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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Hoje soube que um aluno/aluna, numa aula de Matemática em que se fazia teste, tirou fotografia do teste, enviou para um colega que enviou para o explicador, que resolveu o teste e enviou a fotografia do teste resolvido para o colega que o enviou para o aluno/aluna na sala de aula... o professor deu conta do aluno/aluna estar a usar o telemóvel e foi assim que se descobriu tudo. Há aqui tanta coisa tão grave que nem sabemos por onde começar mas a pior de todas é o explicador ter sido cúmplice activo da fraude. Merecia uma queixa... Os alunos copiarem assim ou de modos idênticos, agora, é pão nosso de cada dia. No mês passado houve outro caso de copianço com telemóveis e fotografias de testes que envolveu três alunos. No ano passado houve um caso gravíssimo de roubo de testes que envolveu uma turma inteira com os respectivos pais.
Em Portugal não se valoriza a fraude como coisa grave o que não espanta porque a cultura de fraudes, falcatruas, mentiras, calotes e afins vem de cima dos responsáveis pelos cargos mais altos do país e depois é imitada pelos outros por aí abaixo. Estes alunos que cometem fraude nas aulas são os que hão-de cometer fraudes na vida profissional adulta. Mas nas escolas imensa gente não percebe ou finge não perceber isso e acha que o copianço é uma espécie de fair game, que faz parte de ser aluno. Só que não faz. Faz parte de ser desonesto. E, tal como na política, a educação sem ética é mero negócio.
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