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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Geralmente vou a pé para a escola mas há dias em que vou muito carregada e meto-me num táxi. Moro aqui em Setúbal há tantos anos que conheço os taxistas todos da cidade. E eles a mim. De vez em quando chega um taxista novo à cidade que não me conhece... Hoje foi um desses dias em que chamei um táxi e apareceu um espertalhão que não me conhece e então, chegou ao fim da rua e virou o volante para a esquerda... disse-lhe, 'é para ir por baixo, sff'. _Ai é? Então não vai para a escola tal? 'Vou' _Ahh não conheço esse caminho por baixo, diz ele, mas se a senhora insiste... A partir daí fomos ambos, durante todo o caminho, a fingir: ele a fingir que não sabia o caminho para a escola (Setúbal são dez ruas e duas praças, por assim dizer...) e a pedir-me indicações e eu a fingir que não sabia que ele sabia o caminho e a dar-lhe indicações... fingimos os dois muito bem e no fim ele desejou-me um bom dia e eu a ele, também.
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