo, no 'mundo da educação', como se relacionam e conjugam as lealdades e deveres intra-grupais, com as lealdades e deveres mais vastos entre seres humanos. O difícil é ser capaz de humanidade sem perder a especificidade do grupo restrito. O caminho talvez seja o de julgar os factos e situações a partir do ponto de vista do outro e do todo para não cair na tentação da redução à subjectividade de interesses. Podermos ser plenos indivíduos numa sociedade de outros plenos indivíduos em colaboração, não forçada mas desejada. O ideal de 'autonomia' Kantiana. Problema complicado mas eternamente urgente.

publicado às 15:18


Uma hipótese

por beatriz j a, em 16.01.11

 

 

 

A racionalidade do iluminismo trazia em si o germe da sua destruição?

O racionalismo da ciência galilaica e do séculos das luzes, ao delimitar o campo do que pode ser investigado (do que é científico), foi apertando o seu escopo até o reduzir ao espectro das produções do método científico. Ao fazê-lo criou uma fronteira artificial entre diversos campos da realidade que compartimentou com etiquetas de exclusão mútua: certas questões estariam fora do campo da ciência (como a literatura, a arte, a psicologia, a filosofia, etc.) por não serem passíveis de se sujeitarem ao método científico - matemático/experimental. Ora, a ciência, como se sabe, é mecânica no seu funcionamento e desde sempre foi buscar o alimento para a imaginação (que é o que a faz avançar) a campos exteriores. A partir do momento em que se impediu de o fazer retirou a si própria a autonomia que o iluminismo lhe destinava. Os 'homens da ciência' não são mais autónomos, são 'escravos' do método científico e das suas limitações e perpetuam este estado de confinamento às gerações futuras. A racionalidade, enquanto instrumento de autonomia tornou-se instrumento da limitação e dogmatismo que combateu para se afirmar.

É preciso, hoje em dia, deitar abaixo essas falsas fronteiras, reconhecer várias dimensões de cientificidade e, sobretudo, reconhecer a possibilidade de interacção entre corpos sistemáticos de diferentes campos, acho.

 

publicado às 15:46

 

 

 

...e porque é que a ausência de autonomia em trabalhos intelectuais gera maus resultados... isto é completamente verdade! É de tal maneira verdade que conseguem desmotivar pessoas interiormente muito motivadas.

 

 

 

 

 

 

publicado às 19:10


aulas de apoio

por beatriz j a, em 01.08.10

 

 

 

Eu e as colegas de grupo tivémos durante uma série de anos um sistema de aulas de apoio a funcionar na escola que teve sempre um sucesso de 100%.

A coisa funcionava assim: no fim do ano lectivo e no início do seguinte cada uma de nós, nas suas turmas, fazia um levantamento dos alunos que precisavam de apoio e que tipo de apoio. Geralmente eram uns 4 por turma o que dava cerca de 30 e tal alunos no total. Distribuíamos esses alunos em grupos que nunca podiam exceder os 6 elementos (o limite máximo para que o trabalho resultasse) e algumas de nós ficavam com um ou mais grupos com os quais trabalhava 1 vez por semana.

Essas aulas de apoio tinham fichas de diagnóstico e de trabalho próprias e planificação própria. Havia alunos do 10º ano que só precisavam de ajuda para entrar dentro da lógica de funcionamento da disciplina, que é muito diferente do que estão habituados nas outras, de modo que ao fim de um mês podiam sair do apoio; outros tinham dificuldade com um tema em particular: a maior parte tinha problemas relacionados com a Língua Portuguesa -a Filosofia é subsidiária desta- mas mesmos estes tinham problemas diferenciados porque alguns só não sabiam realizar determinadas operações, como problematizar ideias, justificar, confrontar, fazer um comentário, etc., e outros tinham problemas estruturais. Só estes últimos é que frequentavam as aulas durante todo o ano. Os outros, assim que atingiam o que considerávamos necessário para acompanhar as aulas curriculares com proveito saiam do apoio e davam lugar a outros.

Falávamos entre nós todas as semanas porque nem sempre ficávamos com os nossos próprio alunos por questões de compatibilidade de horários. Fazíamos relatórios orais umas às outras sobre os progressos, dificuldades e problemas que detectávamos nessas horas de trabalho quasi-individual. Como eram poucos, os alunos acabavam por ganhar proximidade connosco e partilhar problemas que muito nos ajudavam a ajudá-los e criavam uma relação de confiança que os motivava.

No final do ano fazíamos um relatório pormenorizado com os alunos que tinham frequentado as aulas, as notas ao longo do ano, a percentagem da eficácia do trabalho com base na progressão das notas, incluindo a nota da prova global de escola. Sempre 100% de sucesso.

De ano para ano enriquecíamos o dossier das fichas de trabalho e de diagnóstico e fazíamos acertos no trabalho.

Isto durou até à Lurdes Rodrigues. O Conselho Executivo tinha autonomia para autorizar que as aulas de apoio fossem incluídas no nosso horário e nós tínhamos autonomia para as gerir como entendíamos melhor para os alunos.

No ano em que a Rodrigues chegou ao ministério mandou que os professores se enchessem de turmas para poupar dinheiro de modo que todo o trabalho de apoio passou a ser não lectivo, ou seja, trabalho voluntário...é claro que acabámos com isso porque aquilo dava um trabalhão e não é coisa que se faça de borla, para aquecer.

Agora os alunos têm dificuldades e nós não temos autorização para ajudar em moldes que produzam resultados...é assim...a educação -não rasca- custa dinheiro.

 

publicado às 19:16


diário de bordo do fim de semana

por beatriz j a, em 12.07.10

 

 

No balanço do fim de semana assinalo uma dorzinha de ouvidos -mergulhos a mais-, um ligeiro escaldãozinho nas costas (sim, eu sei que já não tenho idade para tais disparates) e o livro The Revolutionaries todo lido.

Os fundadores da América, gente criada na província -daí talvez o terem sempre os pés bem assentes na terra-, preocupavam-se com os que viriam a seguir. Tinham perfeita noção que o que estavam a fazer lhes daria um lugar de relevo na História, mas isso não lhes bastava. Queriam garantir que o povo para o qual escreveram a Carta da Independência, disfrutasse das oportunidades de vida e de liberdadade pelas quais lutavam. Entendiam que um povo deve governar-se a si mesmo (daí a insistência para o tipo de governo republicano) e que, para o poderem fazer, seria necessário que fossem autónomos no pensar e no agir. Por isso, apostavam na educação como instrumento de nivelar por cima a igualdade de oportunidades, a consciência de autonomia, de liberdade e de soberania.

 

Essa ideia não está ultrapassada. Comecei agora a ler um livro que defende o ressurgimento dessa visão de autonomia em direcção a uma 'verdade' abraçada pelos povos. Ainda vou no início do livro do Slavoj Žižek, o filósofo polémico de muito sucesso nascido na ex-Juguslávia In Defense of Lost Causes. Diz ele que certos regimes deram passos certos na direcção errada. Os passos eram certos porque buscavam uma sociedade com um sentido, um projecto reconhecido pelo qual se vivesse, mas foram dados na direcção errada porque descambaram em totalitarismos. Ele pensa que isso não deve fazer com que se desista e se afunde neste cinzentos pos-modernismo relativizantes que não são carne nem peixe. O livro tenta recuperar ideias que foram ideais políticos, não como existiram mas como meio de ultrapassar este impasse em que vivemos (mal) com o capitalismo a descambar numa contradição de si próprio e os povos do planeta a perderem a autonomia que tanto custou a ganhar.

A ideia dele é que se da primeira vez se falhou, deve tentar-se de novo e, se possível, falhar melhor e ir sucessivamente 'falhando cada vez melhor'.

Estou cheia de curiosidade para ler o que ele defende e, sobretudo, como o defende, porque toda a ideia de educação que eu e muita gente tem é justamente aquela que desenvolve a pessoa para a autonomia, para uma vida com um sentido que ultrapasse o mero individual e com uma capacidade de se governar a si próprio. Se cada um dos indivíduos dum povo não for autónomo a governar-se como é que o país será, ele próprio, autónomo na governação...?

 

 

publicado às 10:56


falsas dicotomias

por beatriz j a, em 18.03.10

 

 

Estava à bocado à conversa com o André e chegámos à conclusão que o que se passa em termos internacionais ao nível da construção de Estados tem semelhanças com o que se passa nas escolas ao nível da indisciplina.

Em termos internacionais, a seguir à segunda guerra e influenciadas ainda pelas ideias do iluminismo que defendiam a autonomia e a auto-determinação bem como o direito dos povos aos seus padrões e tradições culturais, as nações entenderam descolonizar. Assumir a relatividade cultural, a não superioridade da cultura ocidental sobre as outras. Devolver a autonomia aos povos e deixar de interferir. Isso, como se sabe, correu mal.

Em poucos anos transformaram a ordem em caos. Os Estados, no seu percurso de auto-determinação, começaram a pôr em causa a estrutura das democracias ocidentais e estas começam a desenterrar o discurso duma mão paternalista na construção de cada novo Estado. Falsas dicotomias: primeiro mantem-se os povos infantilizados e analfabetos. De um dia para o outro entrega-se-lhes as chaves do país para as mãos. Naturalmente as coisas descambam. Resultado: defende-se que é preciso voltar atrás, que os povos não sabem auto-governar-se, etc.

Nas escolas passou-se mais ou menos o mesmo. A seguir ao 25 de Abril entendeu-se democratizar as relações na educação. Dar aos alunos autonomia e não interferir com o seu processo de desenvolvimento. Reforçou-se, erradamente, quanto a mim, a ideia de que, por terem os mesmos direitos civis, os alunos estavam ao mesmo nível de conhecimentos, desenvolvimento e autonomia que os professores. Como se tudo fosse equivalente, o olhar do aluno adolescente e a percepção do adulto professor.

É claro que correu mal, como se vê, pelo estado de coisas. Agora que as crianças e jovens usaram esses 'direitos' para pôr em causa o próprio sistema, há quem advogue o regresso a uma autoridade radical. Falsas dicotomias.

Podemos, penso, manter a ideia da educação como um instrumento para que as pessoas possam construir a sua autonomia e se auto-determinarem sem ser necessário relativizar todas as relações, ou, ao contrário, acabar com os direitos das pessoas. A própria 'educação' consiste nesse mesmo equilíbrio entre o que se permite (a margem de liberdade e manobra) como necessário ao desenvolvimento da autonomia e as fronteiras que se traçam como limites de respeito pela convivência social.

Parece que andamos sempre nestas falsas dicotomias em vez de construir um caminho alternativo, que permita um diálogo construtivo.

 

 

publicado às 18:01


autonomia?

por beatriz j a, em 10.03.10

 

 

"Silêncio da escola imposto pela DREN" DN

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Escola "É de consternação o ambiente que se vive dentro da escola, custa a creditar no que aconteceu", disse ontem ao DN um professor da Escola Luciano Cordeiro, onde era aluno o rapaz que se atirou ao Tua na semana passada alegadamente ter sido vítima de agressões físicas por parte de vários colega.

O silêncio da direcção da escola - que nunca falou sobre o caso e tem sido alvo de muitas críticas de pais, alunos e até da autarquia é justificado por professor: "foi imposto pela DREN (Direcção Regional de Educação Norte)", afirmou.

 

Nem para enviar condolências à família a escola tem autonomia! Isto diz muito do estado em que está o ensino. Nada se faz sem a benção das DRE's. As DRE's são dirigidas, muitas vezes, por subservientes a um poder ignorante e por gente que não sabe ler nem escrever (quem não se lembra da outra pesada?). Mas nada se pode fazer sem que esses tipos digam ámen.

 

 

 

publicado às 11:15

 

 

Expresso

Net nasceu livre há 40 anos

A Internet faz hoje 40 anos mas há barreiras que ameaçam o seu crescimento. 

Anick Jesdanun, Associated Press (Tradução de Aida Macedo)
13:30 Quarta-feira, 2 de Set de 2009
 
O pioneiro Leonard Kleinrock, considerado um dos "pais" da Internet, junto do seu Interface para o Processamento de Mensagens (Interface Message Processor), equipamento criado para desenvolver a Internet
O pioneiro Leonard Kleinrock, considerado um dos "pais" da Internet, junto do seu Interface para o Processamento de Mensagens (Interface Message Processor), equipamento criado para desenvolver a Internet.
 

Quando Berners-Lee, que trabalhava no Centro Europeu de Investigação Nuclear, em Genebra, Suíça, inventou a Web em 1990, pôde disponibilizá-la para o mundo sem ter de pedir autorização ou de enfrentar os sistemas de segurança que hoje tratam como suspeitos certos tipos de tráfego da Internet.

 

Mesmo o fluxo livre de pornografia levou a inovações nos sistemas de pagamento por cartão de crédito na Internet, no vídeo online e noutras tecnologias utilizadas por toda a gente.

"Permitam esse acesso aberto e um milhar de flores desabrocharão", disse Kleinrock, professor na UCLA desde 1963. "Uma coisa sobre a Internet que podemos prever é que iremos ficar surpreendidos por aplicações que não esperávamos".

 

 

 

 

 

INTERNET - saber, partilhar, comunicar, aproximar.

 

 

publicado às 09:04


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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