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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Em Hong-Kong exige-se Democracia. Eu bem sei que o Kant está meio caído em desgraça e que certos meios defensores da teoria crítica o culpam de todos os males desde o cientismo até às ditaduras modernas mas eu não partilho dessa visão e parece-me impossível não ver-se a ligação destes movimentos de pessoas que pacificamente exigem Democracia e respeito pelos seus direitos e a teoria Kantiana defensora duma razão iluminada que atravessa a educação pública e a vida política ocidental da segunda metade do século XX e que se espalhou, como ideal, a muitas outras partes do planeta - Hong-Kong é só mais um exemplo de uma sociedade que recusa pedinchar o que entende ser seu por direito. E repare-se como os chineses se esforçam na contenção de repressão e violência.
Infelizmente, em Portugal, entrámos numa decadência de por toda a parte os grandes e pequenos poderes públicos (que se eternizam nos cargos ao modo soviético) fomentarem e praticarem a ideia segundo a qual o respeito dos direitos dos outros é, não uma obrigação mas, um favor que se lhes faz, à maneira dos absolutismos. Bem que podiam por os olhos neste exemplo de cidadania.
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