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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Raramente vou à baixa aqui do burgo mas hoje fui. Ia a meio da rua das lojas quando um homem pára a um metro de mim, abre os braços e, diz em voz tão alta que ficou tudo a olhar, 'eu vou ter que lhe pregar um grande beijo!' Depois voltou-se para a miúda que ia com ele e diz, 'filha, esta é a minha professora de filosofia que não via há quase 30 anos mas nunca mais me esqueci dela'.
Então, depois disse-me que era de uma turma de electrotecnia de 1990 que só tinha uma rapariga no meio de vinte e tal rapazes. Lembrei-me logo da turma, mas não dele, que é engenheiro (disse-me que uma data deles da turma são engenheiros) e que está muito bem na vida. A filha, que por acaso, chama-se Beatriz, disse-me logo que a professora dela está a faltar há três dias :))
1990 foi há 27 anos! Como é que ele me reconheceu assim do nada... fiquei um bocadinho bem disposta 🙂
Confesso que estas coisas de muitos alunos se lembrarem de mim positivamente e me fazerem sentir que fui e, sou socialmente últil, é o que faz isto tudo valer a pena e é o que me faz resistir.
[tenho que ir mais vezes à baixa 🙂]
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